Enquanto Fernando Alonso ganha corridas, arranja uma bela namorada nova, recebe elogios aqui e acolá e consagra-se como o homem mais feliz da Espanha, seu companheiro de equipe anda frequentando até mesmo sessões com psicólogo para tentar sair dessa fase altamente depressiva. Felipe Massa, piloto brasileiro com seis temporadas e meia de relevantes serviços prestados à Ferrari, está em um dos momentos mais tensos de sua vida. Incapaz de enfrentar Alonso na pista, o outrora agressivo Massa se contenta em terminar um domingo com dez ou doze pontos no bolso, sempre pensando em agradar aos ferraristas que pagam seu salário.
Dez corridas já foram realizadas até aqui neste ano. Neste exato minuto, Massa é o 14º no campeonato, com apenas 23 pontos. Está atrás de gente como Kamui Kobayashi, Pastor Maldonado e Paul di Resta, algo que soa inaceitável para um piloto da Ferrari. Se Alonso lidera o campeonato, faz o pessoal da Red Bull e da McLaren coçar a cabeça e dá seus sutis espetáculos, como é que Felipe não consegue sequer fazer duas corridas razoáveis seguidas?
Claro que esta é uma pergunta retórica. Todo mundo sabe que Massa levou uma molada na testa em Hungaroring há três anos e ficou um bom tempo de molho, perdendo um pouco do momentum. Todo mundo sabe, também, que Fernando Alonso tomou conta da equipe já em 2010 e a ordem de equipe do GP da Alemanha foi um duro golpe para um piloto que, diz a lenda, criticava a postura “subserviente” de Rubens Barrichello aos amigos íntimos. O mundo dá voltas, diz sua avó prudente.
Até aí, os três primeiros parágrafos não apresentam novidade alguma. Na verdade, o restante do texto também não trará nada de muito novo. Isso daqui é quase um editorial, se é que um blog tem dessas coisas. Se você perguntar a qualquer um que se interesse minimamente por Fórmula 1 se Felipe Massa deveria continuar na Ferrari, a resposta provável seria algo como “claro que não, cacete. Massa está fazendo um papel ridículo trabalhando como escudeiro de Fernando Alonso. Ele envergonha a nossa pátria, fere nosso orgulho e abobrinhas afins que fiz questão de censurar“.
Para a maioria das multidões, se Massa ainda tem algum interesse em voltar a ser um piloto respeitado na Fórmula 1, a única saída seria ele deixar a Ferrari e ir para qualquer outro lugar, nem que seja uma equipe péssima de tudo. Se eu realmente concordasse com isso, este monte de palavras mal agrupadas não existiria. Mas não concordo. Fica, Felipe, vai ter bolo.

Sergio Pérez, citado como o principal candidato à vaga de companheiro de Fernando Alonso em 2012. Vale a pena?
Não torço para Felipe Massa, mas acho que não há lugar melhor para ele que a Ferrari. E honestamente, não há piloto mais cômodo para a Ferrari do que Felipe Massa. Um precisa do outro.
Nos últimos meses, midiáticos e torcedores têm falado muito em Sergio Pérez Mendoza, um moleque com cara de índio que tem feito corridas bem interessantes nesta temporada a bordo de um eficiente porém apático Sauber. No GP do Canadá, por exemplo, ele saiu da 15ª posição rumo a um surpreendente pódio após apostar numa perigosa estratégia de apenas um pit-stop. Caracterizado pela pilotagem veloz e suave, Pérez vem batendo sistematicamente seu companheiro Kamui Kobayashi e impressionando muitas pessoas, algumas delas vestidas de vermelho.
No final de 2010, uma semana após assinar com a Sauber, o então vice-campeão da GP2 ingressou no Ferrari Driver Academy, aquele tal celeiro de jovens pilotos que são amamentados com leite de primeira para virarem ídolos em Maranello num futuro tão distante. Como mais novo contratado da Ferrari, Pérez passou a ser um assunto de relevo na equipe. 2010 havia sido um ano sofrível para Felipe Massa e o grupo comandado por Stefano Domenicali começou a filosofar se já não era hora de mandar o simpático piloto língua-presa para casa.
Pérez e Jules Bianchi, um mauricinho francês que tem muito crédito entre as torcedoras mais empolgadas, são as apostas para a Ferrari de amanhã. Uma Ferrari que pertencerá a Fernando Alonso até 2016. O bicampeão espanhol foi contratado para fazer exatamente aquilo que Michael Schumacher fez durante quase uma década: por ordem na casa e afundar o pé no acelerador dos carros italianos. Muito lentamente, a parceria rende seus frutos. Enquanto aproveita o melhor de Alonso, os italianos preparam as crianças para que possam assumir o seu lugar lá na frente.
Onde entra Felipe Massa nisso aí? Aí é que está.
O Ferrari Driver Academy não é uma escola de Bergers e Patreses. A Ferrari não gasta tempo, sola do sapato e dinheiro para criar pilotos que só servem para dar passagem e atrapalhar o curso dos caras das outras equipes. Ela quer vencedores. Pilotos decisivos, diferenciados, que são tão bons na pista molhada como na hora de motivar mecânicos e engenheiros. Hoje em dia, a equipe italiana tem Fernando Alonso e está muito feliz com ele. Portanto, não precisa de outro piloto com perfil semelhante. A McLaren, com seus célebres pares Senna/Prost e Alonso/Hamilton, demonstrou bem como é complicado manter dois gênios sob o mesmo Brasilit.

Jules Bianchi, terceiro piloto da Force India e cria da Ferrari. Este é outro que se enxerga em Maranello num futuro próximo
Portanto, se Pérez ou Bianchi quisessem entrar na Ferrari atual, eles poderiam trabalhar apenas como típicos escudeiros. O carro pior, os engenheiros menos nerds, o elevador de serviço, o vinho que dá ressaca, enfim, as sobras de Maranello seriam o que qualquer um desses meninos-prodígios teria direito hoje em dia. Dividir uma equipe com Fernando Alonso é isso aí. Eles sabem disso. Por isso, é melhor esperar um pouco. A própria Ferrari prefere ser paciente.
Mas a equipe precisa de um segundo piloto para 2013. Ela tentou tirar Mark Webber da Red Bull. O australiano é um perfil perfeito para a vaga: experiente, competente, sem grandes ambições para o futuro distante, camarada de Alonso e disposto a ser segundo piloto se isso significa pilotar um carro de ponta. Quase que a mudança aconteceu. A vitória de Webber em Silverstone reacendeu a chama de um casamento desgastado com a Red Bull. Dois dias após a corrida, Mark recebeu um contrato novo em folha na sua mesa. Assinou e deu uma banana aos italianos.
Sem poder contar com Webber e preferindo esperar um pouco para promover algum de seus jovens pilotos, a Ferrari se encontra sem muitas opções disponíveis no mercado. Para correr ao lado de Alonso, o piloto precisa ser ao mesmo tempo muito bom e muito pouco ambicioso. Ou muito desesperado. Quem poderia entrar aí neste balaio? Adrian Sutil, Jaime Alguersuari, Jarno Trulli, Vitantonio Liuzzi, Jerôme D’Ambrosio, Kamui Kobayashi, Timo Glock, Heikki Kovalainen, Bruno Senna, Luca Filippi, Davide Valsecchi, Davide Rigon e quem mais você quiser.
Qual desses aí vale mais a pena que Felipe Massa? Honestamente, não sei. Alguns aí, como Valsecchi e D’Ambrosio, definitivamente não perfazem o perfil dos sonhos de piloto da Ferrari. Outros, como Trulli e Liuzzi, deixaram seus melhores dias para trás há muito. Uma Ferrari mais cautelosa até poderia apostar num desses bons nomes que foram deixados de lado pelo destino, um Kovalainen ou Alguersuari da vida. Aí vem a segunda pergunta: um cara desses poderia fazer mais do que Felipe Massa vem fazendo hoje?
Considere vários fatores. Felipe é peça-chave da Ferrari desde 2006 e tem boas relações com Maranello desde 2001. Só Michael Schumacher teve um vínculo tão longo com a equipe em mais de 60 anos de história. O brasileiro deve conhecer mais do que qualquer um a forma de funcionamento da equipe, as pessoas que estão lá dentro, a filosofia ferrarista e a receita da macarronada da cantina. Nada que não possa ser aprendido por qualquer pessoa de fora, alguém diria. Nada que levará pouco tempo para ser agregado como uma espécie de cultura corporativa, eu responderia.

Mark Webber, que quase tomou o lugar de Felipe Massa na Ferrari em 2013. Uma rara opção tão boa como o brasileiro
Felipe está perfeitamente integrado à Ferrari e se dá muito bem com todo mundo que está lá dentro. Fico na dúvida se a troca por um Heikki Kovalainen da vida, cujo melhor predicado é a incerta possibilidade de obter alguns resultados melhores a curto prazo, valeria a pena. Entrando na Ferrari, um piloto vindo de fora poderia demorar algum tempo para se ambientar à equipe e começar a obter resultados. Se os ferraristas esperam dele boa colaboração logo de cara, esse período de ambientação não ajudará muito.
Há de ser pensar também se a Ferrari colaboraria com boas condições de trabalho. Ninguém aqui, eu e você, sabe o que se passa entre quatro paredes ferraristas. Vai lá imaginar o que o contrato de Felipe Massa diz e não diz. Pense que Alonso pode ter um carro mais moderno, veloz e polido. Uma estratégia mais inteligente. Um acerto mais adequado. Mais pão e vinho no almoço de domingo. Estamos falando de Fórmula 1. Esse negócio de “carros iguais, oportunidades iguais” dentro de uma mesma equipe é mito. Sempre foi, sempre será. Muita ingenuidade da parte de quem acredita.
É preciso ter uma enorme dose de otimismo e boa vontade para acreditar que Felipe e Alonso compitam em condições iguais. O espanhol não é bobo. Seu histórico de situações que lhe favoreceram é antigo. O motor 150cv mais potente que o de Tarso Marques nos tempos da Minardi. As estratégias que lhe favoreceram nos GPs da Austrália e de Mônaco de 2007 em relação ao colega Lewis Hamilton. A mediocridade do segundo carro da Renault em 2008 e 2009. A proteção onipotente de Flavio Briatore. Costumo defender Alonso, mas não consigo imaginar que as coisas sejam diferentes numa Ferrari que aprendeu com Schumacher que não dá para dividir todas as atenções com dois pilotos.
Por fim, tenho lá minhas ressalvas com aqueles que dizem que o Felipe Massa de hoje é menos talentoso do que um Kovalainen, um Alguersuari ou um Glock. Perdoem-me, mas ainda não acredito nisso. Felipe é um vice-campeão com onze vitórias no currículo. Pode ter perdido um pouco de confiança no acidente de Hungaroring, mas não desaprendeu a pilotar. Ainda acredito que o episódio de Hockenheim/2010 foi muito mais danoso do que a mola da Brawn. Se continuar tratando o lado emocional, como ele vem fazendo ultimamente, terá boas possibilidades de recuperar a forma antiga. E um Felipe com uma cabeça um pouco melhor já é o suficiente para bater qualquer um dos que falei acima.
Portanto, Felipe deve se esforçar ao máximo para permanecer na Ferrari. Há boas motivações para isso. Uma delas, a mais vil de todas, é o dinheiro. Atualmente, Massa ganha algo em torno de 10 milhões de euros anuais. Apenas Alonso e a dupla da McLaren embolsam mais verdinhas nesta temporada. Corre um boato que diz que uma renovação de contrato com a Ferrari estaria condicionada à redução drástica seu salário. Se Felipe começasse a ganhar, sei lá, cinco milhões por ano, suas cifras ainda estariam muito maiores do que a de pilotos das equipes médias. Ainda compensaria ficar na Ferrari, portanto.

Heikki Kovalainen pilotando a McLaren em 2009. Duvido que ele realmente prefira ser a cabeça da formiga ao rabo do elefante
“Se Felipe ficar apenas por dinheiro, ele será o maior vendido de todos, um subserviente de merda”. Dou risada de quem argumenta assim. Quer uma pessoa mais vendida do que aquela que bajula o chefe, trabalha no que odeia, acorda cedo, aceita ser perturbado até mesmo nas férias e nem ganha tanto assim? Você que não pense que, fazendo seus R$ 7 mil por mês na melhor das hipóteses enquanto camela num emprego filho da puta, é mais digno de aplausos e elogios do que um cara que é pago em milhões para pilotar uma Ferrari ao redor do mundo. Por 1/10 do que Massa ganha hoje, eu trabalharia limpando as latrinas da Ferrari. Com a língua.
Outra boa motivação é o carro. Sair do papel de coadjuvante da Ferrari para ser rei na Sauber ou Force India é a pior coisa que pode acontecer para um piloto profissional. Uma Ferrari ruim ainda é uma Ferrari, que sempre tem totais chances de melhora. Hoje em dia, mesmo nos dias muito ruins, Felipe Massa tem boa chance de pontuar, coisa que nem sempre acontece numa equipe média mesmo que você tenha feito a melhor atuação da sua vida. Numa equipe pequena, nem adianta pensar muito. Pergunte a Heikki Kovalainen se ele não preferia estar desmoralizado na McLaren andando em 10º a celebrar um 16º lugar na Caterham.
Falo tudo isso, é claro, na hipótese de Felipe Massa ter facilidade de encontrar emprego, o que corresponde à realidade. Se até Lewis Hamilton está relutando sobre esse negócio de deixar a McLaren por não haver outro lugar melhor no mercado, alguém acha que realmente Massa teria condições de escolher a dedo onde correr?
Por fim, a satisfação pessoal. Massa ainda aparenta adorar seu emprego e sua equipe. Se não gostasse, teria dado uma de Kimi Räikkönen e pedido as contas para andar de jet-ski no Guarujá pelo resto da vida. E se ele está contente onde está, por que mudar? Direito de felicidade todos nós temos.
Uma última coisa. No Brasil, um monte de gente está dizendo um bocado de merda a respeito do cara. Que ele deveria ter autoestima e não se sujeitar a isso, que sua atitude feriu o orgulho do país, que é um mercenário, isso e aquilo. Um conselho, Felipe: mande todo mundo tomar no cu. OK, não seja tão boca-suja: mande o povo cuidar de seus respectivos orifícios anais. Ignore a estúpida e desnecessária opinião do brasileiro, um povo espúrio, cínico e semianalfabeto que nunca será levado a sério pelos demais. Não deixe seu bem-estar ser afetado pelo que dizem aqui nestas bandas. Faça sua vida e dê satisfação apenas à sua equipe e aos seus próximos. Quanto ao resto, uma banana.
Fica, vai ter bolo. Mas não de banana.
25 de julho de 2012 at 20:35
O Massa não corre para a pachecada. Mas ele corre mesmo para o seu prazer em fazer o que gosta e para a sua equipe. Os unicos que o Massa tem que dar satisfação é os seus patrões e só. Tem mais é que mandar uma banana bem grande.
Sobre o Perez e o Bianchi. O Perez é um excelente piloto em formação. O Sergio Perez iria se queimar feio na Ferrari se ele fosse tão jovem e sem experiencia. Mas no dia que ele for. Vai tomar as redeas da coisa e vai fazer um excelente trabalho junto com o Alonso. Será interessante no futuro ver os dois juntos correndo. Agora sobre o Bianchi. Não mostrou a que veio e duvido muito que corra na Ferrari. Esse cara só deve ter crédito apenas para os seus empregadores, alguns donos de equipes que ele passou e as suas torcedoras no Brasil que são muito chatas e irritantes. Não devem nem saber a carreira do cara e muito menos o que é um difusor soprado. Eu vejo no Bianchi um cara mediano que no maximo guiara uma Force India se chegar a F1. Isso porque eu disse se chegar. O que eu duvido muito nos próximos dois anos a não ser que ele leve um caminhão de dinheiro para alguma equipe.
25 de julho de 2012 at 20:40
Não concordo…. se a Ferrari quer um escudeiro para o Alonso esse cara não é o Felipe…. a Ferrari espera no mínimo alguém como o Barrichello foi para o Schumacher…. Um cara que chega no pódium, que pode ser vice-campeão do mundo e que no dia que o Alonso tiver cagado, brigue pela vitória…. O Felipe nem isso está sendo…. E acredito que existem outros pilotos aí, principalmente esses mais novos que podem fazer isso sem incomodar a superioridade do Alonso… que alias, só seria incomodado se tivesse como companheiro de equipe Vettel ou Hamilton….
25 de julho de 2012 at 23:12
Cara… é duro ter que admitir isso, depois de ter crescido vendo as atuações de um Piquet, um Senna. Isso em uma época em que a Formula 1 e a vida pareciam muto mais divertidas. A gente ficou mal acostumado!
Mas, o que você escreveu está 100% certo: desfazer a parceria não é negócio nem pra Ferrari nem pro Felipe. Cada um tem que cuidar dos seus interesses.
E, as coisas são cíclicas: em um futuro, breve ou distante, haverá outro brasileiro ganhando corridas e campeonatos. Até lá, teremos que “pastar” na mesma grama que alemães e espanhóis estavam nos anos 70, 80 e 90.
Até os ingleses, terra que é celeiro de pilotos, equipes, fábricas de carros e bandas de rock, passaram apertado nas últimas décadas: se não me engano, somente 5 pilotos “ingleses” foram campeões – e uma vez apenas, cada um – nos últimos 40 anos. Nós brasileiros, por exemplo, pudemos comemorar 8 títulos em um período de 20 anos! (pena que já faz tento tempo).
Enfim, torçamos e trabalhemos para que um brasileiro volte ao topo.
Luiz Razia? Não acredito. Espero estar enganado.
Felipe Nasr? Tomara, mas ainda tem muito pra provar.
Duro é lembrar que o Brasil era tão mais “pobre”, mas mesmo assim os pilotos iam lá, batalhavam e se tornavam campeões. Hoje em dia, com grana rolando solta, com papai, mamãe, titios, acessor de imprensa, personal trainer, cachorro e papagaio em volta, não tem piloto que se mostre macho o suficiente pra ser alguma coisa na vida.
Mas, mesmo assim, cada piloto que está aí deve estar gostando da brincadeira: nós, os que criticamos, somos meros invejosos. Quem dera eu fosse um pilotinho de M. mas morando na Europa, no meio de gente bonita e endinheirada, trabalhando 2 finais de semana por mês (ah tá, nem venha me dizer que ir pra academia todos os dias é trabalho…), e ainda correndo de carro. Não me importaria em ficar no final do grid e ser chamado de tartaruga… ehehhee.
Abraços.
26 de julho de 2012 at 10:39
Cara concordo com voce…
O Piquet montou carro em Brasilia na garagem do Alex Dias Ribeiro eu acho… sei lá… mas é uma parada assim…
O Roberto Moreno corria com carros de duas, tres temporadas antes da que ele estava competindo…
O Senna (original) não aceitou ter que correr atras de patrocinios para estrear na Toleman, fora que nos testes pela Williams em 1983, quando era pra ele fazer so um shakdown, o cara em 15 voltas bateu o recorde de Brands hatch 15 vezes, volta após volta…
Hoje em dia os pilotos estão cada vez mais frescos e mauricinhos… preciso ser sincero e dizer que pensei que o Piquetzinho ia se dar bem… torci pacas pra ele, mas ele cometeu a cagada de ir logo de cara pra uma equipe média-grande… num teve jeito a cobrança foi enorme e depois ele foi e fez aquela merda mais enorme ainda…
O Senninha também despontava bem… mas a tartaruga Barrichello passou a rasteira nele em 2009 e ele perdeu o bonde da história… em parte também por culpa do fato de ele ter a irmã como empresaria ao invés do padrinho Gerhard Berger… bem deu no que deu né…
Com relação ao futuro… não vejo Razia nem sequer correndo na F1 pra ser sincero… a não ser que ele traga muita grana… e o Nasr tem uma boa perspectiva e uma boa oportunidade, torço pra ele pelo menos chegar na F1 pra mostrar serviço…
30 de julho de 2012 at 11:06
Vdd.Nem do Karthikeyan dá pra falar sabe?Se fosse tão ruim assim,já teria pulado fora.
25 de julho de 2012 at 23:27
Puxa, opinião extremamente sensata, ótimo texto! E eu concordo, tanto que estava comentando isso em um chat há alguns dias.
26 de julho de 2012 at 0:30
Ta beleza, oque esta escrito é a verdade e tudo mais, mas qual o sentido de correr sabendo que poderia ganhar corridas mas sendo resumido ao um mero escudeiro, esqueça o nosso patriotismo tosco, esqueça a trolagem alheia mas cara, sera que é legal ver mesmo essa tendência mundial pegar??
Quer dizer vamos todos nos acomodar mesmo, aceitar tudo sempre, tipo eu ganho meu dinheiro mas não quero crescer ta bom aqui, quero me adequar, isso é assustador, sei la a falta das pessoas se rebelarem, explodirem não existe mais isso, somos todos cordeiros mesmos, é isso que vamos passar para nossos filhos e netos e por diante, proliferar gado, no futuro teremos que pedir permissão ate para respirar então esse é o novo mundo???? QUE BONITO, QUE BELEZA!!!!! HA AH AH AH AH A AH A.
26 de julho de 2012 at 1:24
CONCORDO CONTIGO , FELIPE MASSA EM MOMENTO ALGUM ( QUE EU ME LEMBRE ) , QUIS SER UM NOVO SENNA OU PIQUET . DEU SEMPRE A ENTENDER TER SUAS PROPRIAS METAS PESSOAIS ( SE FOR CAMPEAO , OTIMO ) . NUNCA FICOU LAMENTANDO , QUE NAO GANHOU POR ISSO OU AQUILO , AO CONTRARIO DE UM CERTO COMPATRIOTA .
26 de julho de 2012 at 10:25
Verde, excelente texto, mas tenho que discordar de alguns pontos…
Acredito que não é bom negócio nem pra Ferrari, que está claramente insatisfeita e nem pro Felipe que parece ter perdido o tesão de correr depois do episódio – Alonso is faster than you – continuar essa parceria, mas que saída os dois tem ?
A verdade é que se ficar o bicho pega e se correr o bicho come… a Ferrari não tem outras opções pro lugar do Felipe, sendo honesto, razoavel e realista, se eles tivessem outras opções, já teriam colocado no lugar dele, essa é a verdade… vou explicar piloto a piloto…
Sérgio Perez – é excelente, mas por causa dos bons resultados desta temporada vai haver uma pressão enorme sobre ele caso vá para Ferrari já no próximo ano e não apresente resultados similares… também pode acontecer de ele permanecer na Sauber e ter uma temporada horrível por que o Peter Sauber não quis comprar parafusos e também perder uma grande oportunidade, ou seja, assim como Felipe, ele está numa situação difícil…
Jules Bianchi – na boa quem ? Esse num é o cara que roubou naquela corridinha de kart na praia “organizada” por um canal de televisão ?
Com relação as outras opções citadas – Kovalainen / Kobayashi / Maldonado / B Senna / Alguersuari / Glock / Petrov / Grosjean / Sutil / Di Resta e sei lá mais quem – esses caras não iam conseguir nada melhor do que Felipe já consegue…
Hamilton e Vettel jamais vão aceitar pilotar ao lado de Alonso a não ser que seja em total igualdade, o que todos nós sabemos que a Ferrari JAMAIS irá trabalhar assim novamente depois da era Dick Vigarista…
Sobram como opções Jenson Button, Kimi Raikkonen e Nico Rosberg…
Pra tirar o Button da McLaren vai ser preciso um caminhão de dinheiro e alguma hipótese de um equipamento mais equivalente ao de Alonso… no caso do Kimi, acredito que seria a mesma coisa… muita grana e competitividade… no caso do Nico, sei lá… ele me parece o piloto mais insosso da F1…
Ah, é claro, tem o Dick Vigarista, ele com certeza não aceitaria passar pela mesma situação de opressão que foi imposta a TODOS os seus companheiros de equipe na F1… e que não venham os defensores dele dizer que isso sempre aconteceu na F1 e tals, que eu me lembre na própria Ferrari quando Prost e Mansell correram juntos, eles tinham o mesmo carro… quando Lauda e Prost dividiram a McLaren, também, ambos tinham o mesmo carro… quando Fangio e Moss dividiram a Mercedes ou Maserati ou sei lá, não lembro, enfim, ambos tinham o mesmo carro… Prost e Senna na McLaren idem… Clark e Hill na Lotus idem… Button e Hamilton idem… Vettel e Webber na Red Bull idem… Piquet e Vigarista na Benetton idem… Hakkinen e Coulthard idem… Prost e Hill na Williams idem… a verdade é que esse negócio de cláusula de contrato estipulando primeiro e segundo piloto é para quem não se garante na pista e equipe que constrói um carro bom e outro ruim vamos ser honestos, é equipe pequena…
And at last but no least… falar sobre essa conversa de vendido do Felipe… bem… como começar… conheço um velho ditado popular que diz.. “… não cospe pra cima que cai na cara…” o Felipe meteu tanto a boca na nossa eterna tartaruga Rubinho que voltou pra ele a parada… pra ser sincero, se ele tivesse que ter tomado alguma atitude contra esse sistema car system da Ferrari que apertam um botão e o cara deixa o outro passar, seria no episódio do Alonso is faster than you… explico… se ele desse uma banana pra Ferrari naquela corrida e vencesse, ele provavelmente não seria mandado embora da Ferrari no meio da temporada / estaria com seu psicológico menos afetado / teria a admiração do circo (consideração na banca) o que é muito importante na F1 na hora de procurar emprego, pois eu acredito que ele seria demitido ao final da temporada com certeza, mas sairia de lá como heróis da resistencia, cheio de moral e de boa publicidade e pra quem não se lembra, ele estava bem naquela temporada até aquela corrida e precisava vencer pra entrar na disputa do título… enfim… mas o “se” não joga…
Porém discordo de voce Verde sobre essa posição conformista… eu falo por mim e pela minha vida, que e melhor procurar outro lugar com condições e ambiente melhor de trabalho do que ficar puxando o saco de chefe FDP… todos temos contas a pagar, mas o conformismo jamais será a resposta… como diria Carlos Lamarca – Ousar lutar, ousar vencer – ou então Alexandre o grande, depois citado por Winston Churchill – A sorte favorece aos ousados – ou seja arriscar muitas vezes e melhor do que ficar quieto…
Nossa acho que exagerei no texto…hahahahaha
26 de julho de 2012 at 20:49
De novo!
Tu escreveu um texto sobre o mesmo assunto alguns meses atrás, os dois bons por sinal.
30 de julho de 2012 at 11:20
Mas que equipe vc acha que ele ganharia corrida?Algumas não é?E qual equipe dessas que você pensou o aceitariam???Nenhuma,nāo acha???
Pra ser campeāo ele teria que ser o 1 piloto de equipe grande.Ninguém aqui acha que ser o 2 piloto da Ferrari seria o cenário ideal,mas é o que tem.Fazer o quê.
30 de julho de 2012 at 11:33
Bah!Meu comentário entrou no lugar errado. :/