
Antigamente, quando se falava num Senna e num Mika, lembrávamos de Ayrton e Häkkinen dividindo a McLaren no fim de 1993. Hoje em dia…
Em 1993, o tricampeão Ayrton Senna e o imberbe Mika Häkkinen dividiram a mesma equipe nas últimas três corridas da temporada. Insatisfeita com o americano Michel Andretti, a McLaren decidiu mandá-lo mais cedo para a grande fazenda ianque e colocou Häkkinen, então apenas uma promessa do automobilismo mundial, para comboiar Senna nas suas últimas corridas pela equipe. Se Mika fizesse bonito, quem sabe ele não ganharia de presente a titularidade em 1994?
Era um relacionamento pacífico. Häkkinen foi um raro companheiro de equipe que não era visto por Ayrton Senna como um capacho ignóbil ou uma ameaça nuclear. Pudera: o finlandês é um sujeito tipicamente laid-back, agradável e de convivência facílima. Só mesmo Michael Schumacher num dia de sol em Macau poderia ser capaz de irritá-lo. Como Ayrton também estava de saída para a Williams e não estava disposto a arranjar mais confusão, ele nem ligou pelo fato de ter sido superado pelo finlandês logo nos primeiros treinos oficiais que disputaram juntos, os de Estoril.
Ah, as analogias são dos recursos literários favoritos de alguém que escreve bobagens.
“Não há Mika Salo no mundo que me convença que o Bruno teve alguma culpa naquele choque com o Kobayashi. E se é pra ser maldoso, o Mika Salo é um piloto finlandês. Tem um cara que é reserva na equipe do Bruno Senna que é finlandês também. Pronto, já fiz a maldade”. Que proferiu tais palavras foi o narrador Galvão Bueno, claramente puto da vida com o acidente que o sobrinho sofreu com Kamui Kobayashi. Para Galvão, a culpa foi toda do japa, que é uma vaca-brava de olhos puxados. Eu não vi culpa na manobra dele, mas isso não importa agora.
O sexagenário locutor também não estava satisfeito com o fato de Mika Salo ter sido o ex-piloto escolhido para fazer as de comissário desportivo em Valência. Para ele, o acidente de Kobayashi e Senna só resultou em punição para o brasiliano porque o diabólico comissário Salo quis prejudicá-lo na cara dura, visando deixá-lo sem moral na Williams, que se veria forçada a olhar com mais ternura para o reserva Valtteri Bottas.
Além de comissário domingueiro, ex-piloto de Fórmula 1 e sobrinho de Cid Moreira, Mika Juhani Salo é comentarista nas transmissões finlandesas da MTV3, que não tem nada a ver com a emissora favorita das meninas bobinhas que pintam o cabelo de rosa. Salo ficou conhecido recentemente por ser um árduo defensor dos pilotos de seu país, embora eu já tenha ouvido falar que ele costuma pegar pesado com o próprio Bottas nas transmissões. É um pacheco sami, mas bate e assopra ao mesmo tempo. Vai entender.
No Brasil, o então olvidado Salo tornou-se um dos inimigos públicos dos nacionalistas ao fazer comentários negativos a respeito de Felipe Massa e Bruno Senna. Sobre Massa, o nórdico afirmou que “não acredita que ele seguirá na Ferrari na próxima temporada. Na verdade, é surpreendente que a equipe tenha ficado com ele neste ano”. Não mentiu. Os fãs brasileiros também não reagiram mal, aqueles mesmos fãs que perturbavam a ordem quando alguém cometia o pecado de tecer qualquer crítica que fosse ao piloto paulista em 2008. Para felicidade de Salo, os brasileiros não estão entre os 15.000 povos mais fiéis aos seus ídolos.
O que pegou mais foi a crítica a Bruno Senna. Nesse caso, o pacheco uralo-altaico Salo falou um monte de coisas. Num primeiro instante, Mika afirmou que “a dupla da Williams é uma das piores do grid. Tanto Pastor Maldonado como Bruno Senna são suscetíveis a erros. O brasileiro teve algumas boas corridas no ano passado, mas decaiu muito no final da temporada”. Muita gente se sentiu como se tivessem ofendido suas respectivas progenitoras. A reação geral foi à base de extensivo ad hominem. Quem é Mika Salo?
Não satisfeito, o finlandês seguiu batendo pesado. “Senna é um cara legal, mas incapaz de pilotar no nível exigido por Frank Williams”, proclamou há não muito tempo. Em seguida, encaixou sua dose de protecionismo. “Valtteri Bottas é extremamente respeitado por Frank Williams, que o elogia muito e diz que seu lugar é nas corridas”. Para terminar, a insinuação maior: Bruno Senna não terminará a temporada. Levará uma botinada nos fundilhos.
Quem é Mika Salo para dizer umas merdas dessas?, perguntou a nação. Eu respondo quem é Mika Salo.
Em termos de pilotagem, Salo é um que uma pessoa que entende um pouco mais do esporte sabe que não teve seus talentos devidamente aproveitados. Em 1990, ele duelou contra o xará Häkkinen nas pistas inglesas da Fórmula 3. Foi uma rivalidade legal de se ver e a mídia britânica adorava. Os destinos dos dois, depois disso, se distanciaram. Häkkinen foi para a Fórmula 1 já em 1991 e fez uma carreira frutífera. Com Salo, isso não aconteceu.
“O outro Mika” foi pego dirigindo totalmente chapado ainda em 1990 e acabou em cana. Ken Tyrrell tinha lhe oferecido uma vaga para 1991, mas rasgou a proposta após perceber que estava contratando um moleque bêbado e inconsequente. Salo se viu obrigado a ir para o Japão tentar reconstruir a carreira e a imagem. Comeu uma boa mulherada e arranjou uma namorada que trabalhava como dançarina e modelo – sim, eu sei que alguns de vocês interpretaram uma terceira profissão implícita.
Depois de algum tempo, Salo foi meio que resgatado pelo automobilismo internacional para disputar duas corridas pela Lotus no fim de 1994. Depois, passou por Tyrrell, Arrows, Sauber, Ferrari, BAR e Toyota. Demonstrou ótimo desempenho em corridas malucas, fez provas excepcionais em Mônaco e superou seus companheiros de equipe sem grandes problemas. Na Ferrari, fez seis corridas e chegou ao pódio em duas. Por outro lado, Mika não era um gênio na chuva, raramente andava bem em treinos oficiais e não costumava cuidar do físico. Não foi uma carreira brilhante, portanto. Mas dá para jogar na conta da falta de uma oportunidade decente.
Esta é a parte boa de Mika Salo. A ruim se refere à fama de sujeito arrogante, egoísta e pouco agregador. O cara conseguiu brigar com a maior parte das equipes por onde passou. Tem um histórico de declarações infelizes e até meio desrespeitosas. Na Inglaterra, onde as pessoas realmente entendem de automobilismo, são poucos os que gostam dele.
Vamos às histórias. Nos anos 90, Salo atraiu um bocado de antipatia quando falou que “o melhor Mika não era o Häkkinen”. Em 2000, apesar de ter feito uma boa temporada na Sauber, seu Peter não quis ficar com ele, já que o piloto finlandês não era um sujeito que criava um bom ambiente na equipe. Alegação parecida foi feita pela Toyota em 2002, quando ela anunciou de forma até surpreendente que não permaneceria com Salo no ano seguinte.
Em resposta, o finlandês soltou cobras e lagartos sobre suas antigas empregadoras. Quando Kimi Räikkönen sofreu um acidente no GP de San Marino de 2001 após uma quebra na barra de direção, Salo afirmou algo como “é por essas que a Sauber nunca será uma equipe importante na Fórmula 1”. Com relação à Toyota, em uma entrevista concedida à F1 Racing no fim de 2002, ele falou mal de praticamente tudo referente à equipe japonesa. Apenas o projetista Gustav Brunner e a cúpula japonesa foram poupados da língua ferina.
Mas a melhor amostra da personalidade de Mika Salo é uma entrevista que ele concedeu ao jornal finlandês Turun Sanomat no início de 2002. O jornalista pediu para que ele comentasse sobre os demais pilotos do grid. Péssima idéia.
Schumacher: “Tem uma equipe que faz tudo por ele. A única coisa que ele precisa fazer é manter o carro na pista”.
Barrichello: “Ele é praticamente um nada. Tem dias bons e ruins, e os ruins são sempre mais frequentes”.
Coulthard: “Muito bonzinho pra Fórmula 1. É piloto pra ganhar uma corrida ou outra e só. Vivia tomando tempo do Häkkinen”
Ralf: “Fiquei surpreso pelo fato dele ter vencido corridas em 2001. Nunca achei que ele tivesse capacidade para isso”.
Montoya: “Comete muitos erros”.
Heidfeld: “Nunca o achei tão bom como dizem. Só o Peter Sauber acha isso, na verdade”.
Massa: “Dirige de maneira estranha. É um selvagem que já destruiu um monte de carros”.
Fisichella: “Erra pra caralho. E olha que ele é o melhor italiano do grid”.
Sato: “Não o conheço. Mas sei que ele só entrou na Fórmula 1 graças à Honda”.
Villeneuve: “Está sem motivação já faz um bom tempo”.
Trulli: “É um cara veloz, mas sempre perde concentração e geralmente abandona as corridas por causa disso”.
Button: “Nunca demonstrou lá um grande potencial na Fórmula 1. Desanimou de vez após não conseguir ser contratado por uma equipe grande”.
Irvine: “Um cara rápido, mas que não tem atitude de primeiro piloto. Não deveria ter ficado com esse papel na Jaguar”.
De La Rosa: “Bom em corridas, mas fraco nos treinos”.
Bernoldi: “Um ninguém”.
Frentzen: “É um cara rápido e experiente, mas sempre está batendo ou indo para a caixa de brita”.
Yoong: “Um cara que toma seis segundos por volta. O que mais preciso dizer?”.
McNish: “Fala muito. MUITO. E pelo tanto que fala, não consegue ter tempo para correr”.
Salo: “O melhor, claro”.
Façam seus próprios julgamentos. Eu lavo minhas mãos. Fecho os parênteses.
Eu sempre achei que o pachequismo, assim como a jabuticaba, era uma invenção latina. Apenas brasileiros, espanhóis e demais povos barulhentos e de péssima auto-estima eram capazes de deixar a realidade de lado e exaltar todas as coisas boas de seus países, como o ETA e o PCC, o Generalíssimo Franco e o General Geisel. Felizmente, sempre existe um Mika Salo pronto para provar que eu estou errado, como de costume. A idiotia nacionalista acomete a todos, sem distinguir classe social, credo e religião.
Para Salo, apenas seus fellas de país Räikkönen, Kovalainen e Bottas merecem respeito, carinho e atenção. O resto é lixo. Na Espanha, eles fazem a mesma coisa quando se fala em Fernando Alonso. No Brasil, bem, dispenso comentários.
Aliás, falando em Brasil, eu acho incrível a capacidade da torcida local em rebaixar ainda mais um estúpido debate de verve nacionalista. Andei lendo alguns comentários feitos a respeito das declarações de Mika Salo sobre Bruno Senna. É estarrecedor. O problema maior nem é a incapacidade ortográfica e gramatical dos comentaristas, mas a total ausência de imaginação e capacidade crítica das réplicas. Nem seria tão difícil dizer que Valtteri Bottas ainda não passa de um campeão de GP3, que Mika Salo está falando merda como sempre, que apenas a própria Williams pode apontar quem corre para ela ou não e que o Bruno calará a boca dos críticos num dia, talvez o de São Nunca.
Mas não. A incapacidade de argumentação é um mal que deveria ser combatido imediatamente por qualquer ministro da Educação que se preze. Em tese, eu não deveria me incomodar com um punhado de gente que não sabe replicar corretamente uma declaração sobre um assunto tão besta quanto a Fórmula 1. O problema é que um sujeito que não argumenta corretamente no âmbito do esporte geralmente também não sabe fazer isso em assuntos ligeiramente mais sérios. Ser burro quando se fala, por exemplo, de política ou economia é um pouco mais grave. Seguimos.
“Mika Salo foi um péssimo piloto”. Não, não foi. O fato dele falar bosta e de agir como um babaca não o torna inapto para dirigir. E ele fez pequenos milagres na época em que correu por equipes pequenas. No GP de Mônaco de 1997, conseguiu ser o único piloto da história recente a completar uma corrida (dificílima, diga-se) sem parar uma única vez nos boxes. No ano seguinte, na mesma pista monegasca, levou um lamentável Arrows A19 ao quarto lugar. E suas performances na temporada de 2000 foram excelentes.
Mas o argumento que sempre dói mais é o “quem é Mika Salo?”. Nunca entendi a lógica desses que fazem questão de replicar uma opinião desmerecendo seu emissor mesmo estando em situação muito pior. O finlandês pode não ter sido o piloto de maior sucesso de todos os tempos, mas tem muito mais moral e bagagem para fazer o comentário que for do que qualquer um de nós. A propósito, a maioria das pessoas não tem condição mental para escolher entre duas marcas de extrato de tomate, quanto mais emitir um juízo sobre algo um pouco mais complexo. Salo, por outro lado, viveu ali no meio durante anos. Ele mesmo pode ser um acéfalo com relação a extrato de tomate. De Fórmula 1, no entanto, ele entende.
Eu vislumbro aí uma deliciosa guerra entre imbecis abraçados a bandeiras. Quem perde, é claro, é a verdade. Falando na dita cuja, o que podemos dizer sobre os pilotos da Williams envolvidos na história?
Bruno Senna, sinto muito aos defensores, não está fazendo aquela temporada dos sonhos. É verdade que ele é bem mais inteligente do que macacos, peixes e pilotos venezuelanos, mas isso não seria uma obrigação de um homo sapiens? Sendo bem franco, eu o considero um cara legal, um sujeito honesto e um piloto com algumas qualidades. Fez boas corridas na Malásia e na China, mas sumiu de umas corridas para cá. E tem bem menos sangue nos olhos do que seu companheiro. Diz o senso comum que é mais fácil domar um piloto veloz e selvagem do que fornecer velocidade a um cara comportado e conservador. É verdade. Mesmo sendo um asno hoje em dia, Maldonado é um cara que tem bem mais chances de evoluir e virar um gênio.
Valtteri Bottas, sinto muito aos pachecos fineses, ainda não é nada além de um piloto reserva com um título na GP3 e outro numa Fórmula Renault qualquer por aí. Eu o acompanhei na temporada 2010 da Fórmula 3 Euroseries e posso dizer que não fiquei tão impressionado. Longe de insinuar que ele seja um mau piloto, gostaria apenas de lembrar que Bottas precisa de um pouco mais de quilometragem para comprovar o talento que parece ter. Fora isso, qualquer tipo de idolatria exacerbada a um sujeito desse tipo é representada na Classificação Internacional de Doenças pelo código F52.4: ejaculação precoce.
O nacionalismo é uma merda desgraçada. Último refugo dos canalhas, como dizia Nelson Rodrigues. Antes, quando falávamos na guerra entre um Senna e um Mika, nos referíamos apenas às belas corridas do final da temporada de 1993. Hoje em dia, o Mika em questão é apenas um tonto que insiste em cavar espaços para um compatriota. O Senna em questão é apenas um piloto razoável que não merece as pancadas que vem levando. E estamos aqui, os comentaristas da internet vomitando suas asneiras de sempre e eu escrevendo uma tonelada de coisas que também não servem para merda alguma.
Todos são idiotas, como sempre. E Galvão, maldoso sou eu.
29 de junho de 2012 at 1:29
Uma menção ao Mika Salo: único piloto a completar uma corrida inteira sem pit stop para reabastecimento no período em que o reabastecimento foi liberado, em Mônaco 1997.
29 de junho de 2012 at 11:11
Gostei e concordo com vc em alguns pontos, se formos olhar o passado, o nacionalismo alemão foi o berço do nazismo, eu creio que qualquer tipo de pachequismo é péssimo, porém, tomo a liberdade de não concordar sobre sua análise do acidente Kobayashi-Senna, sou apaixonado por F1 e ao contrário dos muitos brasileiros que só assistem corrida quando tem algum piloto “canarinho” vencendo, to adorando essa temporada com inúmeros vencedores e 15 carros andando no mesmo segundo nos treinos.
Com relação ao acidente, eu creio, que o Bruno após ter tomado a ultrapassagem, tomou a tangencia da curva atras do Kimi, se Kobayashi não fosse uma “vaca loca” a lá Maldonado, com certeza passaria o Bruno em algumas curvas mais a frente, era uma questão de tempo pois o rendimento do Williams do Bruno já estava bem abaixo e o Dick Vigarista (Schumy) e o Webber já tinham passado o sobrinho do Senna.
Eu sempre achei o Salo um piloto mediano pra bom que nunca teve uma oportunidade decente na F1 de seu tempo, e soube recentemente que ele quero muito colocar o Bottas, que confesso nunca ter visto pilotar, no lugar do Bruno.
O fato do Bruno ter sido o único envolvido no acidente a ser punido, no mínimo me parece um conflito de interesses, e faço um adendo aqui para justificar minha opinião, como as corridas são um esporte de preferencia masculina e ainda por cima nos domingos de manha cedo, eu assisto sem volume pra não acordar minha esposa e também, vem a calhar que eu não ouço as asneiras que o narrador dominical nos presenteia, coisas como ” o pneu de fórmula 1 é como o queijo minas, ele vai esfarelando…” então, por conseguinte, eu não ouvi essa “maldade”.
Ainda complemento, que achei um absurdo total o Kobayashi passar sem punição essa prova, já que ele também abalrroou ao Felipe Massa, de uma forma muito parecida com o acidente do Vergné-Kovalainen, aliás, o Vergné foi punido e por uma íncrivel coincidencia, o Kovalainen é finlandes, igual ao Mika Salo.
Outro que merecia punição e a “vaca loca” mor da F1 atual, Maldonado, que atropelou o Hamilton estando fora da pista, não sei se alguém concorda, mas se prestar atenção, por mais que existam áreas de escape, a corrida tem um traçado determinado, Hamilton respeita o traçado, Maldonado está fora do traçado, ou seja, em uma pista normal, na grama e fora da pista, ele tinha que deixar o Hamilton a frente, também, era uma questão de paciencia para fazer a ultrapassagem mais a frente.
Complemento falando sobre o restrospecto do Bruno nessa temporada, ele realmente está sendo muito conservador e também não gosto desse estilo de pilotagem, e minha opinião, ele tem que ir pras cabeças e arrsicar, como arriscou no ano passado quando começou na Lotus, esse conservadorismo não vai leva-lo a lugar algum, porém, não podemos ser ingenuos a ponto de crer que Maldonado e Bruno tem o mesmo equipamento em mãos. Já faz muito tempo que a F1 trabalha dessa forma, um carro bom e outro mais ou menos, o carro bom está claramente nas mãos do Maldonado, esse fato é justificado pelos 100 milhões de dólares que a PDVSA leva pra lá, e antes que me acuse de pachequismo, eu não estou contra isso, a F1 é um negócio, nada mais justo que o piloto principal seja um cara que já está a um ano com a equipe e que traz quase toda a grana da equipe para a temporada, o “Senninha” tem um equipamento um pouco pior que o venezuelano, claro, qualquer que acompanha a F1 a um certo tempo já sacou isso, mas como diria meu antigo professor de desenho geométrico, explica, mas não justifica, o Bruno tem que ser mais aguerrido, como o Piquet e o próprio tio dele foram, ele tem que aprender a agarrar toda e qualquer oportunidade possível de fazer seu nome na F1, que seja fazendo poles na sexta-feira, como o Rosberg fazia, sei lá… uma coisa ele está fazendo bem, tem terminado várias corridas, bem, acho que me alonguei demais, mas é isso, queria dizer que gosto muito das coisas que voce publica aqui no blog
29 de junho de 2012 at 13:38
Nada mais a acrescentar, disse tudo, parabéns!
29 de junho de 2012 at 15:21
Uma coisa é perfeitamente certa. Nacionalismo é uma merda! Cega qualquer um na hora de opinar e fica difícil de olhar os dois lados. Falta muito para entendermos o que é real.
Já o Mika Salo é o Mario Balotelli da Fórmula 1. Um tremendo fanfarrão. Tá fez algumas corridas boas, mas pra mim, sou mais o Roberto Pupo Moreno que ele. (Sem questão de nacionalismo, mas apenas acho o Moreno bem melhor)
29 de junho de 2012 at 15:42
“Il est triste que souvent pour être bon patriote on soit l’ennemi du reste des hommes.”
— Voltaire
29 de junho de 2012 at 17:02
Verde, seus textos são excelentes como sempre.
Bom, o Salo pra mim é um trollzinho, mas acho que todo esporte precisa de um cara “polêmico” para dar uma esquentada nos ânimos de vez em quando.
Ele pra mim não fala de todo inverdades ou sandices, creio que o problema está no modo como ele fala, por exemplo, vc postou a mesma crítica que ele faz ao sobrinho do Senna, o Bruno é conservador, isso não é demérito, mas é claro que o piloto precisa combinar esse cuidado com algo a mais, que no momento está faltando ao protegido do Eike… rs
(só uma maldade, permite? o Eike perdeu metade da grana dele, será que ele perdeu com o Bruno?rs ou que vai tirar a grana que investe na F-1?)
Bom, voltando:
O Salo exagera nas colocações dele, posso dizer que como compatriota dele, fico envergonhada com o tom nada reservado que ele solta as colocações dele, mas no fundo, eu vibro um pouquinho =p gosto de caras polêmicos, o problema é quando eles tentam forçar a barra.
O Bottas é uma promessa e como toda promessa ele precisa provar à que veio, então é meio óbvio tb dizer que ele precisa de espaço para isso e que ele deve conquistar.
Bom, não sei se será tão logo na Williams… espero que sim =p não curto o Bruno, sei lá, fiquei chateada do Heidfield ter saído da forma que saiu para dar lugar a ele. (e o Galvão ficou secando o pobre diabo pra isso, mas isso ele não lembra). Como condenar agora o Salo?
Chegando ao link com o Galvão, é o sujo falando do mal lavado, a diferença é que o mal lavado guiou de fato um F-1 enquanto o outro no máximo fez uma estrapulia com os amigos…
São muitos pontos, e não quero me perder! rs abçs
29 de junho de 2012 at 17:56
Sim, Verde, você é que é maldoso!
Mas os textos são ótimos…
P.S.: não faz sentido o Bruno Senna pilotar de maneira conservadora, tendo apenas 1 ano garantido na Williams, 28 anos nas costas e com um reserva aparentemente protegido pelo time. Ele realmente tinha que se destacar de alguma maneira e deixar alguém com a pulga atrás da orelha, como mencionou o David Krapp. Mesmo uma temporada “OK” tem tudo para ser insuficiente para catapultar a carreira do Bruno, ainda mais com a vitória do Maldonado na Espanha.
29 de junho de 2012 at 19:50
Só para mudar de assunto:
“Diz o senso comum que é mais fácil domar um piloto veloz e selvagem do que fornecer velocidade a um cara comportado e conservador.”
Quem dizia isso era o Fausto Macieira sobre o Casey Stoner, citando alguém que eu não me lambro, quando ele estreou nas 250cc. Tomara que o Maldonado chegue a Stoner um dia. Eu sinceramente acho que chegará lá.
3 de julho de 2012 at 9:48
Hahaha, nunca tinha lido essa entrevista do Salo, sensacional!
3 de julho de 2012 at 9:58
E tens razão, caro escriba, o poder de argumentação e replica, em terras tupiniquins, é paupérrimo, digno de risos.
Domingueiros comentando sobre Fórmula 1, e futebol, é uma comédia mesmo.