GP DE CINGAPURA: Em se tratando de Extremo Oriente, há apenas duas cidades que eu faria questão de conhecer na minha vida. Uma é Tóquio, a maior cidade do mundo. A outra, definitivamente, é Cingapura. Mesmo que a altura dos prédios seja limitada por lei e mesmo que coisas estúpidas como chicletes sejam proibidas, imagino eu que deve ser um lugar espetacular. São três milhões de habitantes amontoados em uma ilhota que mescla modernidade, com seus prédios imponentes e suas empresas de tecnologia, com tradição, marcada especialmente pela presença inglesa de alguns séculos atrás. O circuito de rua do país, Marina Bay, não é dos mais divertidos, mas compensa com um cenário de tirar o fôlego. Que me desculpem os fãs de Mônaco, mas o GP de Cingapura é o mais belo do calendário. No mais, dá para dizer que as ultrapassagens são menos impossíveis do que no principado monegasco ou em Valência, mas isso não significa muito. Eu prefiro é contemplar a cidade mesmo.
CHUVA: Será? O Weather Channel diz que a previsão para o fim de semana é de calor infernal alternado com chuva daquelas típicas de clima equatorial, torrencial e imprevisível. No sábado e no domingo, a possibilidade de precipitação é de 60%. Não é aquela coisa muito animadora, mas o fato é que a matemática dá vantagem à água. Nós, da telinha, ansiamos por isso. Todo mundo quer saber como é que os caras vão conseguir correr debaixo de chuva e à noite. Eu odeio dirigir nestas condições, imagino o que é enfrentar um circuito travado que só pode ser visto por iluminação artificial. Mas não ligo para os pilotos. Eles ganham milhões para enfrentar desafios e correr na chuva à noite é só mais um deles.
VETTEL: Vamos aos números. Restam seis etapas para o fim do campeonato – são 150 pontos em disputa. Sebastian Vettel lidera a temporada com 284 pontos. Logo atrás dele, Fernando Alonso tem 172, nada menos que 112 a menos. Isso garante a liderança a Vettel até o Grande Prêmio do Brasil, mesmo que Alonso consiga a proeza de vencer as quatro corridas até lá. Se o alemão sair de Cingapura com 125 pontos de vantagem – 13 a mais do que hoje – sobre o segundo colocado, já é campeão do mundo. Para isso acontecer, se ele vencer a corrida, o que é bem provável, Alonso terá de terminar no máximo em quarto, Button e Webber poderão terminar em terceiro e Hamilton pode chorar no travesseiro. Há outras combinações, mas não quero perder tempo com isso. O que quero mostrar é como o pequeno germânico está perto do segundo título. E eu acho que, se ele não vier agora, vem na próxima corrida.
KARTHIKEYAN: O indiano com cara de fanfarrão está de volta. Após ter sido obrigado a ceder seu carro para o aussie Daniel Ricciardo, Narain Karthikeyan voltará a pilotar pela HRT nos treinos livres desta próxima sexta-feira. O objetivo é ganhar quilometragem pensando no Grande Prêmio da Índia, corrida que ele disputará como titular. Em tese, pelas diferenças entre Marina Bay e Jaypee, eu não vejo como algumas voltas em uma pista de rua poderão lhe ajudar, mas é isso que o regulamento permite e a HRT que se vire. Se for assim, é de se supor que Karthikeyan também andará nos treinos livres de Suzuka e Yeongam. Mas eu nem sei o porquê de estar filosofando tanto sobre isso. Afinal, ele vai largar e terminar em último mesmo. Mesmo na frente de seu bilhão de compatriotas.
FRENTZEN: Tenho a impressão de que nunca escrevi nada sobre ele, o Heinz-Harald, por aqui. Sacrilégio. Frentzen é um dos primeiros pilotos para quem mais torci quando comecei a ver corridas, especialmente durante aquela belíssima temporada de 1999. Ele foi o primeiro grande rival de Michael Schumacher, a começar pelo fato de ter perdido a namorada Corinna para o heptacampeão no fim de 1991. Enquanto Schumacher ganhou um monte de corridas, Heinz-Harald Frentzen passou a maior parte do tempo sendo considerado apenas um fracassado simpático que poderia ter sido algo na vida se estivesse no lugar certo e na hora certa. Muitos o consideravam o melhor dos jovens pilotos alemães no início dos anos 90, mas aquelas duas infelizes temporadas na Williams derreteram sua reputação. Uma pena. E por que falo dele? Frentzen será o piloto-comissário deste Grande Prêmio de Cingapura.

22 de setembro de 2011 at 12:52
Essa história da chuva pode deixar o circuito muito perigoso. Eles já correram nessas condições lá? Não lembro…
Cingapura é realmente fantástica. E quanto a Vettel, bem, parece questão de tempo.
22 de setembro de 2011 at 14:14
Não.
No máximo com pista úmida no ano passado.
Mas nada de chuva.
22 de setembro de 2011 at 19:17
Já pensou,chovendo horrores num circuito de rua à noite.Ia ser uma corrida muito louca.
22 de setembro de 2011 at 12:56
Discordando…
Cingapura e Valencia, são duas, das maiores porcarias que já apareceu no calendário, Monaco (outra porcaria) dou um desconto só pela tradição, pois, é ruim demais.
Cingapura, poderia ser um pouquinho melhor se no final da volta, não tivesse uma sequencia de curvas de 90º, fazendo assim a uma volta mais rapida, ganhando-se uma retona. O que salva nessa “pista” é a iluminação e só.
Detalhe, gosto muiiiiito de corridas de rua, nada que uma Adelaide, Montreal, Melbourne, Surfers Paradaise não resolvam hehehe. 3 na Australia… hummm esses caras sim sabem fazer umas pistinhas legais na rua.
22 de setembro de 2011 at 14:17
Eu desteto essa porcaria.
De bom,só o fato de não precisar acordar de madrugada.
Estou torcendo MUITO para que chova e a corrida fique mais divertida.
Mas já estou até vendo…
Vai chover e o cenário para uma corrida espetacular estará montado,mas a FIA vai adiar/cancelar a corrida por falta de segurança.
22 de setembro de 2011 at 18:50
Se realmente chover por lá no domingo, D-U-V-I-D-O que não cancelem a corrida. Afinal, que piloto dessa geração hidrofóbica vai ter coragem de dirigir num circuito travado, à noite e chovendo? Eu nunca mais vi a união entre corrida e chuva com bons olhos na Fórmula 1 desde Yeongam 2010. Ao menos, essa não será exibida por aqui de madrugada…
22 de setembro de 2011 at 19:11
Aliás, Verde, no parágrafo sobre Vettel, eu creio que ficou faltando o que está em caixa alta no seguinte trecho:
“Para isso acontecer, se ele (Vettel) vencer a corrida, o que é bem provável, Alonso terá de terminar no máximo em quarto, Button e Webber poderão terminar em SEGUNDO E terceiro e Hamilton pode chorar no travesseiro.”
Um abraço e boa corrida para todos nós.
22 de setembro de 2011 at 19:45
O segundo lugar ainda mantém vivas as chances de Button e Webber.
22 de setembro de 2011 at 20:48
Ah, agora entendi. É que, pela construção da frase, eu achei que os dois pilotos deveriam terminar JUNTOS em terceiro (na hora, pensei: “WTF! Isso já aconteceu alguma vez na F1?”). Daí, a minha dedução pela suposta omissão do termo por mim supracitado.
É, sou meio chatinho com regras gramaticais. Ignore… :P