Buddh é legal. Para muitos, o arquiteto germânico Hermann Tilke acertou a mão pela primeira vez na vida. Demorou, mas aconteceu. Eu não compartilho com esse tipo de pensata. Tilke já projetou muita coisa legal e o autódromo indiano, localizado em uma precária região de Greater Noida, é mais uma. Ele é veloz e cheio de curvas sacanas, como um grampo em subida, uma rotatória e uma série de chicanes velozes que bebem da mesma fonte de Mugello. Um primor. Uma graça. Tá, não chega a tanto.
Buddh é legal, mas um pequeno detalhe ficou para trás. Quem se dispôs a acordar às sete e meia da madrugada para ver a estreia da pista na Fórmula 1 deve ter se aborrecido ligeiramente. Muita gente apressada havia dito que a pista teria mais ultrapassagens do que acostamento de rodovia. Não foi bem assim. Se elas aconteceram, e eu realmente não me lembro, devemos agradecer à combinação entre KERS e asa móvel. A única briga realmente relevante aconteceu entre os amantes Felipe Massa e Lewis Hamilton e deu no que deu. Enfim, tivemos aí um caso típico de pista muito legal sediando corrida chata.
Cedo dizer que esta será a regra em Buddh. Se eu fizesse esta afirmação, teria de engolir letra por letra no caso de uma reedição de Spa/1998. Precisamos acompanhar ao menos umas três ou quatro corridas para concluirmos algo. Além disso, mesmo as pistas mais divertidas da cidade podem ter corridas terríveis. Quantas provas ruins eu já não cansei de ver em Spa-Francorchamps, Monza ou Interlagos?
Ainda assim, existem pistas ótimas que simplesmente rendem corridas terrivelmente enfastiantes. Paradoxal? Não. Um traçado muito desafiador pode ser péssimo para ultrapassagens. Outro pode até ser veloz e render boas disputas, mas não empolga por alguma razão obscura. O Top Cinq de hoje, por pura falta de assuntos, citará cinco pistas cuja qualidade é incompatível com a chatice proporcionada.
5- HOCKENHEIM
Não, não me refiro à estéril versão atual. O antigo Hockenheim era um dos circuitos mais exuberantes dos tempos nos quais videocassete era coisa de rico ou da ficção científica. Já escrevi um texto sobre a pista da Floresta Negra de Baden-Württemberg. Aliás, voltarei a escrever sobre as pistas logo. Até 2001, o traçado era uma emulação de um oval. Retas intermináveis que cortavam a floresta e eram cortadas por uma ou outra chicane.
Sinto falta deste tipo de pista mais rápida e menos complicada. Confesso que estou meio cansado de ver tanta pista sinuosa, meticulosa e cheia de frescuras no calendário atual. Para mim, automobilismo é velocidade. Como não dá para importar circuitos ovais para a Fórmula 1, o negócio era apreciar as corridas de Hockenheim. Mas tudo acabou no início da última década, quando um punhado de ecologistas desocupados e afeminados decidiu implicar com o autódromo, alegando aquele monte de besteiras típicas do Greenpeace. Sensível à causa verde, Bernie Ecclestone cedeu sem maiores problemas e pediu para Hermann Tilke construir um trecho misto. Tilke obedeceu e Hockenheim virou essa coisa genérica aí.
Feito o ode, vamos à realidade. Hockenheim era bonita, majestosa, muito veloz e tal. Só que, para muitos, era um saco ficar vendo os carros andando em linha reta a 300.000 quilômetros por segundo no meio das florestas. Quase todo mundo reclamava. O piloto, que gosta de fazer curvas para exercitar seus bíceps, bocejava ao ter de passar a maior parte do tempo com o pé cravejado no acelerador. Os espectadores não conseguiam ver muita coisa. Quem estava na parte da floresta só enxergava os vultos passando. Zupt! Olha lá o Berger! Quem via pela televisão também não tinha muito o que fazer. As ultrapassagens não eram muitas e o pessoal só abria o olho quando algum motor explodia, cansado que estava de trabalhar a pleno durante tanto tempo. Houve corridas boas? Óbvio que sim, como a inesquecível edição de 2000, em que Rubens Barrichello venceu pela primeira vez. Mas a maior parte das corridas realizadas por lá não merece mais do que uma nota cinco.
Eu gostava pra caramba. Vários aqui vão concordar. Conformemo-nos, bonobos: somos raros.
4- NÜRBURGRING NORDSCHLEIFE
Guarde as pedras! Reconheço que muita gente olhará esta escolha com cara feia. Bem feia. Como se tivesse chupado limão com vinagre. Vamos aos fatos. Eu acho a versão Nordschleife do circuito de Nürburgring uma das melhores coisas que já existiram na história do automobilismo. Quiçá, na história mundial. Nunca escreveria um artigo dividido em duas partes (esta e esta) para um circuito que eu não gosto. Mas a realidade é a seguinte: as corridas eram chatas pra danar!
Construído em 1927, Nordschleife é um exemplo muito bem acabado de um circuito com C maiúsculo. Ele era grande, muito grande. Ele tinha um cenário deslumbrante. Ele tinha curvas de baixa, de média e de alta velocidade. Ele era perigoso. Ele tinha um nome legal. Ele sediava corridas de Fórmula 1. Quem ganhava corridas por lá tinha o direito de ser considerado um piloto bom pra cacete. Juan Manuel Fangio, Jackie Stewart, Jim Clark, Jacky Ickx e Alberto Ascari que o digam.
É uma pena, no entanto, que as corridas eram consideravelmente tediosas em seu período. Não serei tão injusto a ponto de ignorar a magnânima atuação de Fangio na corrida de Fórmula 1 de 1957, quando ele teve um problema no seu pit-stop, voltou à pista com desvantagem de quase um minuto para os líderes Mike Hawthorn e Peter Collins, pilotou com o capeta na alma, ultrapassou os dois e obteve sua maior vitória na vida. Recordo também a vitória de Jacky Ickx em 1969, na qual ele saiu da nona posição para a liderança em quatro voltas. Estas corridas não eram a regra. As demais provas careceram de emoções.
É impossível dizer se elas realmente foram tão enfadonhas assim ou se as transmissões televisivas da época eram desfavoráveis. O fato é que as ultrapassagens eram dificílimas, já que a pista era estreita e o único bom ponto de ultrapassagem naquele colosso de quase 23 quilômetros era aquela reta que não acabava mais. Para quem gosta de ver piloto preso atrás do outro, como aconteceu na edição de 1966, quando John Surtees passou a maior parte da prova grudado na caixa de câmbio do carro do líder Jack Brabham, Nürburgring era um prato cheio. A partir de certo momento, os pilotos se distanciavam uns dos outros e, veja só a ironia, apenas os vagarosos pit-stops garantiam algumas mudanças de posições.
Não acredita? Jackie Stewart venceu obteve suas três vitórias no Inferno Verde com facilidade assustadora sobre os concorrentes. Em 1968, ele chegou a colocar quatro minutos e três segundos (!) sobre o segundo colocado, Graham Hill. Enfim, é engraçado concluir que o amado circuito de Nordschleife realizava corridas tão legais quanto às de Barcelona, por exemplo. Para mim, esta é a melhor prova de que corridas boas e circuitos bons nem sempre estão relacionados. Adoraria pilotar em Nordschleife, mas pensaria duas vezes antes de aceitar um convite para ver uma corrida por lá.
3- SUZUKA
Lá vêm vocês com mais pedras. Calma, gente. Suzuka é legal. Eu também escrevi um texto sobre a pista nipônica há algum tempo. Sua corrida é uma das mais aguardadas por mim na temporada. Sempre. A desgraça da história é que, na maioria das vezes, eu desligo a TV e vou dormir pensando no tempo que eu joguei fora. No ano seguinte, lá estou eu torrando horas preciosas de sono na frente da TV esperando por mais uma sensacional e mirabolante corrida japonesa.
Suzuka está presente no calendário sagrado da Fórmula 1 desde 1987. OK, o insosso Fuji Speedway até entrou em seu lugar nos anos de 2007 e 2008, mas seus donos ficaram sem dinheiro e a pista do monte felizmente caiu fora após apenas duas edições. Voltando a Suzuka, os leitores de boa memória comentarão sobre as boas corridas de 1988, 1993, 1994, 2003 ou 2005. Vocês estão certos. Eu coleciono corridas e, neste momento, meu Santo Graal é o Grande Prêmio do Japão de 1994, aquele realizado em mar revolto. Mas temos de concordar que não foram muitas as provas realmente legais nestas 23 edições.
Muitos aqui apontariam também aquelas corridas nas quais houve brigas encarniçadas pela liderança, como os GPs de Fórmula 1 de 1989 e 2000. Vale lembrar que nestes dois casos, a graça realmente só se restringiu aos duelos pela ponta, já que as coisas estavam bem sonolentas mais atrás. A verdade é que o traçado de Suzuka não possui muitos pontos de ultrapassagem porque as curvas são muito velozes e, de modo geral, a pista é bastante estreita.
Ultimamente, as coisas até pioraram um pouco. Não me lembro de nenhuma corrida realmente boa por lá desde 2005. Considerando que as duas corridas realizadas em Fuji foram muito divertidas, muitos fãs mais novos tendem a crer que esta pista é bem melhor que Suzuka. Devemos perdoar estas almas possuídas pelo diabo. Da mesma forma, devemos admitir que Suzuka é uma pista boa para pilotar ou para acompanhar uma câmera onboard. O circuito em forma de oito não é lugar para as diversões mais terrenas.
2- ISTAMBUL
Este é um exemplo muito interessante. O coitado do Hermann Tilke não consegue construir circuitos que agradam à massa, ao povão, à rafaméia. Quando finalmente consegue fazer algo próximo da unanimidade, a Fórmula 1 não colabora e promove corridas chatas de doer por lá. Assim não pode, assim não dá. Mas é esta a realidade do autódromo de Istambul, legal no papel, legal no treino livre, legal no treino classificatório, chato e dispensável na corrida.
Apesar de parecer que não, eu mais gosto do que odeio as coisas. Eu gosto de Istambul. Também escrevi um texto sobre a pista turca no ano passado. Compactuo com a opinião popular, que diz que é a pista mais interessante do arquiteto cativo de Bernie Ecclestone. É a mais pura verdade. Se não é a mais legal, ao menos é a mais rápida. Ou não? Vou conferir com meu pai-de-santo. Sim, é a mais rápida.
Mas não é só isso. Istambul é larga. Dá para colocar uns tratores emparelhados que não vai dar chabu. Mas não é só isso. Istambul tem muitas curvas legais. A primeira é um S do Senna mais afrescalhado. As últimas curvas, que formam uma espécie de chicane dupla, são das coisas mais legais do calendário atual. A curva oito dispensa comentários. Para mim, ela é a mais desafiadora da Fórmula 1 moderna. A Eau Rouge pode até ser mais perigosa, mas pode ser feita em pé cravado com alguns movimentos sutis no volante. Sua concorrente anatólica exige um braço de ferro e um pescoço de chumbo.
Se a receita era tão boa e foi tão bem executada, por que Istambul nunca conseguiu ter uma única corrida realmente memorável? OK, a deste ano foi divertida, mas devemos agradecer ao KERS e, sobretudo, aos pneus de porcelana da Pirelli. As demais foram mornas. Algumas foram chatas, mesmo. Ao contrário do que parece, as ultrapassagens não acontecem com tanta facilidade. E até mesmo a curva oito não pega tanta gente assim nesta Fórmula 1 perfeccionista. Istambul é a prova definitiva de que nem sempre um mais um é igual a dois na hora de se desenvolver uma pista divertida. Porque essas coisas subjetivas, como a diversão, só aparecem espontaneamente. Não é um arquiteto nerd de um país bitolado que vai conseguir compreender.
1- SILVERSTONE
Vocês me desculpem, mas eu não gosto de Silverstone. Sou doente mental e mau caráter com muito orgulho. Acho uma das pistas mais injustamente celebradas de todas. Ela lidera o Top Cinq de hoje porque, fora os doentes mentais e os desprovidos de caráter, todo mundo ama Silverstone. Sua corrida é uma das mais esperadas do campeonato. E é, certamente, uma das que mais atrai espectadores. Tento explicar o motivo de tanto amor e ódio.
O autódromo de Silverstone ainda é um dos últimos refúgios nostálgicos do automobilismo. Ele surgiu no final dos anos 40 a partir da iniciativa de uns amigos que queriam realizar corridas de carros em um campo de pouso da Força Aérea Britânica. A ideia deu tão certo que o campo de pouso sediou nada menos que a primeira corrida da história da Fórmula 1 em 1950. Passados mais de sessenta anos e 45 grandes prêmios, Silverstone segue com o mesmo vigor. É uma pista rápida, larga e muito frequentada por amantes do automobilismo. Por que diabos alguns retardados não gostam dela?
Na verdade, eu até gosto de algumas versões antigas de Silverstone. Aquela em que Keke Rosberg marcou uma pole-position a mais de 258 quilômetros por hora é bastante respeitável, pois ela tinha somente retas, curvas de altíssima velocidade e a ingrata chicane Woodcote. Como as velocidades estavam ficando altas e a Fórmula 1 se afeminava gradativamente, o pessoal decidiu mutilar Silverstone gradativamente. A última reforma, que criou aquele horrendo trecho Arena, tornou o célebre circuito inglês uma coisa artificial, burocrática, apagada. Sua modernidade destoa dos demais circuitos britânicos, despretensiosos e puramente velozes. Espero ter dado ao menos algumas razões passíveis de discussão.
Além disso, as corridas são muito chatas. O que salva esta pista, assim como as outras citadas hoje, é a chuva. Às vezes, nem isso. A encharcada edição de 2008 foi ótima. A de 2002, tão encharcada quanto, foi um saco. As corridas no seco são, em sua maioria, totalmente entediantes. Uma agradável exceção é a de 2003, vencida de maneira brilhante por Rubens Barrichello. Fora esta, esforço-me para trazer à mente alguma outra corrida legal. No passado, certamente deve existir alguma, mas eu realmente não me lembro de nenhuma espetacular. Sempre há um Mansell ultrapassando um Piquet numa Stowe, mas nem todo mundo tem bigode. E culhões.





4 de novembro de 2011 at 23:45
Eu sinceramente gosto mais de Fuji do que de Suzuka e ainda não dei uma de atividade paranormal e saí matando todo mundo por aí com um demônio dentro de mim.
E nem eu gosto de Silverstone pra dizer a verdade.
5 de novembro de 2011 at 10:30
Opa fala Verde beleza?Rapaz, dá umas dicas aí de onde baixar corridas, onde eu tenho tentado nao tá rolando…valeu…
5 de novembro de 2011 at 11:06
É sacanagem o que fazem, quando o Tilke faz um circuito que preste, a Formula 1 faz corridas extremamente entediantes.
Eu tambem não gosto muito de Silverstone.
5 de novembro de 2011 at 14:09
Faço parte da turma que gosta de Hockenheim. Muitas saudades daquela pista germânica.
5 de novembro de 2011 at 19:03
Hockenheim era foda.Não tava nem aí se as corridas eram chatas ou se os carros quase não faziam curvas.
Já disse isso antes,mas adorava ver um carro enfiado na tarseira do outro a mais de 300km/h.
Existe algo parecido com isso nas corridas atuais??? http://www.youtube.com/watch?v=m0nVspbf4vo
Tenho a mesma opinião sobre Istambul,Silverstone,Nordschleife e Suzuka.
Não posso dizer muita coisa sobre a pista alemã,mas os carros não deveriam ficar tão próximos em um circuito tão grande e sinuoso.
Ah!Irlandeses também fazem corridas em Silverstone mais legais…
6 de novembro de 2011 at 20:10
legal esse post, Verde, chama nossa ateção pra ‘realidade das coisas’, na falta de expressão melhor.
sempre achava hockenheim entediante, era bom para as vitórias de Piquet, ricas nessa mesma característica.
já o nurburgring você acertou na mosca, o circuito é tão mistificado que nunca pensamos no quão chato seria assistir as corridas lá; há o problema adicional que creio não se retransmitia,nos anos70, os GPs da Alemanha aqui no bananão – só lembro de ter visto o GP de 73 ao vivo, pela nossa retransmissora oficial.
ainda por cima esse mesmo é o único que já vi resgatado na web. já vi também uns pedaços do de 75.
silverstone teve umas corridas legais também lá nos anos 70 – quer dizer, em 73 e 75; mas também, nessa época só de ver aqueles carros eu já ficava contente. lembro de NÃO ter visto a edição de 77, a que gilles estreou com mclaren velha
e, claro, essa última alteração no traçado, com a exclusão to trecho da brige e mudança do local de largada (um sacrilégio), é de lascar, simplesmente desfiguraram o lugar.
interessante você mencionar suzuka, sempre tive o lugar em grande estima mas só porque foi projetado pelo hugenholtz, que ficou conhecido por ter lhe sido atribuído o layout da pista de zandvoort, coisa que dizem não ser verdade, não teria sido o único responsável pela criação daquele traçado.
mas vendo a ediçaõ deste ano fiquei co ma impressão que está desatualizado pra F1 de agora, é estreito e se tornou muito perigoso, acho que é questão de pouco tempo algum piloto morrer lá pilotando um F1.
bom , pra completar quero dizer que, com o regulamento dos anos 2000, corridas pódiam ser muito chatas (e geralmente eram) em qualquer pista.
lembro que teve um GP em monza em que só aconteceram ultrapassagens nas paradas de reabastecimento, nenhuma na pista.
em 2007 fui ver, pessoalmente, o GP da Bélgica. legal demais estar lá etc mas no domingo fiquei na reta kemmel do início ao fim e lembro de ter visto uma só ultrapassagem ali, e não foi algo como hakkinen sobre schumacher com zonta no recheio.
este ano também fui, foi bem mais agitada, mas não estava nunca no lugar certo na hora precisa, então tudo que vi foi massa dando passagem a alonso na curva após les combes, e os lerdos do fundão dando passagem aos mais rápidos. a do webber sobre alonso na eau rouge poderia ter visto se tivesse chegado um pouco antes ali, mas deixei para o final da corrida, pra entrar na pista logo depois do encerramento, o q é um dos melhores trunfos para os espectadores naquele GP.
6 de novembro de 2011 at 21:55
Parece que Barrichello consegue animar algumas dessas pistas com atuações brilhantes né? Só no post você citou 3, Hockenhein 2000, Silverstone 2003 (e o pouco de animação em 2002 foi com ele, largando dos boxes e chegando em segundo) e Suzuka 2003. Então para de dizer que ele deve se aposentar! kkkk
Brincadeiras a parte, ótimo post Verde.
1 de dezembro de 2018 at 7:40
Pra mim Hockenheim antigo é o melhor circuito do mundo junto com Spa Francorchamps e Road América. Gosto de Silverstone. E pra mim o grande mau momento da pista Britânica foi quando teve a Abbey como chicane. E sobre Suzuka… É aonde eu mais concordo com o autor. Suzuka é idolatrada. Idolatrada até demais. Já vi gente falar mal de Spa, de Monza, do Velho Hockenheim, mas é praticamente impossível ver uma alma falar mal de Suzuka. Então vou dar meu pitaco sobre a pista Japonesa. Boa pista. Mas não é essa maravilha toda que muitos dizem. Pista responsa no quesito velocidade. Mas que no quesito ultrapassagem deixa tão a desejar como Hungaroring. Das pistas de alta é de longe a que menos favorece ultrapassagens. E o que eu acho que fez Suzuka se tornar uma pista marcante pra muitos é que desde sua primeira corrida até meados dos anos 2000, foi onde a maioria dos Campeonatos foram decididos. Pois em outra coisa eu concordo plenamente com o autor: Depois que Suzuka voltou das férias de dois anos, as corridas na pista Japonesa ficaram ainda piores. Simplesmente porque nenhum Campeonato foi mais decidido por lá(a exceção do previsível Bi do Vettel em 2011). É uma pista tão difícil quanto Hungaroring pra quem larga atrás. Corridas piores nos últimos 10 Campeonatos(nem em 2014 quando choveu salvou). E mesmo assim recebe uma baita idolatria dos espectadores. Enfim… E mais um ponto negativo a se destacar sobre Suzuka: De 1990 pra cá somente em 3 anos o vencedor da pista Japonesa largou abaixo da primeira fila. Piquet em 90, Kimi em 2005 e Alonso em 2006. Sendo que de 2009 pra cá, TODOS os vencedores largaram na primeira fila. Enfim, se uma pista em que só vence quem larga na primeira fila é maravilhosa… Já não sei mais o que significa a palavra maravilhoso.