Buenos.
Como os senhores perceberam, este blog está parado. Estou com tantos afazeres que se tivesse de descrevê-los aqui, sairia um post ainda maior do que qualquer Top Cinq desta bagaça. Infelizmente, a tendência é que esta situação siga mais ou menos assim neste mês calorento e desgracento.
Mas farei de tudo para não deixar isso aqui às moscas. E precisarei da colaboração dos senhores.
Hoje, gostaria de ler umas coisas diferentes de vocês. Tenho grande curiosidade sobre suas LEMBRANÇAS MAIS REMOTAS do automobilismo.
Como assim? Simples. Quero apenas saber quais são aquelas coisas que estão perdidas e mais ou menos embaçadas em sua mente. Coisas relacionadas a corridas de carros. Exemplifico.
Eu vejo Fórmula 1 desde o início dos anos 90. Não sei precisar o ano, mas creio ter começado a acompanhar entre 1990 e 1991. Meu pai tinha o hábito de me largar à frente de uma televisão Philips toda quadrada e precária. Eu ficava prestando atenção naqueles carros durante o tempo que minha paciência permitia: alguns minutos. Depois, continuava brincando com meus carrinhos dentro de uma caixa de papelão.
Gostava de ver os acidentes. Gostava das duas musiquinhas que a Globo tocava nas transmissões, a da abertura e o Tema da Vitória. Gostava das largadas por causa dos acidentes. Afinal, toda criança gosta de bagunça.
Meus dois primeiros ídolos foram Ayrton Senna e Bertrand Gachot. Como é?
Senna era o ídolo óbvio no Brasil de vinte anos atrás. Quanto ao piloto belga nascido em Luxemburgo, que parece de limão e tem gosto de tamarindo, a idolatria se dava pelo mais prosaico dos motivos, a pronúncia do nome. Um competidor com sobrenome “Gaxô” não tinha como não ser legal, ainda mais um que nunca andava nas primeiras posições. Desde pequeno, sempre me interessei pelos pilotos e equipes do fim do pelotão.
Gostava da equipe Larrousse-Lamborghini, cujo nome Galvão Bueno sempre fez questão de ser enfático ao pronunciar. O carro da LaRRÚS-Lamborghini.
Costumava desenhar grids de largada. Até um tempo atrás, tinha um desenho em casa de um grid com nomes como Luca Badoer, Mika Salo, Alessandro Zanardi, Michele Alboreto e, obviamente, Monsieur “Gaxô”.
Tenho algumas lembranças perdidas, completamente desconexas.
A existência de uma pilota. Mas na minha cabeça, ela corria na Minardi e se envolveu naquele looping interminardiano do GP da Itália de 1993. Tempos depois, descobri o motivo da confusão: na transmissão daquela época, o GC do piloto era acompanhado por uma foto. Pois a imagem da pilota em questão era a de uma figura de cabelo grande e aparência ligeiramente ambígua. Com vocês, Pierluigi Martini. Na verdade, a pilota havia corrido pela Brabham no ano anterior. Com vocês, Giovanna Amati.
Uma tabela de pontuação de pilotos onde havia um “Barbazza” na frente de um “Zanardi”. Estes dois nomes nunca mais saíram da minha cabeça. Eram engraçados demais para uma criança brasileira. Barbazza. Ele era barbudo? E o Zanardi. Carambolas. E pensar que o tal “Zanardi” foi um dos grandes astros das Paralimpíadas de Londres. Quanto à tabela de pontuação, ela se refere à temporada de 1993. Fabrizio Barbazza finalizou a temporada com dois pontos, um à frente de Alessandro Zanardi. Os dois, italianos. Os dois, sobreviventes de acidentes gravíssimos em categorias americanas. Os dois, presos em algum lugar no meu inconsciente.
Uma batida envolvendo um carro Toshiba em um circuito cheio de árvores ainda no início da corrida. Não me esqueço do aerofólio Toshiba voando por aí. Fazendo uma pesquisa, acredito que a imagem se refira a Aguri Suzuki no GP da Alemanha de 1992. O japa abandonou nas primeiras voltas após se acidentar.
Enfim, são essas pequenas coisas. Tem mais, mas nem tenho tempo para elencá-las aqui. Agora é com o leitor. Quais são as suas lembranças de infância com relação ao automobilismo?
12 de setembro de 2012 at 18:12
A mais antiga: GP do Brasil de 93. Não do Senna ganhando, mas de uma Williams passando reto no final da reta dos boxes e ficando presa na brita. Acho que era o Prost.
12 de setembro de 2012 at 18:20
Minha Lembrança mais antiga é de 1983, o bicampeonato do Piquet. Fiquei puto porque o Patrese e o De Cesaris o passaram no final.
12 de setembro de 2012 at 18:22
Ah, meus primeiros “ídolos” foram os de nomes engraçados também…hehe. Sobretudo os italianos Larini, Martini (sempre pensava num bêbado), De Cesaris (era assim que eu chamava meu amigo César na escola) e outros de nome tão engraçado quanto, como Mika Hakkinen da Lotus, Pedro Chaves (esse eu só lia no jornal, nunca via nas transmissões, anos depois eu fui entender o motivo), “Katagrama”, Suzuki (que eu imaginava sendo patrocinado pela Suzuki)…
Na Indy eu achava engraçado ter o Nick Firestone e o Scott Goodyear. Achava que eles eram filhos dos donos da Firestone e da Goodyear.
E eu também era fã do Gachot na Jordan. Mas gostei muito daquele alemão, muito devido ao seu estranho nome de Mirrael Schumarrer, que o substituiu em Spa.
E meu ídolo mor era o Mansell (que não era manso, apesar do nome sempre me remeter a isso). Eu diria que só tive dois grandes ídolos na F1, Mansell e Barrichello.
13 de setembro de 2012 at 11:19
Nick Firestone? Você é doido. E velho.
18 de setembro de 2012 at 12:26
Ele: http://en.wikipedia.org/wiki/Nick_Firestone
12 de setembro de 2012 at 18:38
Primeira memoria, 6 anos: 1990, Senna batendo em Prost e terminando o campeonato campeao. Pouco me fodi que o Piquet havia ganho aquela prova em dobradinha com o Baixo, o que eu queria era Senna campeao e ponto!
Segunda memoria, 6 anos: Eu indo fazer exame de sangue e apos isso, ganhando um album de figurinhas da F-1 de 1991, com figuras como Aguri Suzuki e Eric Comas. Eu tambem sempre gostei das Larrouse-Lamborghini, achava a Lambo mais legal que a Ferrari fazendo carro de rua e achava que eles ganhariam em cima da Ferrari tb na F1. Sonho meu…
Terceira Memoria tb com 6 anos : Senna ganhando o GP do Brasil de 1991 e gritando alguma coisa esquisita dentro do capacete depois da vitoria, que eu so descobri anos depois que era um “PUTA QUI PARIU! EU VENCIII!!”
E ultima memoria, 7 anos: Eu chorando de solucar ao ver o Senna perder a primeira prova de 1992 e meu pai falando”Calma, e so a primeira corrida…”. Acho que eu ja tinha ideia o que seria aquele ano…
12 de setembro de 2012 at 19:32
Tinha eu 6 anos, e em casa estava eu, o meu irmão de 7 anos e a minha mãe. O meu pai estava em Africa na guerra do ultramar. Para quem não sabe, Portugal até 1974 tinha uma guerra para se entreter em Angola, Moçambique e Guihé.
Nessa altura na televisão (a preto e branco) só havia 1 canal, e nesse dia ia dar mais uma corrida de carros… que autêntica seca para uma criança de 6 anos…
Que remédio… não havia mais nada para ver!!!
Sem estar a olhar para a televisão, acontece um acidente onde o carro fica virado ao contrário e um outro homem tenta virá-lo…
Foram estes pequenos minutos que ficaram para sempre nesta cabeça…
Lembro-me de ver a minha mãe a chorar e eu e o meu irmão a perguntar-lhe porque é que não tiravam o homem dali.
Só mais tarde, em 1979, já com 12 anos é que me apaixonei por este desporto. E em 1981 ao assistir ao Febre da velocidade no cinema é que fiquei a saber que aquele acidente que marcou a memória de uma criança de 6 anos tinha sido em 1973, em Zandvoort. Nos dias de hoje sei tudo sobre isso.
Antes de gostar de F1, vi em directo a partida de Monza78 e ver aquilo tudo, lembrando-me ainda de ouvir no noticiario de 2ª feira que um piloto tinha morrido desse acidente.
A partir de Hockenheim1979, as recordações já são de um amante deste desporto e opiniões formadas, de quem assitiu aos GPs na televisão com olhos de ver.
12 de setembro de 2012 at 19:48
Minha primeira lembrança é uma palavra: austríaco. Toda vez que ouvia essa palavra me dava uma sensação ruim, e por muito tempo eu não soube o porquê. Agora é bem óbvio…
Achava engraçado o nome Mark Blundell, eu falava Mark BUNDell e ria alto, ahauhaua.
Fogo nos boxes, rubinho sempre quebrando…
A cagada monumental que fizeram com as Williams pintando-as de vermelho, acho que tinha um canguru pintado na lateral e sempre que eu via lembrava da Austrália.
Tinha uma caixa de lego, e sempre brincava no tapete de casa de F1. Juntava umas peças vermelhas e brancas, só vermelhas, azuis…
Torcia muito pro bernoldi porque gostava da Arrows, achava o carro laranja e preto o mais bonito do grid.
Tinha raiva do schumacher e torcia pro Villeneuve, mas nunca torci pro Hakkinen. Nessa época só assistia a corrida por causa das Stewart, a equipe mais legal de todos os tempos.
Se eu lembrar de alguma coisa interessante eu posto.
13 de setembro de 2012 at 12:14
Acho que sou a única pessoa do planeta a achar a Williams-Winfield vermelha legal….
13 de setembro de 2012 at 13:03
Muito provável.
12 de setembro de 2012 at 21:10
Algumas lembranças:
– Quando comecei a assistir as corridas, não entendia porque apareciam aqueles números entre um piloto X e Y; basicamente, se tratava dos segundos separando um e outro.
– Do pessoal que trabalhava nos pitstops, bem protegidos com suas camisetas polo, bermudas e tênis.
– Aquelas zebras monstruosas que colocaram em Interlagos no início dos anos 90; pareciam uma série de pequenas lombadas amarelas sobre um piso branco
– Saindo da F1, lembro que a Manchete transmitia VÁRIAS corridas de diversas categorias, desde Formula Ford, F3, Copa Fiat (corridas de Uno e Pálio!), até INDY e DTM.
– lembro de uma época que até a TV Gazeta transmitia a F3 Inglesa, na época que Rickard Rydell e seu TOM’S Toyota preto eram dominantes
– e a TV Bandeirantes transmitia as corridas de IMSA! Aquela que tinha uns protótipos da Toyota, Nissan, e outros…
Enfim, tínhamos um mar de opções automobilísticas, coisa que hoje está bem longe de acontecer (ao menos, na TV aberta).
12 de setembro de 2012 at 21:45
Bom, tenho quase sua idade Verde: 25 anos. tenho alguns flashes de 92 ou 93 também, musiquinha da globo e tal, e claro, vitórias do Senna(principalmente em Mônaco). Lembro que acompanhava a corrida de Ìmola em 94 e o noticiário posterior, e de ter dado a notícia da morte do Senna para minha vó, mas nenhum detalhe da corrida em si me vem à cabeça. Depois veio um hiato provocado pelo acontecido, pois ‘depois da morte do Senna ficou sem graça’…
Lembro que no final de 97, via nas chamadas da Globo para o final da temporada e a disputa entre Schumacher e Villeneuve, e na escola um colega meu fez um desenho do carrinho dos dois. Achei legal.
A partir de 98 comecei a dar uma atenção especial à essa categoria, mesmo que esporadicamente. Achava o nome ‘David Coulthard’ legal, Achava muito exótico um piloto finlandês tocar o terror, comecei a entender porque o Rubinho não fazia o sucesso do Senna, etc.
Nessa época eu ia à missa todos os domingos às 08:00 da manhã – na verdade ia mesmo para assinar a carteirinha do catecismo, e na volta dava para ver as corridas europeias. E embora me lembre do Schumacher cruzando o GP da Inglaterra nos Boxes, Foi à partir daquele pandemônio belga que passei a acompanhar com força a categoria, sempre torcendo pro Mika.
A temporada de 99 foi bem legal, mesmo perdendo algumas corridas, fazia de tudo para me inteirar. De 2000 em diante fiquei um período incrível sem perder um GP sequer, sobrevivi à era Schumacher e tô aí até hoje.
Bom, espero ter contribuído um pouco com meu relato. Abraço, e parabéns pelo blog, mais uma vez!
12 de setembro de 2012 at 21:48
BOA!!!
Qual é a minha primeira lembrança relacionada à F1??
Olha Verde,essa é uma pergunta que SEMPRE faço,mas NUNCA consigo responder…
As vezes penso em uma cena,as vezes penso em outra…
Bom,vamos lá…
Antes de tudo,ACHO que lembro do acidente do Senna.Na verdade,eu não sei se a lembrança que eu tenho era do acidente fatal dele ou se é apenas uma vitória ou algum momento da transmissão de alguma corrida que ele aparece.
Só sei que era MUITO pequeno e estava na cama dos meus pais.Meu pai já estava fora do quarto e minha mãe ainda estava deitada vendo a corrida com uma apreensão que me marcou.
Lembro que era alguma coisa acontecendo com um tal de Senna,mas não lembro o que era.
Minha mãe diz que quando o tricampeão morreu,a cena era exatamente como a descrita acima,mas não sabe me dizer qual era exatamente o ocorrido naquele tal dia que me lembro.Pela semelhança,talvez eu associe a lembrança ao acidente e por isso construa o fato dessa forma na minha cabeça…
Essa é a primeira lembrança “improvável”.
No entanto,lá por 1995,96 ou até 97 é que comecei a ter contato de verdade com a F1.
Sempre ia com minha mãe á uma loja da Benetton que tinha na minha rua.Enquanto ela experimentava roupas,eu ficava hipnotizado por uma foto enorme de um carro da Benetton durante o pit stop.A foto foi tirada de cima enquanto os mecânicos faziam troca dos pneus.Aquele carro,o número de pessoas mascaradas e vestidas de azul em volta dele me impressionaram.Só que nada chamou tanto minha atenção como aquele pequeno “arco-iris” na tampa do motor,próximo ao aerofólio!!
Era só um detalhe da linda pintura do carro da Benetton,mas a combinação do azul escuro com aqueles filetes coloridos ficaram registrados na minha cabeça de quatro ou cinco anos.
As minhas primeiras lembranças “reais” de uma corrida de F1 são da mesma época.Lembro que TODO domingo fazia sempre a mesma coisa: acordava e,antes mesmo de levantar,liga a TV e assistia Pingu no Cartoon Network.Logo que o programa acabava,mudava para Globo e assistia a corrida.
A partir daí fui aprendendo naturalmente sobre a categoria.Comecei a torcer por um piloto (Villeneuve) e a detestar outro (Schumacher).Também desenhava um traçado com “retângulos” coloridos representando os carros.Lembro que sempre fazia os carros azul-branco (Williams) e vermelho (Ferrari) na frente e também dois amarelos (Jordan??) sempre juntos e na frente das duas equipes líderes.Dizia que eram os retardatários.Só que a Jordan não era lerda em 96,97…enfim…
Fui tendo essa rotina todos os domingos por 96,97,98,99…
Lembro perfeitamente da minha raiva quando o Schumacher venceu o GP caseiro do Villeneuve em 97 e da minha felicidade quando o canadense seguiu sua corrida enquanto o alemão ficava preso na brita de Jerez.
Sofri para identificar o meu primeiro ídolo por causa da nova pintura vermelha de 98.Também lembro da batida da largada no GP da Bélgica Vibrei quando vi a Williams do “Vila” escapar do acidente colada na McLaren do Hakkinen.
Depois que conheci a maioria das equipes e comecei a entender a dinâmica das corridas,passei a apioar fanaticamente a Minardi.Villeneuve estava mal na BAR e me agarrei á pequena e simpática equipe.Torcia para batidas na largada e por corridas malucas.Tudo para ajudar a Minardi.
E foi assim que virei um verdadeiro viciado em F1.
Caralho!!!
Virou um livro!!!
12 de setembro de 2012 at 22:32
Tenho na minha cabeça uma imagem meio perdida do Schumacher vencendo uma corrida em 2004, Nurburgring, acho. Achava que ele era o Brasileiro da Ferrari e fiquei feliz por ele ter ganho. No dia seguinte descobri a verdade e fiquei triste. Me lembro também da 1a vez que vi uma corrida inteira: foi em 2004, ainda, mas mais pro fim da temporada. Monza, talvez. No começo da corrida fiquei com vontade de ir no banheiro e fiquei esperando o “intervalo” da corrida que, obviamente, nunca veio.
12 de setembro de 2012 at 22:36
Vagas lembranças de um carro laranja, e que tinha como piloto o Pedro Paulo Diniz, achava o máximo, era fã do cara, tinha também aquele carro azul, (Prost), que era lindo demais e tinha um patrocinio da PSN, achava que era da Playstation Network rs.., comecei acompanhar F1 muito tarde, a partir de 95 ~ 97, lembro daquele carro de 2 cores com um zíper no meio, lembro também daquele carro verde patrocinado pela Telefonica, era criança, torcia muito pra esses caras, curtia porque achava o carro bonito.
Mas uma coisa que me marcou, é quando meu pai, me deu um carro da Jordan de natal, que montava/desmontava (não era miniatura original, puro plástico saca?),E eu falava que era o carro do Rubinho, adorava demais aquele presente, um desses marcantes, uma história que é bacana de falar também, no natal da nossa cidade (interior, 10 mil habitantes), juntavam-se os pais e faziam uma vaquinha para que um cara da cidade se vestisse de papai noel e entregasse os presentes, um daqueles momentos marcantes que unem F1 e uma data especial.
12 de setembro de 2012 at 23:10
Bom… durante muito tempo estava convencido que a minha memória mais distante tinha sido o acidente mortal de Gilles Villeneuve em Zolder. Lembro-me do noticiário da Globo – sim, ainda vivia no Brasil nessa altura – a falar sobre o acidente dele e a minha mãe a falar sobre um “Carlos Pato”. Anos depois, percebi que o que queria falar era sobre José Carlos Pace e o acidente aéreo que o tinha matado, em 1977.
Só que depois, vi que a minha memória mais distante não era essa, era de um momento mais festivo, em Las Vegas, a capital do jogo (ou do Pecado, para algumas mentes mais “puritanas”…). Tinha uns meses, quando Nelson Piquet tinha chegado ao fim, exaurido, e erguido a bandeira brasileira, para celebrar um título mundial que pensavam que não iriam ver, depois do lento declinio de Emerson Fittipaldi. Com isso tudo, tinha cinco anos de idade, e posso dizer que vejo Formula 1 há trinta.
12 de setembro de 2012 at 23:18
Comecei a acompanhar a F1 em meados de 1999. Lembro que o Hakkinen foi uma das primeiras coisas do mundo que eu aprendi a odiar. O motivo, acredite se quiser, era que o sobrenome dele tinha uma sonoridade muito parecida com a dos meus escarros, e eu sofri de rinite alérgica durante a infância inteira. Só me dei conta disso quando conversava sobre F1 com um primo do interior, tomando Coca-Cola numa mesa de boteco enquanto meu pai e meus tios enchiam a cara de Brahma, logo depois de o finlandês ser campeão pela segunda vez. Ele estava fulo da vida, assim como eu (nós dois éramos schumacheiros de carteirinha), e soltou a piada do catarro meio que sem querer. Até hoje lembro da bendita piada sempre que ouço falar no cara.
Outra lembrança bem aleatória, e até mais remota, é de 1997, quando eu tinha 6 anos de idade e nem sabia direito o que era Fórmula 1. Os meninos da escola resolveram brincar de apostar corrida (a pé mesmo, lol) e cada um tinha que ser um piloto. O primeiro escolhido foi o Senna, depois um gordinho disse que era o Barrichelo… e alguém pediu pra ser o Raul Boesel. Cara, como assim?
13 de setembro de 2012 at 0:06
O que tenho na memória, pelo menos até 1992, são apenas flashes ou fatos isolados. A primeira lembrança que eu tenho é aquela do título do Senna em Suzuka, em 1988. Com certeza eu não vi a corrida, porque eu era muito pequeno pra ficar acordado até tarde, mas devo ter visto as reportagens na época. A mesma coisa em 1989 e 1990. Meu pai sempre gostou muito de corridas e passei a infância vendo várias delas na companhia do meu velho.
De corrida mesmo, de ter visto ao vivo, a primeira lembrança mais detalhada é de 1993, no GP do Brasil, com a torcida invadindo Interlagos (lembro que fiquei alucinado vendo aquele povo todo na pista). Também lembro de Senna e Prost duelando no hairpin de Donington. Lembro do Schumacher num pódio em alguma corrida, meu pai falava que ele era meio estabanado e tinha o queixão.
De pilotos, eu gostava do Berger (acho que era porque meu pai dizia que ele ajudava o Senna, hehe) e do Capelli (adorava a cor do carro da March). Mas o principal pra mim era o Senna, tanto que eu chorava quando ele abandonava a corrida ou o narigudo ganhava…
13 de setembro de 2012 at 0:36
Lembro que costumava brincar de “herói” e “vilão” com meu irmão mais novo. Ele fazia o “herói” (Ayrton Senna) e eu o “vilão” (Nigel Mansell) em uma corrida louca de velocípedes. Por volta dos 10 e 11 anos gostava de desenhar os carros da F1 e Indy (CART).
13 de setembro de 2012 at 0:37
A minha memória mais vaga da F1 é de uma Ferrari numa caixa de brita. Deve ter sido entre 94 e 96…
13 de setembro de 2012 at 0:51
A primeira lembrança de tudo que tenho, é acordar para a largada de uma corrida em 1991. Se não me engano foi na Alemanha. Lembro com muita clareza dessa corrida porque meu pai gravou ela em VHS, lembro que tinha um carro rodando (era a Lamborghini do Nicola Larini). Lembro que o Senna e o Prost estavam lado a lado e o Prost parou, e que depois o Senna paou no mesmo ponto.
No fim eu fiquei com a voz na cabeça do Galvão falando anunciando o quinto e o sexto lugar Andrea de Cesaris e Bertrand Gachot, eu ouvi esses nomes e ficou anos no meu subconsciente.
13 de setembro de 2012 at 1:03
Cara, que tópico excelente! É sempre bom relembrar a nossa infância, ainda mais nesse caso, pois muitas das minhas lembranças são associadas à Fórmula 1.
Minha primeira lembrança é uma largada, os carros fazendo uma curva à esquerda em descida, e de repente lá no fundo da imagem passa um carro voando. Muitos anos depois fui descobrir que era o Michael Andretti, que tinah batido com o Berger no S do Senna, la largada do GP do Brasil de 1993. Daquela corrida também lembro de ver o Senna passando o Hill, e a invasão da pista. Temos aqui até hoje em VHS o GP da Austrália de 1993, e quando era criança via praticamente todos os dias. Assim como você, via vários nomes estranhos, que eu ficava me perguntando quem eram, porque não tinham corrido no GP da Austrália: Os nomes eram do Andretti, Alliot, Barbazza, Zanardi, etc. Também nessa época achava que o Senna tinha sido campeão do mundo de 1993 porque tinha vencido a última corrida.
A minha primeira lembrança mais marcante não é boa: Lembro de estar com o meu pai no sofá da sala vendo os treinos do GP de San Marino quando o Ratzenberger bateu. Lembro de todo o atendimento médico, do Senna indo de carro de passeio até o local da batida, de um fiscal segurando uns pedaços (não sei se do carro ou do muro), e de uma câmera fixa que mostrava o carro dele passando na reta, e depois um pedaço do carro voando. Até hoje lembro do meu pai falando: “É meu filho, acho que ele morreu.” Fiquei assustado com os médicos fazendo massagem cardíaca nele. Mas pra mim o que é mais marcante desse treino é que, assim que terminou a sessão, um cinegrafista foi até os boxes da Simtek, que estavam fechados, e tentou filmar o que se passava lá dentro através de uma janelinha de vidro que tinha na porta. Também tenho várias lembranças do dia seguinte a esse, mas isso renderia uns 30 parágrafos aqui, então vou pular essa parte.
Também de 1994, lembro do carro do Verstappen pegando fogo no box, da pole do Rubinho na Bélgica, de um carro andando pela pista de Jerez com o pneu estourado, e do GP do Japão em baixo de muita chuva.
De 1995 lembro do Salo rodando na Junção, do acidente na largada em Monaco, do Herbert saindo com o macaco preso atrás do carro na Espanha, das batidas do Hill com o Schumacher na Inglaterra e na Itália, e consequentemente das vitórias do Herbert, além é claro da vitória do Alesi no Canadá. Depois que o Senna morreu passei a torecer fervorosamente pro Alesi. Fiquei revoltado no GP da Europa quando o Schumacher passou o Alesi no finalzinho da corrida. Chorão que era quando criança, provavelmente chorei nesse dia.
Dos anos seguintes as lembranças que mais marcaram foram dos GPs da Inglaterra e da Bélgica de 1998, debaixo de muita chuva, do Schumacher passando por dentro do box pra ganhar na Inglaterra, e daquele monte de acidentes do GP da Bélgica. Lembro que botei o colchão no chão da sala pra ver o GP do Japão com o meu pai, mas acabei dormindo e não via a corrida. De 1999 lembro da corrida da Austrália, que o Schumacher chegou em último (se não me engano foi 8º). Lembro da batida do Hakkinen em Imola, de vários pilotos batendo no Muro dos Campeões, no Canadá, do acidente do Schumacher em Silverstone, do Hakkinen rodando na largada na Áustria, do Salo dando passagem pro Irvine na Alemanha, dos acidentes das BAR em Spa, e do Mika rodando e chorando em Monza.
Por fim em 2000, lembro da vitória do Rubinho na Alemanha, e do acidente na largada do GP da Itália. Estava vendo a corrida deitado na cama no quarto, e quando teve o acidente saí berrando pela casa: “Esse Trulli tem que ser expulso da F1!”. Quando mostraram o fiscal que foi atingido por uma roda sendo atendido no chão, o Galvão disse: “Esse é um fiscal sendo atendido.” E eu respondi em voz alta pra TV: “Ô velho burro, esse é o de la Rosa.” Na hora da pancada jurava que ele tinha morrido.
13 de setembro de 2012 at 2:24
Poutz… minha primeira memória me remete a 80 e poucos, eu era criança e num faço idéia se tinha cinco ou seis anos, sei que é por aí pq era a lembrança era o Senna na Lotus preta, meu pai adorava o Piquet, normal por que o cara já era bicampeão, mas meu primeiro ídolo na F1 foi aquele cara do carro preto com o capacete amarelo…
Depois já no final dos anos 80 e começo dos 90 eu estava contaminado… assistia todas as corridas com meu pai e meu irmão… torcíamos como loucos pros brazucas… Senna, Piquet… eu torci tanto pro Piquet andar bem na Lotus amarela… achava ela linda… aquela de 89 que não andava nada… e gostava muito do Moreno e do Gugelmin… tinha maior pena do Moreno por ele ter que se arrastar com a Coloni… e o Gugelmin na Leyton House… lembro de assistir a corrida inteira do Rato quando ele venceu a Indy 500 pela primeira vez…
Tirando os brasileiros, eu adorava o carro todo colorido da Benetton, curtia o Berger, o Nannini, o Boutsen (torci por ele na Ligier), o JJ Lehto, o Capelli, o Christian Danner, achava aquele carro todo preto da AGS muito legal e também aquele da Zaakspeed com patrocinio da West e a Onyx com o Stefan Johansson, torci pra ele até na Indy… Aguri Suzuki que na minha cabeça era um injustiçado… na minha rua eu organizava com a mulecada um campeonato de F1… os carros eram as bicicletas… cada um era um piloto… eu fazia a tabela com as corridas para que os resultados fossem todos computados… eu era apaixonado pela Ferrari, meu sonho era que o Senna fosse correr lá um dia… minha bicicleta era uma caloi freestyle verde, então, como eu era o Berger na Ferrari, minha Ferrari era verde por causa do patrocinio… eu obrigava meu pai a comprar todas as revistas Grid e todas as tabelas lançadas em bancas de jornais e também em postos de gasolina… desenhava um monte de carros de F1…
O segundo carro pelo qual me apaixonei foi a Jordan de 91… e por isso torci pelo Gachot e lembro que fiquei super feliz quando o Moreno foi pra lá… mal sabia eu da real situação das coisas… confesso que so fui perceber a existencia do Schumacher em 94… ate ai eu nem ligava pra esse cara, mas lembro que ja nao curtia mais a Benetton por que o Piquet tinha saído e por que já tinha percebido o que eles tinham feito com o Moreno… ahhh a perda da inocencia…
Me apaixonei em 92 pela Jordan do Gugelmim, aliás, meu pai me deu a miniatura de presente naquele ano… eu nem acreditei… se hoje elas são caras imagina naquela época… em 93 o Senna estava espetacular e tive o privilegio de assistir o leão Mansell calando todo mundo que falava mal dele quando ele ganhou o campeonato da Indy…
Lembro de 94 com muita tristeza… vi o meu o Senna morrer naquele acidente terrivel… com aquela Williams incrivel… eu achava aquele carro lindo… aliás… acho ate hoje… chorei…fiquei chateado pacas… não fui na aula por dois dias… mas não consegui deixar de assistir a F1… afinal, tinha um muleke chamado Barrichelo que tava arrepiando… lembro de ter ficado revoltado com o Dick Vigarista pela primeira vez quando ele atirou o carro no Hill na Australia… em 95 e 96 eu deixei de acompanhar como antes… assistia corridas esporadicas… preferia assistir ao Emmo na Indy…. era legal demais voce ele e o Boesel, os Andrettis, lembro que tinha pelos menos uns quinze deles…. hahahahahaha… como o Rodrigo Rocha citou acima, eu também pensava que o Scott Goodyear era parente do dono da fábrica de pneus…
Vi o Villeneuve pela primeira vez em 95 e me chamou atenção, então quando ele foi pra F1 me levou junto e por mais que as pessoas falem dele, eu acredito que ele, Mika Hakkinen, Montoya e Alonso tenham sido os únicos capazes de acompanhar o Schummy…
Lembro bastante da temporada de 99 e de já não acreditar na quantidade de azar do Rubinho, lembro de 2000 da primeira vitória dele… lembro de maio de 2002 com o Cléber Machado falando “Hoje não, hoje não… hoje sim…” – meu mundo ruiu… minha paixão pela Ferrari acabou ali… fiquei super chateado e só voltei a acompanhar a F1 no final daquela temporada quando vi um colombiano que venceu bonito na Indy peitar o Vigarista em Interlagos eu acho…
Em 2003 o Rubinho me deixou mais emputecido ainda e passei a não ter respeito por ele, pelo Schummy ou pela Ferrari… comecei então a torcer por um muleke chamado Massa que peitou o Peter Sauber e perdeu o emprego…
Continuei torcendo pelo Massa e quando ele voltou era nele minha torcida… torci muito pelo Piquetzinho tambem, mas achei uma baita cagada ele estrear por uma equipe média-grande e ainda com um bicampeão mundial do lado… no fim, deu no que deu… Alonso, Piquet Jr e Briatore faleceram pra mim, por que além de insultarem o esporte que eu amo ainda tiraram o título das mãos do Massa…
O Rubinho faleceu pra mim quando tirou o trampo do Senninha na Brawn em 2009… o cara tava contratado pra ser o segundo piloto do Button, ele tinha dado pau no Button e no Barrica nos testes em 2008 em Monza… na virada da temporada o Barrica puxou o tapete dele… foi bem triste de ver…
Hoje torço para que o Massa se recupere mas que saia da Ferrari… e torço pro Senninha calar os críticos, o cara super consistente apesar de pilotar um carro inferior do que o Maldanado e as pessoas ficam malhando o muleke esperando que ele seja o tio encarnado…
13 de setembro de 2012 at 2:41
Ahh lembrei de mais uma coisa…
Quando tinha onze ou doze anos ganhei de meu pai uma Brabham de montar, aquela de 79 do Lauda que tinha aquele ventilador no fundo… e meu irmão ganhou uma Lotus de 91, aquela que o Mika Hakkinen pilotou…
Desculpa o livro Verde, mas é muita história e emoção…
13 de setembro de 2012 at 4:23
Tenho algumas lembranças esparsas da década de 80. Fazia trocadilhos com nomes de pilotos como Nelson Pequi e Ninja Manso. Deitava no chão entre duas camas e simulava um cockpit, usando um prato como volante. Gostava de desenhar desde pequeno e a lembrança das cores desenhadas no caderno é bem presente, principalmente das Lotus pretas. Numa festinha de anivresário, creio que em 87, os pais de meu primo o vestiram com macacão branco e fizeram uma decoração baseada na F1. Pista decorada com os carros na mesa, bandeiras com nomes de equipes como Ligier, Lotus e Williams, isopor com a figura dos carros pregados na parede, dentre outros.
Outra lembrança que tenho, é das corridas da Moto que aconteceram em Goiânia e sua relação com o acidente do césio 137. O acidente aconteceu no fim de semana de corrida, mas só foi noticiado dias depois. Até hoje me lembro dos caminhões com imensas caixas amarelas com o símbolo de radiação passando na avenida em frente a minha casa. Mesmo tendo a relação com o acidente radioativo, as motos viraram febre aqui por uns bons anos.
Os brinquedos da época, em sua maioria foram destruídos, gostava muito de simular capotagens, acidentes feios. hahahaha Muitos carrinhos (acho que da Gulliver), eram réplicas dos protótipos de Le Mans e isso sempre me intrigou pois não assistia nada parecido na TV. Só depois de adulto fui conhecer melhor um pouco da história dos endurance. As vezes desenhava pistas no quintal, usava carvão e brita pra simular o pavimento.
Voltando a F1, lembro dos grafismos com os capacetes dos pilotos nas transmissões, e dos tios falarem que o som de alguns carros na onboard lembrava um telefone tocando. Tenho uma lembrança de uma corrida que foi no final da tarde, provavelmente deve ter sido algum gp dos Estados Unidos (isso pode ter sido no final dos anos 80). Uma grande lembrança é a do GP do Brasil de 93, com o Prost rodando e tudo tão escuro que parecia anoitecer naquele momento. Nos anos 90, já nutria certa predileção por assistir as provas na madrugada. Até hoje prefiro os horários da da temporada asiática. hahahahahaha
Regionalmente lembro de pilotos como o Laércio Justino nos carros e Ricardo Arara nas motos, além de coisas como Formula 200, que era uma categoria que usava Karts com uma grande carcaça simulando um monoposto talvez. Acho que isso aí já se aproxima do meio dos anos 90 e deixa de ser algo tão remoto assim. hahahahahhaa
13 de setembro de 2012 at 8:20
Eu nao so portugues, mas escrever aqui mhe da uma oportunidade pra praticar. Espere um post cheio de erros…
Começei a interessar-me pela F1 aos 9-10 anos, la por 2000-2001. Começei a tomar conta da F1 porque seguia os ralis com regularidade e li cossas sobre a tal categoria que nos ocupa em revistas.
As minhas primeras lembranças eram as de uns carros pretos e cinzas muito estilossos. Eu achei que o seu dessenho era legal demais e virei fan deles. Descobri a istoria de um finlandes que ganhou dois titulos e como ele pilotava os tales carros, virei fan. Sim, eu começei sendo fan da McLaren e sigo sendo, mesmo que o meu piloto favorito nao pilote la.
Obviamente, os Ferrari tambem forman partes das minhas memorias iniciais, mais sempre estava chateado com eles por ganhar com demassiada frequencia em anos posteriores…
Nao recordo qual foi o primer GP que assisti, so os carros. Tambem gostava da Jaguar por o seu dessenho. Veja voce, me guiava muito pelo dessenho dos carros xD
13 de setembro de 2012 at 11:15
Seu português é muito bom, muito melhor do que o de muitos nativos.
13 de setembro de 2012 at 10:41
Tenho algumas…o acidente do Piquet em Monaco (1984? eu tinha 7 anos), lembro que eu assistia a corrida e a brincadeira era narrar o que acontecia cantando…
Lembro muito pouco da prova de F3 que a Globo passou em 83 (Senna x Brundle)…Lembro que quando comecei a acompanhar de verdade a F1 e a CART (1986, com 9 anos) eram parcas as informações.
13 de setembro de 2012 at 10:41
Minha Lembrança mais antiga era na sala da casa , vendo uma corrida em preto e branco, num autódromo cheio de subidas e descidas ( zeltweg? ), e meu pai tentando fazer eu torcer pelo Piquet, mas eu gostava do “Nenê Alugui” ( René Arnoux). não lembro o ano.
Lembro tambem do meu pai dando gargalhadas com o Piquet dando uns tapas no Salazar. tudo isso na sua Telefunkem P & B.
13 de setembro de 2012 at 10:52
aliás, linda essa foto da Pacific Lotus…sim, Lotus…tem o síbolo nas laterais do bico…eles queriam manter a Lotus viva na F1, já que 1994 foi o ultimo ano da Lotus de Chapman na F1
13 de setembro de 2012 at 11:35
Acho q minha primeira lembrança é a do primeiro título do Senna em 88. Lembro que acordei puto da vida com meu pai e vi o Senna cruzando a linha de chegada “sem as mãos” no volante.
13 de setembro de 2012 at 13:22
Coisas aleatórias que marcaram minha infância (tenho 27 anos):
a Lotus amarela de Martin Donnely voando.
Thierry Boutsen na Williams.
Nakajima fazendo bosta.
Alesi na Tyrrell em Phoenix.
O acidente de Berger em Ímola.
Benetton com pneus Pirelli.
Ligier com patrocínio da loteria francesa e dos cigarros Gitanes.
Schumacher no pódio com a Benetton amarela.
Senna choramingando por uma vaga na Williams e ameaçando sair da Formula 1 por não ter um carro competitivo (achava que o Senna era um puta chorão que só reclamava da vida nessa época, ao invés de focar em pilotar).
Mansell na caixa de brita, balançando a cabeça de raiva.
Todo mundo de aerofólio duplo em Mônaco.
Reportagens de Roberto Cabrini.
Aguri Suzuki e Gianni Morbidelli na Footwork.
Christian Fittipaldi sendo patrocinado por empresas que não existem mais: Banespa, tênis M2000 e IBF Formulários.
Alessandro Nannini e a Benetton verde.
Martin Brundle.
Michael Andretti na McLaren. Torci mto pra que desse certo…
Propagandas de cigarro escondidas na Inglaterra.
13 de setembro de 2012 at 13:29
Roberto Cabrini, é claro.
Que para mim era a mesma coisa que Roberto Moreno.
17 de setembro de 2012 at 23:04
eu via o nome do Moreno na F1 e pensava, como uma pessoa pode ter o nome de “Moreno”
13 de setembro de 2012 at 14:17
Caramba, isso me trouxe muitas memórias.
A primeira temporada em que acompanhei mesmo a F1 foi a de 1996 (tinha 6 anos na época). Gostava mesmo da Indy, aí quando um tal canadense foi pra F1, pronto, comecei a assistir – e nunca mais parei. Giovanni Lavaggi batendo em Mônaco! É a minha maior memória dessa temporada. Sei lá se isso realmente aconteceu; só sei que gostava do nome “Lavaggi” (deve ser pelo fato de ser um caipira do interior que vivia no meio de porcos).
Lembro da minha decepção ao acordar num domingo de manhã e ter descoberto que o canadense havia perdido o título (não assistia ao vivo as corridas da madrugada – era tudo gravado no VHS). Problemas no pit, ao trocar pneu, é o que lembro. Isso ocorreu mesmo?
!997! A temporada mais legal da minha vida. Lembro de eu ligar para meu pai contando que o canadense havia sido campeão. Na minha memória, meu pai estava trabalhando nesse dia; mas, quando penso bem, porra, por que raios ele tava trabalhando de domingo? Sei lá se estava… Sei lá se realmente liguei…
Ah, mas assistir a CART em 1998 e 1999 no canal 1 da SKY foi o auge das minhas memórias. Não tinha SKY em casa, e passava ao vivo tudo no tal canal. Ia a casa do meu avô assistir. Chegava lá, tomava conta do controle remoto, abria a geladeira e “bora” assistir Gil de Ferran e companhia correndo em um oval doido em Nazareth. Max Papis sem combustível na última volta em Homestead. Nessa época, minha memória já é mais clara (tinha 8, 9 anos). Lembro bem de ter ficado chocado com a morte de Greg Moore. Mas compreendi que aquilo era parte do esporte. Eu juro que teve um GP em Laguna Seca, numa tarde de domingo, que caiu no mesmo dia e hora que um jogo Palmeiras e Corinthians… Desespero de só poder assistir a corrida no intervalo do jogo (ou você acho que a italianada ia perder o jogo do Palestra para deixar um pirralho assistir uma corrida no meio da areia?!).
Chega. Lembrei do que mais me marcou. Sem dúvida, minha maior lembrança vem da CART, e não da F1. Deu saudades. Post legal, Verde.
13 de setembro de 2012 at 16:05
Tenho 15 anos, minhas lembranças de F-1 se remetem lá pelo ano de 2004-2005.
Meu irmão (que hoje tem 21 anos) sempre via as corridas, e eu via também. Vi muitas corridas em 2006-2007, mas a lembrança mais remota é – pasmem – de 1989!
Nós alugamos um VHS da temporada de 1989, da Fórmula 1, e eu me lembro ainda da Arrows A11, com o patrocínio da USF&G. Eu ficava boquiaberto com aquilo.
Com isso, comecei a acompanhara Fórmula 1, comecei a pesquisar sobre a Fórmula 1, e hoje, cá estou.
A mais antiga da Fórmula 1 é essa, mas tenho algumas lembranças dos Vectras da Stock em 2002, da F-Renault Brasil e de algumas outras categorias.
Abraços
Ramon Mendes
13 de setembro de 2012 at 18:09
Tenho vagas lembranças do Coopersucar amarelo (nasci em 1974). Comecei a assistir as corridas em 1981, com meu pai que também não perdia nenhuma. No começo, achava que o carro número um tinha que andar em primeiro, o número dois em segundo e assim por diante, até que o pai me explicou a questão da numeração. Daí pra frente, nunca mais deixei de ver as corridas e foram muitas as lembranças. Em 1982 eu completei o álbum de figurinhas da F-1 do chiclete Ping-Pong (ainda tenho guardado), e tinha também uma Brabham-Parmalat nº 5 da coleção “Destaque e Brinque” (o modelo vinha desmontado em papel grosso, e pelo que lembro era bem feito).
Lembro de ter visto notícias de um tal Ayrton Senna na revista Quatro Rodas ainda em 1983, e daí foi muito legal tê-lo acompanhado na F-1 desde a estréia. Sempre decorava as listas de pilotos, equipes e motores.
Lembro bastante das equipes mixurucas (com carros normalmente esquisitos) que existiram entre 85 e 90 e poucos, tipo a Dallara, Eurobrun, Zakspeed (esse era bonito, na cor prata) e Onyx. E também do capacete do Thierry Boutsen, que era o mais legal de todos.
Em 1990, aos 45 do 2º tempo, meu pai me levou pra corrida em Interlagos, e aos 15 anos eu aprendi nas lá na arquibancada um verdadeiro dicionário de xingamentos e expressões que nunca imaginava existir! Voltando ao Paraná no dia seguinte, perdi uma prova de português no colégio. Daí o professor mega-nerd preparou uma prova “especial” pra mim, só com textos e recortes de Fórmula 1.
Em 2001 fui ver a corrida em Monza, coisa inesquecível. Muitos carros expostos e comprei minha primeira miniatura (Lotus preta 86). Ao fim da corrida, invasão na pista, junto com todos os outros trocentos mil torcedores. Quando vi, já estava dentro.
Por último, e não há tanto tempo assim, fui ao Festival de Goodwood na Inglaterra em 2005, que é como uma Disneylandia automobilística para aficcionados e onde pude rever muitos dos carros que ficaram marcados desde a infância.
Bem, acho que até me excedi nas memórias. Mas foi legal ver as lembranças de outras pessoas e ver que muitas coincidem. Acho, inclusive, que o Verde terá muito material e idéias para outros posts a partir das memórias dos leitores!
13 de setembro de 2012 at 19:29
Tenho lembranças enevoadas do final da temporada de 1973, quando Jackie Stewart anunciou sua retirada das pistas após o acidente fatal com seu companheiro de Tyrrell, François Cevert. Lembro-me também da sua rivalidade “cortês” com o Émerson Fittipaldi. Para o ano seguinte, 1974, já me lembro com mais detalhes do segundo título do “Rato”, na McLaren. Em 1975, recordação especial da dobradinha brasileira em Interlagos, J.C. Pace em primeiro (de Brabham) e Émerson em segundo. Lembro-me ainda, naquele mesmo ano, da derradeira vitória do Émerson na F-1, em Silverstone, sob chuva.
14 de setembro de 2012 at 9:26
Me lembro de alguns lances de 91 e 92, mas a primeira temporada completa foi 93, que considero a melhor de todas, por conta do design dos carros, que acho o mais bonito de todos, pela disputa senna x prost e me lembro que também montava os carrinhos com bloquinhos tipo lego. Uma vez meu irmão fez uma Benetton gigante hehe.
me lembro com carinho dos gps do japão e austrália daquele ano.. senna fechando com chave de ouro, mal sabíamos que seria as últimas vitórias….
aí veio 94, tudo aquilo, mas não deixei de acompanhar nunca… foi mto legal 97, 98 e 99.
Só sei que até hoje, acompanho como se ainda fosse criança…
14 de setembro de 2012 at 9:58
A minha primeira lembrança é meio clichê, mas é a morte do Senna. Eu havia feito aniversário uns 3 dias antes, e meus pais fizeram um almoço naquele domingo. Então, a tragédia estragou a festa.
Mas também tenho lembranças do GP do Canadá de 1995, com o Barrichello na pole e a vitória do Alesi – que depois pegou uma carona com o Schumacher até os boxes.
E, o GP de Mônaco de 96, com a vitória do Panis e apenas 5 carros no final da prova. O 6º colocado, (acho que era o Hakkinen), pontuou sem terminar a corrida.
14 de setembro de 2012 at 13:49
Que post bacana, Verde! Minha primeira lembrança é de 96, grande prêmio de Monaco com todas aquelas batidas, certamente não lembro de todas, mas lembro de meu pai gargalhando dos carros que ficavam na pista.
Lembro de uma corrida aleatória da Cart em 96, deveria ser Laguna Seca ou Mid Ohio, só lembro de um carro preto muito bonito e a partir dali, passei a admirar aquelas pinturas da Texaco.
A partir de 97, as memórias ficam mais concretas, meu pai era Hakkinen de coração, minha irmã gostava do Villeneuve e eu era Schumacher! Como eu achava a “Formula Mundial” (eu gostava desse nome, ok?) mais interessante naquela época, gostava muito do Zanardi – talvez por já sentir que ele era um cara diferenciado – e gostava muito do Gil de Ferran e mais ainda do Mauricio Gugelmim. Pena que não lembro da vitória dele em Vancouver, mas JURAM que existe um VHS antigo desses de família, em que me perguntam “Quem vai ganhar a corrida?” e eu respondo ”O Mauricio. O Mauricio Gugelmim” na lata, sem nem pensar. Pena que ele só venceu uma vez.
A partir de 98, dá pra dizer que lembro de muito mais coisa, então nem consta colocar aqui.
o/ Verde
14 de setembro de 2012 at 13:51
Cara… você fez a pergunta certa! Isto vai ser comprido, puxa uma cadeira.
Eu tinha seis anos. Março de 1972. Meu pai me dá um toque que tem corrida de carro de verdade na televisão. Eu, que amava ver o desenhos do Speed Racer, me interessei e assisti. Gostei de ver aqueles carrinhos esquisitos zunindo. Achei legal. Uma coisa que me encafifou foi que o cara ficava falando “êmersom fitipáldi” de dois em dois segundos, e eu não imaginava o porque. Então, de uma hora para outra, ele passou a falar “carlos róitman”. Mais estranho. Mas taí, gostei. Não entendi quase xongas mas gostei. Assisti outras. Passei a entender um pouquinho mais do que xongas.
Perguntei pra minha mãe, se eu pedisse com jeitinho será que algum daqueles caras me dava carona num carro daqueles? Não, filho, só cabe um.
Continuei encafifado com o locutor. Ele vivia dizendo “já disse”, completamente fora de contexto. Que catzo era aquilo?
Era Jacky Ickx…
Ah, e eu também tinha um piloto favorito-por-ter-nome-engraçado: Henri Pescarolo. Eu imaginava que ele precisava de linha pra costurar o macacão e saía por aí pescando os rolos.
E claro, o VILÃO… Jackie Stewart. Aquele que pretendia derrotar o Brasilsilsil! Buuuuu!
Emerson campeão! Eu não entendia o mecanismo de contagem de pontos, mas entendi que o Emerson de alguma maneira venceu o ano! Ebaaaa! nas revistinhas da Disney, saiu um poster do Emerson sendo carregado em triunfo por Mickey, Donald, Pateta, Margarida etc. e espaços em baixo pra colar as figurinhas dos carros que saíam em outras revistas: Lotus (em tamanho maior, clro), Ferrari, Tyrrell, BRM, Surtees, Brabham e McLaren. (Omissões gritantes: March e Matra. Mas isso eu só viria a saber depois.)
No ano seguinte, tive pela primeira vez a experiência de ficar MUITO PUTO num GP. No caso o da Áustria. Pesquisem e saberão o porquê.
E logo depois, fui pela primeira vez na vida apresentado à Dona Morte. Morri de dó do Cevert, acho que chorei ao ver a reportagem na Globo. :( E passei a ter um medo abissal que o Emerson ou outro brasileiro fosse o próximo. Quatro anos depois, meus piores medos se realizariam da maneira mais estúpida possível.
14 de setembro de 2012 at 18:49
Tenho umas vagas lembranças desconexas que devem ser de 89 a 91 (sou de 87), algumas delas incluem uma Lotus amarela com patrocínio da Camel, a McLaren do Senna com o número 1, e de uma prova interrompida pela Globo por causa do futebol. Era jogo da seleção, acho que era alguma coisa da copa de 90. Se alguém lembrar de algum jogo do Brasil na época que tenha interrompido a F1, favor, me avisem. XD
Sobre lembranças vívidas, mesmo, só a partir de 1992. Algo que me fascinou demais foi um grid que saiu no Jornal Globo, para o GP do Brasil, com carrinhos coloridos e o nome dos pilotos, equipe, etc. de cara, gostei muito da pintura dos carros da Larrousse (que alguns chamavam de Venturi em 93, sei lá por que), de pilotos como o Ukyo Katayama e o Stefano Modena. Achava a pintura da Fondmental muito bonita também, assim como a da March e, dois anos depois, da Pacific. Por aí se vê que também tinha muito gosto pelas “rejects”. Até mais do que pelas equipes grandes e prestigiadas. Ah, lembro da Giovana Amati! A Globo passou a pré-qualy da sexta, acho, lembro dela correndo. E muito mal. E lembro também daquela Brabham azul e rosa berrantes do Damon Hill, foi o último suspiro da equipe. Lembro até da Andrea Moda do Moreno, que se classificou pro GP de Mônaco! Achei engraçado aquele nome…
Lembro que sempre gostava de ver as corridas na TV da sala, pois a do meu quarto era uma de 14″ em preto e branco (?!), e gostava de ver aquela combinação de cores e capacetes dos carros. Hoje, a F1 é bem sem graça quanto a isso. Achava estranho quando, na câmera onboard, quando o piloto passava por um viaduto (tipo Long Beach), ficava ruim a transmissão, cheia de estática. Câmeras da época, né. Lembro de uma tarde que fui para a casa dos meus avós e assisti o GP de Brasil de 1993, onde o Senna ganhou debaixo de chuva e o Prost rodou após ver o Christian rodado no fim da reta. Todo mundo vibrou, claro. Lembro do Barrichello com o boné da Arisco. E lembro do Mansell na Indy, acho que a Manchete é que transmitia na época, não? Não vi muito a Indy nesses idos. Só quando foi pro SBT mesmo…
Claro, lembro de bem mais coisas depois, tipo o acidente do Ratzemberger e do Senna, dentre outras coisas, mas aí já tinha meus 7 anos e já não era mais tão pequeno. Mas é curioso como lembro vividamente desses detalhes aí de 92-93, lembro mais do que a temporada de 2001-2002, por exemplo.
Escrevi pra cacete. Mas foi bom para refrescar a cuca. Abraços!
14 de setembro de 2012 at 23:42
Acho que foi ontem, algum dia desses. hahaha Mas, Verde, meus parabéns! Muitos anos de vida a você e ao Blog.
Um grande abraço de um fã do seu trabalho que te lê há muito tempo, mas não tem mais tanto tempo para comentar seus posts.
14 de setembro de 2012 at 23:45
Depois eu conto minha experiência que começou com a Indy…
16 de setembro de 2012 at 2:32
Um dia desses, hahahaha. Obrigado!
15 de setembro de 2012 at 12:59
A primeira lembrança relacionada com Fórmula 1 é a do GP Brasil de 91. Era meu aniversário de 5 anos e minha família alugou um ônibus pra irmos na Cidade da Criança (tipo um playcenter com sérias restrições orçamentárias), lá em São Bernardo do Campo. Lembro de ficar perguntando sobre a corrida e ter ficado feliz quando soube que o Senna tinha vencido.
Lembro também das corridas de madrugada, tentava ficar acordado, mas sempre dormia quando ainda tava no Sabadão sertanejo. No outro dia acordava cedo na ilusão de ter algum compacto, mas só tinha o globo rural mesmo.
Tinha também o “Pé na Tábua”, um brinquedo tosco da EstrelA (ou da Glasslite, não sei) que imitava uma Mclaren e uma Willians.
Um comercial do Ipiranga, que passava antes das corridas em que um povo dançava uma música do Bee Gees.
“Iuquinho Catagrama”
Muito bom o post!
15 de setembro de 2012 at 14:26
Minhas primeiras lembranças do automobilismo são da F1. Eu sempre torci pro Senna, como era quase regra. Mas o Jean Alesi que era pra quem eu torcia mesmo! Afinal, Senna sempre tava nas pontas, ganhava, e etc. Lembro das corridas dele na Tyrrel, e sempre me recordo de um acidente no Canadá, que rodou sozinho e foi direto de traseira numa barreira de pneus e o carro ficou de cabeça pra baixo! Revendo o acidente agora, ele bateu na Benneton do Nanini que tava parao ali, e ela serviu de rampa pro Alesi subir nos pneus, teve nada de cabeça pra baixo. Confiar na memória de criança pra essas coisas é foda!! Mantive sempre a torcida por ele, até a Jordan em 2001. E torcia pra Ferrari pq vermelho sempre foi minha cor favorita, de repente até por causa da ida dele pra Ferrari… Vai saber!
Parabéns pelo blog, Verde! Conheci seus posts no orkut, visitei o blog e já o li inteiro!
GO VERDE!!
15 de setembro de 2012 at 14:46
Tinha 9/10 anos e lembro que meu pai ( que não perde uma corrida até hoje… tá com 65 anos o véio… ) me acordava para ver as corridas do Piquet. Isto em 1979 !!!. Torcíamos juntos, e para mim meu pai era o cara que mais entendia de corridas no mundo. Quando o Piquet não estava em uma boa colocação, ele sempre falava – Calma, quem tá na frente não pilota bem, vai quebrar e o Piquet vai pra frente ! E não é que na maioria das vezes dava certo ?
Hoje estou casado e continuo não perdendo um GP. Minha mulher fica intrigada, dizendo como sou besta em acordar de madrugada para ver corrida, ou deixo de fazer alguma coisa devido à F1. Mas… ninguém fica na sala assistindo comigo, torcendo, analisando. Sinto falta do véio assistindo comigo. Mas sempre ligo para ele para comentar sobre as corridas.
Em relação às corridas, além das lembranças das vitórias do Piquet, uma me marcou profundamente. A morte do Villeneuve me mostrou pela primeira vez a tragédia na F1. Ele voando amarrado no banco até hoje está na minha mente.
Abraços.
17 de setembro de 2012 at 10:53
Ei… minha mulher tb pensa a mesma coisa… hahahahahaha
17 de setembro de 2012 at 11:29
Pergunta pra ela se desfile de moda é menos fútil. Aquelas roupas tem tanto uso por humanos normais quanto um carro de F1.
17 de setembro de 2012 at 12:49
TODOS me perguntam a mesma coisa…
hahahahahahahaha
18 de setembro de 2012 at 18:36
Por isso que não tem tanta mulher pilotando em qualquer categoria. Elas não gostam de automobilismo. Salvo raríssimas exceções.
16 de setembro de 2012 at 16:34
Legal mesmo essa chance aos fanáticos de remexerem suas memórias. Gênio.
Estava meio constrangido de comentar pois já sou um cinquentenário e na primeira vista só encontrei o comentário do colega patrício Paulo Marques, tambem oriundo da década de 70. Os outros todos bem mais recentes.
Agora vi que já outros ‘meio-idosos‘ se manifestaram. Pois bem.
O mais remoto que encontro na minha é a notícia, em jornal impresso, da morte do Jo Siffert em Brands Hatch, isso foi no final do ano cristão de 1971.
Em 72 meu pai me levou pela primeira vez a Interlagos, tive a sorte e privilégio de ver uma das últimas corridas vencidas pelo glorioso Porsche 908 da equipe Hollywood, ninguém menos que LP Bueno ao volante. Setor A, mas entramos com o carro, o que nos abrigou do toró que desabou no meio da prova.
finzinho de 1972, uma exposição de uma meia dúzia de carros de corrida na Praça Roosevelt, dentre os quais a Lotus-JPS do Emerson, a Brabham BT34 do Wilsinho, o Porsche 917 deles dois, uma Tyrrell e uma March-STP da F1. Ah, e o March711-Williams de Calos Pace, como não. Aonde obtive um maravilhoso souvenir, os adesivos (5) redondos que iam na asa da JPS celebrando as vitórias de Emerson para o título.
janeiro de 73 (eu acabara de completar 11 anos), e ida a Interlagos para ver ao vivo e em cores os trinta e poucos (ou seriam vinte e tantos?) bólidos que eu conhecia das fotos em revistas e da TV em preto e branco (!). Setor A, as duas sessões da tarde.
uns vinte minutos antes do fim das atividades daquele dia, mudamos de lugar e ficamos em frente aos boxes, embaixo dos eucaliptos (!?) – pois é, ainda não havia arquibancada alguma na extensão em frente aos boxes, hoje em dia o pitlane; o setor A vinha lá do fim da Junção (hoje o tal “Café”) e terminava em frente a linha de partida/chegada, no início do ‘pitlane‘.
De todo modo, 10 minutos restantes apenas, e Emerson e Stewart travam uma rápida batalha particular pelo tempo mais rápido da tarde, acompanhava-se pelos altofalantes.
E, mais importante, se via os dois no percurso da entrada da reta-curva até a entrada da curva 1 em leve sobresterço, naqueles dois carros maravilhosos, a JPS e a Tyrrell 006.
Epifania.
Encerrado o treino, lembro de ver, parando e saindo de seus carros, Hulme e Revson (Yardley-McLarens M19), Emerson e Peterson, Stewart e Cévert – estes dois comentando alegremente algo que presumo deva ter sido sobre a pista, ou sobre o duelo com Emerson.
Lamento não ter a capacidade então de tirar fotos, mesmo com a básica Olympus Trip que meu pai tinha (e que não levamos lá aquele dia).
(E a maior emoção absoluta foi assistir a largada do GP de 75 grudado no alambrado do interno da curva 1, no final espremido do paddock de então, em frente ao fim da linha no asfalto da saída do ‘pitlane‘. Minhas pernas ficaram tremendo “que nem vara verde”, pelo tempo de 2 ou 3 voltas, por causa da adrenalina injetada num organismo de 13 anos).
Valeu pela oportunidade.
17 de setembro de 2012 at 20:05
Eu acho que sou apenas um ano mais novo que tu, verde. tenho 23. Minhas primeiras lembranças de qualquer tipo de corrida começam mais tarde, em 1993.
Lembro flashes apagados do início da transmissão da Globo, que naquela época começava, sei lá, 1h30 antes de tudo. Ficava admirado com aquelas cores da Jordan, mesmo sem saber que aquilo era uma Jordan. Tive esse período entre cores de carros e capacetes até 1996. Adorava pintar carros no caderno e reproduzir capacetes. Me lembro de um guia da temporada de 1994, que eu procurava reproduzir seriamente em uma folha de papel. As ilustrações de cada carro.
Também adorava pintar grids em um móvel velho do meu avô. O móvel era preto, perfeito para um lapís branco. Inventava traçados.
Por incrível que pareça, a morte de Ayrton me passou irrelevante. Não compreendia o impacto disso até uns 10 anos de idade.
Conscientemente, me lembro da temporada de 1997. Essa ano eu realmente compreendia o que estava acontecendo. Lembro da expectativa antes da última corrida, que hoje eu sei que foi Jerez. Frio na barriga. Pela primeira vez. Frio na barriga de novo, quando Michael jogou o carro em Villeneuve. Alegria quando vi ele saindo são e salvo. Meu primeiro herói, Jacques Villeneuve.
Meu Deus.
18 de setembro de 2012 at 8:47
Eu lembro de algo do fim dos anos 80, quando os carros soltavam faisca por tocar o assoalho no chao ou por trocar a marcha, sei lá. Uma largada caotica que o gugelmim bateu em todo mundo na primeira curva, saiu voando por sobre as cabecas dos colegas e foi parar em pe na brita. Na minha memoria ele voou a 50 metros de altura e ultrapassou todo mundo voando. Na realidade foi tudo bem mais constrangedor para ele: http://www.youtube.com/watch?v=CH5xZAMwLtY
18 de setembro de 2012 at 11:57
No quesito “passa por cima”, ninguém ganha de Derek Daly: https://www.youtube.com/watch?v=kSoJOilFDOA
19 de setembro de 2012 at 19:27
A minha primeira lembrança é do GP de Monza de 1990 com aquela cacetada da Lotus amarela da Camel que era um horror de carro. E da Indy eu lembro da prova de Detroit do mesmo ano. Lembranças vagas, mas pelo menos é algo bom.
P.S: Você fará um texto sobre as 6 horas de São Paulo ? Eu sei que você esteve em Interlagos no dia da prova. Eu queria muito saber as suas impressões sobre o evento.
20 de setembro de 2012 at 19:58
Minhas primeiras memórias relacionadas a F1 são de ver meu pai assistindo às corridas, mas jamais lembrarei do que acontecia NAS corridas, hehehe.
Lembro de alguma comemoração na frente da TV, provavelmente uma vitória do Senna, já que nas vitórias brasileiras pós-Senna eu estava ciente do que assistia. Fora isso, lembro de assistir corridas vencidas pelo Villeneuve. 96, 97? Isso me coloca com orgulhosa fã de F1 desde os seis anos de idade, maravilha.
Mas minha melhor lembrança é de pegar um controle de jogo de PC que, na minha cabeça, era igualzinho um volante, sentar na frente da TV e 1) treinar como fazer curvas quando aparecia a câmera on board na classificação; e 2) ajudar os pilotos que eu gostava na largada, fazendo a curva junto com eles.
Minha agenda de futura pilota era atarefadíssima.
20 de setembro de 2012 at 22:14
Grande Verde (e não é o Huck), tudo beleza?
Sou grande admirador e leitor do seu blog desde que ele surgiu. Confesso que me divirto com seu humor ácido e sua maneira sincera de dizer o que pensa, misturando automobilismo com outras tantas coisas, como política, economia, educação, filosofia, cachaça, ad infinitum! Mas não vim para rasgar elogios, vim para dar meu pitaco na pergunta que você lançou.
Minhas imagens mais remotas como fã de Fórmula 1 vem de idos de 1982, por aí. Lembro que eu, pequeno, adorava ver corridas para ver “Nélson Piquet” (eu devia dizer de outro modo, mas sei lá) e batidas. Sim, como você, adorava ver os acidentes e quanto mais espetaculares fossem, mais eu me impressionava. Lógico que na minha pueril mente de guri, eu não sabia dos riscos e dos perigos que um acidente poderia causar ao piloto – logo, um ser humano, uma vida. Lembrava que tinha corridas aos sábados e até bem pouco tempo achava que era maluquice da minha cabeça, até que descobri que realmente haviam (até 1985) corridas aos sábados. Lembro que as primeiras equipes que gravei na mente: Brabham (que eu chamava “brabam”), Lotus (essa não tinha como errar, a pronúncia é universal), McLaren (eu chamava “maquilari”), Ferrari (impossível errar também), Renault (chamava de “renô”) e, pasme, Alfa-Romeo (eu chamava de “alfa”). Lembro da Ligier como “carrinho azul”, da Tyrrel como “carrinho verde” (na época do patrocínio da Benneton). Tanto que, em 1984, salvo engano, eu pensava que a Tyrrel era a RAM! Isso porque a Tyrrel passou a usar uma cor meio preto, meio café.
Dos pilotos, lembro bem dos mais famosos de cara: Piquet, Prost (eu chamava de “pros”), Mansell, Lauda (eu chamava de “laudan”), Alboreto… aliás, eu pensava que Alboreto e de Angelis eram brasileiros! Não sei, sempre tive uma ligação afetiva com a Itália e o nome deles me soava brasileiro. E eram, depois do Piquet, meus pilotos favoritos. Não me lembro da morte do de Angelis na ocasião, apenas que ele deixou de correr e aquela lembrança dele simplesmente sumiu. Gostava do Senna, mas não tinha a mesma fascinação em ver suas corridas como ver as do Piquet. Dava risada das maluquices e trapalhadas do Mansell (a pane seca dele há alguns metros de chegada do GP de Dallas de 1984 são uma das minhas lembranças mais remotas e cômicas), hoje eu vejo que ele era o verdadeiro “Dom Quixote” da Fórmula 1: tosco, atrapalhado, engraçado, um guerreiro atabalhoado e em estado bruto. Ah, e como não esquecer do Keke Rosberg, que eu chamava de “keki rosber”? Não era um piloto que me chamava a atenção pela pilotagem, mas pelo nome engraçado.
Enfim… as minhas lembranças ficam mais claras mesmo a partir de 1986, quando eu já tinha meus 7 anos de idade. Aí me lembro das equipes, dos pilotos, das corridas com mais precisão. Mas estas lembranças antigas são engraçadas, elas têm um tanto de nostalgia. E, vendo hoje o VT dessas corridas, me vem uma saudade de um tempo que não volta mais…
Abraços e parabéns pelo blog.
Raimundo Gilson
22 de setembro de 2012 at 1:13
Final dos anos 70. Ligier vencendo…
17 de fevereiro de 2013 at 0:59
Bom, eu nasci em 99, então eu não vivi essa época maravilhosa q foi a Fórmula 1 nos anos 80 e 90. A minha primeira lembrança era de uma Jaguar se qualificando para o GP do Brasil, provavelmente em 2004, pq o formato dos tempos, nomes de pilotos, etc, já eram da Siemens. Mas são lembranças vagas, e hj eu continuo amando esse carro verde e branco (que é um dos F1 mais bonitos que eu já vi até hj) Ainda em 2004, eu me lembro de uma imagem da Ferrari de Barrichello, provavelmente em Monza.
Já em 2006, eu me lembro de uma Ferrari se qualificando,provavelmente do Massa, e no dia seguinte, ele vencendo a corrida.Todos vibraram, e ele virou meu ídolo instantâneo, já que eu nem ligava mto pra F1 naquela época.
Na temporada de 2008 eu acompanhei a minha primeira corrida completa, em Cingapura. me lembro mto bem do Nelsinho batendo e todo mundo achando estranho aquela forma de batida. Também lembro da mangueira do Massa e do safety car entrando na pista. E foi uma corrida bem disputada
Interlagos em 2008 tbm… Eu só me lembro do Massa cruzando a lina de chegada, não me lembro do Hamilton ultrapassando o Glock na última curva. Não fosse essas chuvas que chovem e param que sempre ocorrem no GP Brasil (é incrível isso), aquilo não teria acontecido. E nós íamos ganhar mais um campeão mundial brasileiro em 17 anos. Vale lembrar que eu nem fazia ideia de quem era Senna, Piquet, Prost ou o raio q o parta pq eu nem me interessava mto ainda.
Em 2009, eu me lembro do monstruoso GP da Malásia. Pelo céu, parecia que Noé teria que construir outra arca. Mas só do céu que eu me lembro. Ainda em 2009, eu me lembro apenas da qualificação do GP Brasil. Muito aguaceiro, muita poça, muita gente rodando e pouca aderência (eu tenho uma clara imagem até hj do Fisico batendo com a Force India).
O mais interessante é que eu não tenho nenhuma memória de 2010 e 2011. Só em 2012, mais especificamente abril. Eu comecei a gostar msm de F1 de repente, depois de ver o documentário do Senna. Inclusive, eu chorei pacas quando vi o acidente dele sendo que eu nem sabia quem ele era direito. Claro, a minha família sempre comentou uma coisa ou outra dele, mas nada de tão especial. Aí, eu comecei a pesquisar F1 que nem doido na internet e comecei a acompanhar corrida por corrida. Inclusive hj eu acordo de madrugada pra ver corrida e eu gosto mto disso. Claro, meu ídolo a partir daí, obviamente, não é mais Massa. É o Senna, claro. Minha época preferida de F1 é os anos 90 e eu torço hj na F1 pro Massa e pra todos os novatos que chegam lá.