Uma a Uma


SCUDERIA FERRARI MARLBORO


Amor sem beijinho, Buchecha sem Claudinho: é assim que os fãs da Fórmula 1 tratam a relação da Ferrari com a Fórmula 1. Costuma-se dizer que a mística equipe italiana só fabrica carros em série para financiar suas operações na Fórmula 1, uma hipérbole típica dos tifosi. Não se imagina a categoria sem a equipe italiana, única equipe presente na categoria desde 1950, e vice-versa. É bacana que uma equipe tenha fãs tão fiéis, até porque sabemos que a equipe, vira e mexe, vira uma bagunça italiana típica e os resultados podem desaparecer de uma temporada para outra. Apesar disso e da arrogância costumeira de seus líderes, a equipe não tem do que reclamar: dominou a última década, com 6 títulos de pilotos.

Sediada em Maranello, Itália
16 títulos de construtores
793 corridas
210 vitórias
203 poles-positions
4093,5 pontos

7- FELIPE MASSA

Felipe, fale sobre Timo Glock e Lewis Hamilton

Felipe Massa é o maior ídolo brasileiro da Fórmula 1 atualmente. Simpático, agrada à mídia e à torcida com suas declarações sensatas e com sua performance na pista. Performance essa que nem sempre foi a de um piloto de ponta. Estreou na F1 em 2002 e mostrou velocidade, falta de cérebro e absoluta falta de controle na chuva. Peter Sauber o mandou para um período “rehab” como test driver na Ferrari, onde aprendeu muito e voltou um pouco evoluído para a equipe suíça em 2004. Em 2006, foi para a Ferrari e começou cambaleante. Porém, ganhou massa cerebral, aprendeu a liderar uma equipe e chegou ao ápice ao brigar pelo título com Hamilton até a última etapa de 2008. É um piloto de ponta com cara de moleque e língua presa.

Brasileiro, de São Paulo, nascido em 25 de Abril de 1981
Vice-campeão de F1 em 2008
114 GPs disputados
11 vitórias
15 poles-positions
320 pontos
Campeão da F3000 Européia em 2001, da F-Renault européia e da F-Renault italiana em 2000 e da F-Chevrolet em 1999

8- FERNANDO ALONSO

Essa foto não está insinuando que Alonso é chorão, é apenas ilustrativa

Único bicampeão de Fórmula 1 em atividade, Fernando Alonso só perde para Schumacher. Completo, entende tudo de acerto, liderança de equipe, corridas no seco e no molhado, ultrapassagens, treinos e corridas. Versátil, já venceu em mais de 15 pistas diferentes na categoria. Porém, como bom espanhol, é linguarudo pra caralho. A aparência de moleque cool cultivada no seu começo de carreira sumiu tão logo ele obteve seu primeiro título, dando lugar a uma insuportável imagem de estrelinha. Venceu os títulos de 2005 e 2006. Nos últimos anos, pegou uma McLaren voltada contra ele e carros ruins na Renault.

Espanhol, de Oviedo, nascido em 29 de Julho de 1981
Campeão de F1 em 2005 e 2006
138 GPs disputados
21 vitórias
18 poles-positions
577 pontos
Campeão da F-Nissan espanhola em 1999

RED BULL RACING


No fim de 2004, a Red Bull comprou a estrutura da Jaguar para ter sua própria equipe. A idéia era fazer a equipe mais cool do grid: pilotos cuidadosamente desleixados, festas, jornalzinho sarcástico, grid girls e por aí vai. A ambição, porém, parava por aí, já que a equipe era apenas mediana. A situação mudou com a chegada de Adrian Newey, que a transformou em uma equipe de ponta. O apelo cool, tão 2005, já não chama mais a atenção de ninguém. Na pista, porém, a equipe começou a fazer bonito e a brigar por vitórias. A real intenção da Red Bull gastar tanto dinheiro com a F1 é um mistério, já que não acredito que sejam necessárias duas equipes para chamar a atenção.

Sediada em Milton Keynes, GB
88 corridas
6 vitórias
5 poles-positions
256,5 pontos

5- SEBASTIAN VETTEL

O que você achou de perder o título no ano passado tendo o melhor carro em várias etapas?

Quem olha pra ele, acha que se trata de um pivete esquizofrênico. Na pista, o cara é um fenômeno. Estreou na F1 em 2007, fazendo uma corrida solitária na BMW. Ainda naquele ano, foi aliciado pela Toro Rosso e, no ano seguinte, conseguiu uma milagrosa vitória em Monza para a pequena equipe. No ano passado, estreou na Red Bull e obteve, de cara, quatro vitórias. Ainda amadurecendo, é um cara extremamente veloz e tem tudo para ser campeão. E, ao contrário de boa parte de seus colegas, é considerado sociável e simpático.

Alemão, de Heppenheim, nascido em 3 de Julho de 1987
Vice-campeão de F1 em 2009
43 GPs disputados
5 vitórias
5 poles-positions
125 pontos
Campeão da F-BMW ADAC em 2004

6- MARK WEBBER

Lembram de quando ele vomitou dentro do carro em Fuji/2007?

É o típico australiano: um armário (pesadelo de projetistas e aerodinamicistas) com cara e sotaque de alcóolatra. Teve um início de carreira conturbado, com pouquíssimo dinheiro e até mesmo dois improváveis vôos a bordo de um Mercedes CLR nas 24 Heures du Mans de 1999. Porém, com o apoio de Paul Stoddart, a carreira deu uma reviravolta e ele foi vice-campeão de F3000 em 2001. Na F1 desde 2002, era considerado injustamente um especialista em treinos. Nos últimos três anos, melhorou seu ritmo de corrida e obteve, em 2009, suas duas primeiras vitórias na F1. Mas não deverá ir muito além disso.

Australiano, de Queanbeyan, nascido em 27 de Agosto de 1976
138 GPs disputados
2 vitórias
1 pole-position
169,5 pontos
Vice-campeão da F3000 em 2001 e do FIA-GT em 1998

MERCEDES GP PETRONAS


E ela está de volta! Depois de 55 anos, a marca das três pontas reaparece como equipe oficial de
Fórmula 1 (e esperamos que, dessa vez, nenhum carro seu saia voando em direção às arquibancadas). A Mercedes virá em 2010 com uma baita estrutura: um heptacampeão mundial (Schumacher), um piloto promissor que usa laquê (Rosberg), um piloto de testes que é tão bom quanto apagado (Heidfeld), Ross Brawn e a Petronas. É uma receita boa demais para dar errado. E nem pode: a cúpula da Mercedes já disse que se a equipe não vencer, ela será chutada para escanteio.

Sediada em Brackley, GB
12 corridas (resultados da antiga equipe de 1955)
9 vitórias
8 poles-positions
139,14 pontos

3- MICHAEL SCHUMACHER

Aqui pra concorrência, ó

Amado por muitos e odiado por outros tantos, é uma lenda viva do esporte. Sete títulos mundiais, 91 vitórias, 1369 pontos, 68 pole positions e mais de um bilhão de dólares de patrimônio. Tá bom para você? Michael, filho de um pedreiro e de uma atendente de lanchonete, estreou na Jordan em 1991 e, muito rapidamente, fez a subida para a Benetton, onde foi campeão duas vezes. Em 1996, migrou para a Ferrari e ficou lá por 10 anos, transformando a outrora capenga escuderia em uma potência nessa primeira década do milênio. Com a aposentadoria, foi se arriscar com motos, mas só aprendeu a cair. Volta à F1 para se divertir, para aumentar seus números e para retribuir o apoio da Mercedes no começo da carreira.

Alemão, de Hürth-Hermülheim, nascido em 3 de Janeiro de 1969
Campeão de F1 em 1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004
248 GPs disputados
91 vitórias
68 poles-positions
1369 pontos
Campeão da F3 alemã em 1990 e da F-König em 1988


4- NICO ROSBERG

Delicadeza

É uma coisa quase andrógina, um misto de Elisha Cuthbert e Kelly Key. Filho do ex-campeão Keke Rosberg, Nico é o típico filhinho certinho de origem nobre. Fala cinco línguas fluentemente (a saber: inglês, espanhol, italiano, francês e alemão) e chegou a ser aprovado para o curso de Aerodinâmica na Imperial College inglesa. Porém, preferiu as pistas. Depois de ser campeão da GP2 em 2005, estreou na Williams em 2006, equipe pela qual correu até o ano passado. No começo, não passava de um cara rápido que não andava na chuva e que não sabia fazer uma corrida inteira sem quebrar o bico do carro. No ano passado, melhorou muito. Agora, na Mercedes, terá a chance de sua vida.

Alemão, de Wiesbaden, nascido em 27 de Junho de 1985
70 GPs disputados
2 pódios
75,5 pontos
Campeão da GP2 em 2005 e da F-BMW ADAC em 2002

O Bandeira Verde também é prestação de serviços: se você está perdendo noites de sono porque não sabe nada sobre as equipes da Fórmula 1 em 2010, se seus cabelos caem só de você não saber quantas corridas fez o Trulli ou se está quase entrando em depressão porque não consegue ver uma foto decente do novo Lotus, não precisa ficar preocupado. Nós (a.k.a. eu) faremos um guia completo sobre as 13 (11? 12? 14? 30?) equipes do Mundial. A cada dia, informações sobre uma equipe. E começaremos com a história, fenomenal, sensacional e britanicamente sisuda McLaren.

VODAFONE MCLAREN MERCEDES

Ah, a McLaren. Eu diria que, ao lado da Ferrari e acima da Williams, é a equipe mais importante da Fórmula 1 contemporânea, conhecida pela sua eficiência, antipatia e capacidade de juntar dois peixes beta em um mesmo aquário. Criada em 1966 por Bruce McLaren, a equipe do jeito que a conhecemos hoje surgiu em 1982, quando Ron Dennis e Mansour Ojjeh compraram a estrutura das mãos de Teddy Mayer. Desde então, a equipe teve muitos altos e alguns baixos, consagrando nomes como Alain Prost, Ayrton Senna e Mika Hakkinen. Hoje em dia, com Martin Whitmarsh à frente, a equipe tenta voltar aos bons tempos dos anos 80 e início dos anos 90. A sociedade com a Mercedes terminou no final do ano passado, quando os teutônicos pularam para o colo de Ross Brawn. Com dois britânicos campeões do mundo e egocêntricos até o fim, será uma equipe muito divertida de se ver em 2010.

Sediada em Woking, GB
8 títulos de construtores
665 corridas
164 vitórias
145 poles-positions
3381,5 pontos

1- JENSON BUTTON

Jenson e os bons tempos da Honda

O número 1 da temporada 2010 é um indivíduo que, até dois anos atrás, era visto pelo povo apenas como um enorme golpe de marketing. Maldade, pois. O cidadão, apesar de toda a pose de “mãe, sou uma celebridade inglesa”, é um dos pilotos mais completos do grid. É rápido, quase nunca erra e sempre supera seus companheiros de equipe. Só precisava de um carro de ponta. Quando conseguiu um, foi campeão com méritos. Por ser do interior inglês, tem o inglês mais incompreensível da Fórmula 1.

Inglês, de Frome, nascido em 19 de Janeiro de 1980
Campeão de F1 em 2009
170 GPs disputados
7 vitórias
7 poles-positions
327 pontos
colocado na F3 Inglesa em 1999

2- LEWIS HAMILTON

Essa é a cara que alguém faz quando perde um título como ele perdeu em 2007

Esse é outro marqueteiro, com a diferença de que sempre teve também uma McLaren minimamente competitiva ao seu redor. Apadrinhado por Ron Dennis em 1995, virou a menina dos olhos da equipe de Woking. Depois de vencer tudo o que tinha de vencer nas categorias menores, estreou na F1 em 2007 com o vice-campeonato. Em 2008, só venceu o título após um problema atingir Timo Glock na última volta da última corrida. Em 2009, demonstrou amadurecimento notável mas dessa vez não teve o melhor carro. É muito rápido, ultrapassa e voa na chuva. Mas também treme nas bases quando está sob pressão. E tem um péssimo gosto musical: adora hip-hop.

Inglês, de Tewin, nascido em 7 de Janeiro de 1985
Campeão de F1 em 2008
52 GPs disputados
11 vitórias
17 poles-positions
256 pontos
Campeão da GP2 em 2006, da F3 Européia em 2005 e da F-Renault Inglesa em 2003

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