MCLAREN – 9,5 – Ah, se ela tivesse o melhor carro… Mesmo que o MP4-26 não seja a maior maravilha de Woking, a equipe está em ótima fase, especialmente com sua excelente e coesa dupla de pilotos. Jenson Button, em outra daquelas suas típicas atuações de gala em corridas estranhas, venceu após dar um show de estratégia e pilotagem. Lewis Hamilton, quarto colocado, também andou uma barbaridade e poderia ter vencido se não tivesse cometido alguns erros no final. A cena mais legal, no entanto, foi o abraço sincero entre os dois pilotos e Jessica Michibata, a namoradinha do Button. Porque companheiro de equipe não precisa ser teu inimigo de escola.
RED BULL – 7,5 – Em Hungaroring, a equipe das latinhas sentiu a proximidade incômoda das adversárias, algo que não vinha acontecendo em etapas anteriores. Sebastian Vettel fez a pole e liderou algumas voltas, mas perdeu posições para os dois McLaren e só pegou um segundo lugar graças às bobagens de Hamilton. Mark Webber largou em sexto e terminou em quinto, nada digno de aplausos. Três corridas sem vitórias é um pouco demais para a construtora do RB7. Hora de reagir, não?
FERRARI – 6,5 – Apesar de tudo, pegou um pódio. Em Hungaroring, os ferraristas não conseguiram bater a McLaren e a Red Bull, mas Fernando Alonso ainda deu uma de enxerido e se embrenhou no degrau mais baixo do pódio. Felipe Massa terminou em sexto mesmo tendo largado à frente do companheiro, fato inédito neste ano. Destaca-se o sofrimento de Alonso e Massa em aquecer os pneus quando a pista está mais fria. As rodadas e erros não se deram por acaso.
FORCE INDIA – 7 – Deu uma boa melhorada de algumas corridas para cá. Até mesmo as besteiras na hora de executar as estratégias ficaram para trás, para felicidade de Paul di Resta, que deixou a má sorte de lado, fez uma excelente corrida e terminou em sétimo. Adrian Sutil, seu companheiro, tinha chances de ter ido até melhor, mas se complicou na primeira volta e acabou ficando para trás. De qualquer jeito, do jeito que estão as coisas, os indianos podem sonhar em marcar pontos com os dois pilotos.
TORO ROSSO – 6,5 – E a Toro Rosso, veja só, marcou pontos com os dois pilotos. Mesmo após um mau treino classificatório para os dois pilotos, tanto Sébastien Buemi como Jaime Alguersuari saíram satisfeitos com os resultados obtidos na corrida. Buemi fez uma ótima largada, ultrapassou bastante gente e levou quatro pontos para casa. Alguersuari foi menos brilhante, mas também ganhou posições e marcou um ponto. O trabalho dos mecânicos e estrategistas foi muito bom.
MERCEDES – 3 – Apareceu bem apenas no início da corrida, quanto tanto Nico Rosberg como Michael Schumacher estiveram brigando com os dois pilotos da Ferrari. No entanto, o heptacampeão abandonou com problemas no câmbio e Rosberg teve problemas com a estratégia. Apenas dois pontos foram marcados e a equipe das três pontas segue naquela medíocre posição de quarta equipe que não ameaça ninguém e que também não é ameaçada.
SAUBER – 2,5 – Saiu de Hungaroring sem pontos, mesmo tendo um carro que consome menos pneus que qualquer outro no grid. No sábado, Sergio Pérez foi bem melhor que Kamui Kobayashi, mas a situação se inverteu dramaticamente na corrida. Kobayashi chegou a andar nos pontos, mas teve de permanecer na pista com pneus ruins por muito tempo e perdeu algumas posições. Já Pérez acabou com sua corrida na primeira volta, quando perdeu um monte de posições após um erro.
RENAULT – 2 – Segue ladeira abaixo a equipe preta e dourada. Dessa vez, nenhum dos dois pilotos conseguiu largar entre os dez primeiros. Na corrida, Vitaly Petrov até se esforçou, mas errou na estratégia e terminou apenas em 12º. Nick Heidfeld teve a bunda chamuscada quando seu carro começou a pegar fogo logo ao sair de sua segunda parada nos pits. Demonstrando como está bom o clima lá na Renault, o chefe Eric Boullier insinuou que o único culpado pelo incêndio foi o próprio piloto. Pode?
WILLIAMS – 3 – Não passou vexame, mas também não trouxe novidade nenhuma. Na classificação, Rubens Barrichello deixou Pastor Maldonado para trás, mas nenhum deles foi bem. Na corrida, Rubinho até se esforçou, mas acabou utilizando pneus intermediários e, assim como o venezuelano, passou muito longe dos pontos.
VIRGIN – 4 – Com o abandono dos dois pilotos da Lotus, foi a melhor equipe pequena, embora não tenha conseguido terminar totalmente à frente da HRT. Timo Glock andou bem e não teve problemas para ficar à frente de seus adversários mais próximos. Jerôme D’Ambrosio foi o pateta do mês ao rodar dentro dos boxes. Como se não bastasse, ainda terminou atrás do novato Daniel Ricciardo.
HRT – 3,5 – Passando por grande reestruturação, a equipe não apresentou novidades na Hungria. Ambos os pilotos terminaram, mas Daniel Ricciardo conseguiu a proeza de superar Vitantonio Liuzzi e também o Virgin de D’Ambrosio. Aos poucos, ele aprende. Quanto a Liuzzi, ele tinha chances de ter terminado à frente do companheiro, mas foi surrado por trás na primeira volta e perdeu muito tempo. Ah, só para constar, o nome Hispania foi descontinuado. A partir daqui, só chamo a equipe de HRT, o nome adotado oficialmente pela nova gestão a partir de agora.
LOTUS – 2,5 – Em termos de velocidade pura, apareceu bem e seus dois pilotos enfiaram quase dois segundos na Virgin e na HRT. Infelizmente, a confiabilidade foi um problema na Hungria. Tanto Heikki Kovalainen como Jarno Trulli tiveram problemas de vazamento de água e foram obrigados a parar para não estourar os reluzentes propulsores Renault.
TRANSMISSÃO – EU NUNCA VI ISSO – No sábado, o narrador impressionante foi escalado para fazer o servicinho sujo. Fiquei incomodado, pois não gosto dele, de sua cara de tonto e do seu didatismo quase infantil. O narrador principal estava cobrindo o sorteio das eliminatórias da Copa 2014, que certamente será realizada em Londres. No domingo, ele estava de volta, para minha felicidade. Desta vez, não houve lá grandes absurdos a serem considerados. Destaco o pito que ele deu aos desocupados que invadiram o site do pobre Jenson Button, que estava no hospital AEK agonizando de dores após um acidente. No momento do incêndio do Heidfeld, o respeitável narrador apontou que o problema havia sido no reabastecimento – banido no ano passado. Por fim, a frase mais engraçada foi esta do título, dita no replay da rodada do D’Ambrosio. Com direito a riso irônico. Porque nos meus 414 anos de Fórmula 1, eu já vi de tudo, blábláblá…
CORRIDA – VIVA MOGYORÓD! – A gente se acostumou a falar mal do Grande Prêmio da Hungria, mas devemos concordar que esta foi uma das melhores corridas do ano – e certamente uma das melhores destes quase 25 anos de provas nos arredores de Budapeste. A chuva não apareceu com força, o que não é algo negativo, já que os pederastas que mandam na categoria não gostam de provas debaixo de muita água. Sebastian Vettel fez a pole, mas felizmente não foi bem e acabou impedindo que a prova magiar fosse uma chatice como só ela sabe ser. Lewis Hamilton e Jenson Button brilharam cada um à sua maneira, sendo que o primeiro se deu mal e o segundo venceu. Outros destaques foram Paul di Resta, Sébastien Buemi e Heikki Kovalainen. Convenhamos: uma corrida com muitos destaques é uma corrida boa.
GP2 – TEMOS UM CAMPEÃO? – Até Silverstone, ninguém lá no grid da minha querida GP2 estava lá merecendo muito este título. Todo mundo, sem distinção de raça, cor e religião, ganhava corridas e fazia besteiras imperdoáveis de maneira alternada. Nas últimas duas rodadas, no entanto, o pseudofrancês Romain Grosjean ganhou duas corridas e disparou na ponta do campeonato. Em Hungaroring, Romain herdou a vitória da Feature Race após Luiz Razia largar mal pra cacete e Marcus Ericsson, líder durante a maior parte da corrida, ser punido após ser liberado em momento perigoso quando fez sua parada nos boxes. Pena para o sueco, que é piloto bom e tem cara esquisita. No domingo, choveu e a corrida foi um manicômio geral. Alguns pilotos decidiram largar com pneus slicks na pista úmida e se deram bem com isso. Stefano Coletti, piloto para quem escolhi torcer neste ano, venceu de maneira brilhante após apostar nesta estratégia, fazer um monte de ultrapassagens e contar com a sorte. Eu não erro nunca. Coletti será o primeiro monegasco octacampeão mundial de Fórmula 1, anotem.
1 de agosto de 2011 at 18:59
Quando ele (Galvão) disse que a causa do incêndio tinha sido o abastecimento, fiquei curioso pra saber qual seria a saída dele: se ficaria quieto ou inventaria alguma desculpa. Para minha surpresa, tirou sarro de si mesmo… O cara vai fazer falta a partir de 2014 (afinal, aguentar o Luis Roberto é soda – o cara é mais bobo do que aquele joão-bobo da Globo).
4 de agosto de 2011 at 1:22
Ele se saiu super bem na história do reabastecimento… detalhe que eu ouvi na hora e também esqueci que foram proibidos…kkk
E a do D’ambrosio, foi coisa de Indy, nunca tinha visto num pit lane da F1.
1 de agosto de 2011 at 19:10
Realmente a corrida foi otima, e o GB bateu o recorde de abobrinhas. Fui surpreendido com o RL falando que o Zaca tinha trocado a asa traseira( geralmente ele é bem coeso nos comentarios). Finalizando, espero ver o Seninha no grid em Spa, porque o picolé de chuchu alemao já deu no saco mesmo!
1 de agosto de 2011 at 19:26
não vi a transmissão pelo canal aberto – mas concordo plenamente com a descrição do narrador substituto com seu didatismo “quase infantil”.
pra mim infantil 100%, apenas que não só ele atua assim, como também os repórteres de pista – o atual também se expressa como se comunicando com pessoas mentalmente deficientes, e alguns dos anteriores também (como o Bassan). parece ser orientação da direção do programa.
também a acrescentar que o substituto fornece informações erradas, como na prévia do campeonato no início do ano, quando se referiu à equipe Ligier e seus carros com a sigla JS como homenagem de Guy Ligier a Jo Siffert (errado, era Jo Schlesser); é um detalhe desimportante, mas já que a emissora tem o monopólio e o acervo da F1 telvisiva aqui no bananão, acho inadmissível qualquer erro de história desse esporte.
quanto ao principal, tem demonstrado não conseguir mais acompanhar as largadas nesta temporada, muito porque fica apenas focado nas Ferraris, sempre preocupado nas comparações entre Massa e Alonso, e gosta demais de engatar comentários e sua visão opinionada sobre todos os pilotos – pode ser o que a maioria quer ouvir, mas eu acho puro ruído na transmissão.
resumindo, penso que o principal é perfeitamente substituível, pois sua narração se tornou muito deficiente.
2 de agosto de 2011 at 0:15
Pode falar mal dele, mas o galvão é o melhor comentarista de automobilismo no brasil, vai fazer muita falta no futuro e acho que quem merece substitui-lo é téo josé, destaco na prova o termo do galvão “stinligizar” quando o carro entava na reta de hungaroring
2 de agosto de 2011 at 4:21
Reitero: ele perde detalhes emocionantes, rápidos e às vezes também os interessantes, quando se alonga em opiniões sobre atitudes de pilotos e de equipes, dizer quem deve e se deve ser punido ou não – enquanto isso, as ações correndo soltas , literalmente, lá na pista, e na F1 de hoje acontecem em muito maior quantidade (mas na costumeira e vertiginosa velocidade habitual do esporte) do que nos habituamos a ver nos últimos 15 anos mais ou menos.
E ele tem patinado quando tenta recuperar o evento que acaba de ocorrer enquanto ele ‘devaneiava’ com suas opiniões. Vide as largadas do GP da Malásia e China este ano, com as Renault se intrometendo na primeira curva entre as grandes – 6 carros em ‘”imbroglio” -, quando ele foi incapaz de registrar os fatos que a videocamera mostrava claramente.
Está claro que “posso falar mal dele”, se ele tem 35 anos de transmissão, eu tenho 39 de telespectador, 40 de leitor de jornal quanto à F1, e acompanho também por leituras de jornalistas especializados europeus, assim como de brasileiros de qualidade como aqui o Bandeira Verde, que garimpa um número impressionante de boas informações, sobre F1 e GP2, além de sobre brazucas tentando sucesso no exterior.
Talvez nisso eu devesse dar um desconto, pois lá está ele narrando para uma grande massa patriótica de telespectadores – só que automobilismo é o esporte pelo qual sou fanático, não o futebol, então não tenho remédio, exijo mesmo um nível alto de jornalismo desse esporte altamente peculiar e sofisticado, embora muito maltratado pelo mercantilismo, praga ideológica do tempo de agora.
2 de agosto de 2011 at 13:15
Infelizmente, está difícil exigir algo mais sério da RG. Vide a maneira que estão tratando o futebol. A F1 ainda é tratada sem a babaquice que infectou o Globo Esporte e o EE. Mas peca pela falta de profissionalismo. De verdade, qual a função do cinegrafista que anda junto com o repórter? Ele só filma o próprio repórter por 5 minutos pra uma entrada em algum programa, ou o narrador.
Durante o GP do Canadá, fiquei encantado com a transmissão da BBC – fui “obrigado” a assisti-la, já que a nossa TV aberta, de forma compreensível, passou futebol -, fazendo entrevistas com dirigentes e pilotos dentro do paddock.
Outra coisa: quando descobri o live-timing, fiquei espantado com a falta de qualidade e atenção a detalhes por parte do trio.
Ah, e não é só a RG não. É só ver a transmissão da Indy pela Band.
Quer saber, sem eles, não teríamos esses comentários verdes após cada GP…vida longa ao Galvão…hehehehe.
2 de agosto de 2011 at 21:47
boa idéia, vou experimentar assistir com o áudio da BBC online e a imagem muda da retransmissora nacional.
eu gosto do Teo José, e mais ainda do Celso Miranda, que é um repórter que sempre está muito bem informado sobre as corridas que cobre, além de saber da história do automobilismo esportivo – ele fez a locução no Brasil da série “Power and the Glory”.
fossem eles dois na F1, aí sim seria bom…o Reginaldo Leme eu gosto, mas ele só consegue mostrar bom trabalho nos relatos após as corridas, nos telejornais da semana, quando está sozinho e no domínio da tela.
2 de agosto de 2011 at 13:19
Ele pode falar errado,puxar o saco dos pilotos tupiniquins e ignorar a existência dos outros carros que não Red Bull,Ferrari,McLaren e Williams,mas ainda é o melhor narrador de corridas da TV disparado.
Eu me divirto com os comentários do Galvão.Acho que faz parte da F1 no Brasil e sem ele não teria graça.
E tem outra coisa.
Aturar o Luis Roberto seria foda.É o narrador mais chato da história.Até mesmo o Cleber Machado está anos na frente do narrador da creche.
Só concordo que o Galvão é chato narrando jogos da seleção.Nesse caso sim o Cleber Machado dá um banho.
E mesmo assim,nada é pior do que o Luis Roberto narrado qualquer coisa,principalmente um jogo do Flamengo…
2 de agosto de 2011 at 14:02
Eu gosto do Galvão também. Na verdade, vou ficar meio aborrecido quando ele se aposentar. Que nem o Sílvio Santos, heh.
2 de agosto de 2011 at 14:58
Por incrível que pareça,sempre quando ele fala uma bobagem engraçada eu penso na merda que vai ser quando ele se aposentar no final da Copa…
2 de agosto de 2011 at 15:51
E, não é que tivemos uma ótima corrida no grande prêmio da Hungria meu povo? No inicio da transmissão quando vi a pista molhada, vibrei feito criança.
Apesar de torcer o nariz para a pista Hungara, nos arredores da belíssima Budapeste, Hungaroring tem um traçado bastante técnico, de difícil condução para os pilotos. Ponto positivo pra Hungaroring, que, quem sabe talvez não ganhe minha simpatia?
Há, quando o Galvão se aposentar, vou sentir falta dele nas transmissões da F1, ele sabe passar a emoção da corrida para o telespectador como ninguém.