A matéria acima não tem nada de espetacular. Nela, a repórter global Mariana Becker faz uma interessante entrevista com o venezuelano Pastor Maldonado, vencedor do GP da Espanha e uma das boas surpresas desta temporada de 2012. À beira do Mediterrâneo, sentado numa confortável varanda monegasca, Maldonado tece alguns comentários sobre a vitória em Barcelona, a descrença dos críticos, a relação com Bruno Senna e até mesmo as suas habilidades linguísticas – segundo o venezuelano, ele fala espanhol, italiano, inglês e um pouco de português e francês. Sou meio maldoso. Pelo que já escutei, seu inglês é digno de um chimpanzé.
Esta reportagem, olhando à primeira vista, não tem nada de mais. A repórter em questão é regiamente remunerada para viajar ao redor do mundo e perguntar frivolidades a pilotos e poderosos da Fórmula 1 – um emprego que eu não hesitaria em aceitar. Quando a Maldonado, trata-se de um piloto muito bem articulado e até simpático. A entrevista, por si só, é inocente. Mas o contexto que a rodeia pode indicar uma nova era no relacionamento entre Globo, Fórmula 1 e espectador brasileiro.
O programa que exibiu esta entrevista foi o Esporte Espetacular, aquele que exibe jogos interplanetários de verão e qualquer esporte onde haja a possibilidade de acionar a vinheta BRASIL-SIL-SIL. Ele dura três horas. Em tese, dá para enfiar qualquer coisa num programa tão longo e tão voltado para um tema específico. Mas a realidade não é bem esta. Geralmente, quem acorda cedo aos domingos e se aventura a ligar a televisão se depara com bonecos infláveis apatetados, histórias emotivas sobre jogadores de Caiocó da Pindaíba que vão parar num grande clube do Sudeste e banalidades do tipo. Embora seja um espaço aparentemente grande e democrático para o esporte, ele só se resume a apresentar mais do mesmo.
Por isso que a reportagem sobre Pastor Maldonado me impressionou. Ela durou pouco mais de quatro minutos, uma eternidade em se tratando de um esporte que já não cativa mais ninguém no Brasil e um piloto que, oh, não é brasileiro. Até algum tempo atrás, só poderíamos imaginar na telinha global Felipe Massa falando de seu filho gorduchinho ou Bruno Senna bisbilhotando os karts velhos de seu tio na fazenda da família. Piloto estrangeiro é tabu. É proibido. Se torcemos contra eles, por que daríamos espaço a um inimigo?
Pelo visto, a filosofia andou mudando um pouco lá em terras cariocas. A Globo começou a perceber que se nada fosse feito, sua Fórmula 1 não demoraria muito para se tornar um dos grandes micos de sua programação. Na verdade, o caminho já estava sendo devidamente trilhado. Vamos falar um pouco de números. Audiência.
No GP da Austrália, primeira etapa da temporada, o IBOPE registrou média de 5,8 pontos. Em 2011, a pontuação média havia sido de 7,5.
Na Malásia, foram registrados 6 pontos de audiência. Na China, a coisa piorou: 5 pontos, um dos piores registros de audiência da Globo no ano. Tudo bem, todas estas etapas foram realizadas de madrugada, vamos dar um desconto. Quem sabe as coisas não melhoram nas corridas matutinas?
Não melhoraram tanto assim. No Bahrein, a média foi de 9,4 pontos. Na Espanha, a Globo teve 11 pontos no IBOPE. Por fim, as elegantes ruas de Mônaco só atraíram parcos 10,1 pontos.
Em relação ao mesmo período do ano passado, a média de audiência das seis primeiras etapas foi 15% menor. Por sua vez, os números de 2011 já eram considerados baixos em relação aos anos anteriores. No ano passado, a média no IBOPE durante toda a temporada foi de 10 pontos. Em 2008, ano em que Felipe Massa quase foi campeão, ela era de 17 pontos. Nos tempos de Ayrton Senna, aqueles em que praticamente todo mundo fazia questão de acordar cedo para ouvir a surrada musiquinha, o IBOPE registrava números monstruosos, algo em torno de 40 pontos nas melhores corridas. Outros tempos.
Você, que odeia matemática, não deve ter tido dificuldades para entender que a audiência está decaindo rapidamente. Isso, obviamente, dói no bolso da Rede Globo. Segundo a mídia especializada, a emissora carioca só conseguiu reajustar as cotas de patrocínio para a Fórmula 1 em apenas dois milhões de reais cada, de 60 para 62 milhões de reais. Ainda que não deixe de ser uma grana bruta, trata-se de um mau sinal para aquele que é considerado um dos produtos mais sofisticados e valorosos de sua grade de transmissão.
Sem audiência, a Fórmula 1 tenderá a perder seus anunciantes. Com isso, a Globo terá menos razões comerciais para continuar torrando algumas horas de sua programação no fim de semana com carros rumando a lugar nenhum. Para nós, os tontos que acordam cedo para se embriagar com este tipo de diversão infrutífera e duvidosa, esta sequência de fatos poderia até mesmo significar o fim da festa. Teríamos de tentar acompanhar a categoria em outro canal. Ou, pior ainda, nos contentar com alguma transmissão perdida na internet.
Para nossa alegria, me parece que a Globo não tem o menor interesse em perder a Fórmula 1. Trata-se de um negócio ainda bastante vantajoso para ela. Veja bem: que outra atração poderia atrair mais de 300 milhões de reais anuais de patrocínio e uma audiência média de 10 pontos em horários completamente obscuros? Nem mesmo o Esporte Espetacular velho de guerra obtém números tão notáveis. Além disso, o GP do Brasil é um de seus eventos oficiais. Uma Fórmula 1 desinteressante significaria um grande prêmio enfraquecido.
Por isso que a Fórmula 1, aconteça o que acontecer, nunca será maltratada na telinha global. Se for preciso, mais grana, tempo e recursos técnicos e humanos serão investidos para recuperar ao menos parte do interesse do Homer Simpson (utilizando o vocabulário do âncora de cabelo bicolor) pelas corridas.
No GP de Mônaco, a Globo decidiu aprimorar a qualidade e a profundidade da transmissão da categoria. Coisas pequenas, mas marcantes. Narrador e comentaristas começaram a ser mostrados, talvez para dar um ar maior de proximidade entre quem passa a informação e o fato propriamente dito. Lá no autódromo, Mariana Becker passou a ter mais liberdade e agora faz matérias e entrevistas até mesmo de dentro do grid de largada. Mas o mais interessante é esse negócio da transmissão ser iniciada vinte minutos antes da largada. Agora, será possível até mesmo exibir algumas curiosidades sobre a Fórmula 1 e falar algumas bobagens a mais para animar o telespectador. Nem mesmo o futebol anda tendo este tipo de regalia. Tudo para salvar a categoria no Brasil.
As mudanças, num primeiro momento, não surtiram efeito na audiência, mas o trabalho será realizado a médio prazo. É uma iniciativa louvável. A Globo percebeu pela primeira vez que não adianta mais depender apenas do desempenho dos pilotos brasileiros, pois eles estão fodidos na conjectura atual. Felipe Massa anda se contentando com um sexto lugar e Bruno Senna tem o simpático mas perigoso costume de assumir todos os seus erros, que não são poucos. O sujeito que gozava vendo Ayrton Senna e Nelson Piquet ganhando título atrás de título não quer saber: para ele, brasileiro bom é quem chega em primeiro e ponto final. Se chegou em segundo ou em posição pior, nem adianta torcer porque é perda de tempo. Embora somente gente cretina e analfabeta pense assim, a Globo sabe que seu espectador médio é exatamente assim. Pode ela se dar ao luxo de desagradá-lo? Claro que não.
Por isso que a emissora está tentando outras táticas. Uma delas é exatamente esta de tornar a própria transmissão mais rica e interessante. A outra é tentar desviar a atenção destinada inicialmente aos pilotos brasileiros para qualquer outra coisa. Por exemplo, o próprio Pastor Maldonado, latino como um tupinquim e vencedor de corrida. Se o cara tem mais semelhanças do que diferenças, por que não apoiá-lo? Mais ainda: por que não criar um novo ídolo sul-americano, o cara que peita os europeus arrogantes, acerta seus carros e obtém bons resultados quando sobrevive? Não acho que seja loucura pensar assim. Não quando Mariana Becker faz uma matéria de quatro minutos sobre ele e Galvão Bueno se empolga ao narrar sua vitória em Barcelona.
Para nós, que gostamos um pouquinho mais deste esporte besta do que o resto da humanidade, a mudança no enfoque da cobertura poderá ser bastante interessante. Uma transmissão mais caprichada, longa e detalhada nunca é ruim para quem gosta. Vale lembrar que, até uns dez anos atrás, a Globo até costumava ter um esmero maior com a Fórmula 1. Me lembro de várias corridas lá pelos idos de 1999 e 2000 que iniciavam quinze minutos antes e apresentavam matérias e boletins sobre a história da categoria, os bastidores ou simplesmente o que pintava de novo. E as próprias reportagens na programação da Globo eram bem melhores do que as de uns tempos para cá, que não chegam a durar um minuto inteiro e mal apresentam os três pilotos que sobem ao pódio.
Abro minha memória. Antes do GP da Alemanha de 1999, foi mostrada uma pequena matéria sobre todos os imprevistos ocorridos nas etapas anteriores que bagunçaram o campeonato até ali. No GP da Bélgica do mesmo ano, exibiram uma reportagem apresentando o circuito de Spa-Francorchamps. Teve até mesmo repeteco do engavetamento de 13 carros do ano anterior. Na mesma corrida, fizeram um infográfico apresentando a provável lista de participantes da temporada seguinte.
No ano seguinte, estas matérias especiais foram exibidas em apenas algumas corridas. No GP de Mônaco, a Globo pôde mostrar algumas reportagens especiais sobre a história do circuito citadino graças a um acidente que havia interrompido a primeira largada. Foi nesse dia que eu vi, pela primeira vez, a capotagem de Patrick Tambay na Mirabeau em 1986. Pouco antes do GP do Japão, foram exibidas imagens sobre os títulos de Ayrton Senna em 1990 e 1991, ambos obtidos em Suzuka. Se você se lembrar de mais reportagens e matérias legais daquela época, pode postar aqui.
Com o passar do tempo, este tipo de regalia acabou sumindo das transmissões de Fórmula 1. Houve, é claro, exceções: todo mundo aqui viu pela primeira vez a célebre briga entre Raul Boesel e Chico Serra num pequeno flashback apresentado antes do GP do Canadá de 2007. Mas essas matérias apareciam de vez em quando e de maneira arbitrária.
Fora isso, a Globo investia pesado em programas especiais sobre a Fórmula 1 num passado um pouco mais remoto. Quem não se lembra do Sinal Verde, aquele boletim que costumava passar antes do Jornal Nacional de sábado apresentando informações sobre a corrida do dia seguinte? Os mais idosos hão de se lembrar dos especiais que a emissora apresentava no início e no final das temporadas, fazendo uma retrospectiva da temporada que passou ou apresentando o ano que estava por vir. Keke Rosberg viu um destes especiais e fez um comentário que encheu o jornalista Reginaldo Leme de orgulho na época: “você vive me entrevistando por aí e eu nunca tinha visto o resultado destas entrevistas. Agora que eu vi, quero cumprimentá-lo porque é o tipo de programa que deveria ser feito em todos os países onde tem Fórmula 1”. Você, que sempre desanda a falar mal da cobertura da Rede Globo, poderia imaginar que o campeão mundial de 1982 teve opinião contrária?
Vamos ver até onde vai esta guinada da transmissão global rumo à qualidade apresentada pelas emissoras britânicas. É talvez a maior aposta que a empresa brasileira já fez para tentar segurar o sucesso da Fórmula 1 por aqui. Sinal de que ela não vai desistir tão cedo do seu circo. Nem que todo mundo seja obrigado a pintar o rosto de azul, amarelo e vermelho enquanto reza pelo pastor.
5 de junho de 2012 at 2:51
Verde…já após a morte do Senna, a Globo exibiu um especial dos 25 anos do GP do Brasil. Eu era novo, tinha 14 anos, mas foi em 96, apresentado pelo Reginaldo Leme e foram 4 programas de uma hora, um por semana (se a memória não me falha).
5 de junho de 2012 at 3:59
Me lembro espeficamente de alguns Gps do Brasil que começavam MUITO CEDO. Em 1997, 1998, mesmo que as chances de um brasileiro fossem ínfimas, mostravam-se várias matérias sobre o grid. As equipes, uma a uma, uma pequena explicação dos pilotos, as novidades técnicas para o ano.
Enfim, tenho gravações em VHS de duas fitas pra o GP de 97. Passavam de 3 horas de tape.
7 de junho de 2012 at 23:57
Eu lembro na época que no dia da corrida fizeram uma matéria com o Rubinho se disfarçando de taxista nas suas de Sampa. Não me lembro ao certo dos detalhes, mas lembro disso.
5 de junho de 2012 at 10:59
Oi, Verde. Eu já falava antes do Senna morrer. “Vender” a F1 como produto que só é “popular” porque tem brasileiro ganhando ou porque tem um ídolo correndo é um tiro no pé. Era óbvio que, em algum momento e por alguma razão, o ídolo não ia mais estar ali.
Outro dia, vi na casa de um amigo uma gravação de um programa que foi ao ar no domingo anterior ao GP do Brasil de 1982. Uma hora de programa, com Galvão e Reginaldo entrevistando Piquet, Prost, Villeneuve, engenheiros, chefes de equipe e etc. Apresentando temas técnicos de maneira inteligente, sem deixar de ser compreensível. Sim, acredite: o Galvão já foi, na Globo, capaz de fazer narrações equilibradas e serenas (sim, foi antes de o sucesso lhe subir à cabeça). Mas o que quero dizer é que a veterana dupla global (e seus novos parceiros, como Burti e Mariana) têm condições de fazer transmissões e programas capazes de agradar ao público mais exigente. Basta os chefes deles deixarem.
Que Mônaco tenha marcado o (re)início da manifestação de inteligência nos cérebros dos responsáveis pelo tratamento que a F1 tem na Globo. Abraços! (LAP)
6 de junho de 2012 at 0:57
Pandini…eu acho que o Galvão era muito bom, até no início dos anos 90 (quando comecei a acompanhar). E a culpa da superficialidade dele e da TV Globo ao tratar de F1 para mim quer dizer outra coisa: eles se adaptaram ao público deles, que cada vez menos tem interesse em se aprofundar de conhecimentos.
5 de junho de 2012 at 14:28
Bom, lembro q no ano passado eles exibiram uma matéria das 3 vitórias do Piquet no GP do Canadá, durante os treinos……..e em Mônaco no ano passado se não me engano, passou a disputa de Mansell e Ayrton em 1992 (não me lembro se foi no ano passado ou não)………..
Felipe Pires
5 de junho de 2012 at 15:08
Poxa,Sinal Verde,esse sim era das antigas,muito bem lembrado cara!!!
8 de junho de 2012 at 9:03
Nao dormia sem ver o Sinal Verde!
5 de junho de 2012 at 15:31
Esse boletim da F1 antes do início da temporada ainda passa. Só que antes ficava junto do Globo Esporte, e nesse ano enfiaram ele na madrugada,depois do Programa do Jô.
A melhora da transmissão da Fórmula 1 vem de uma mudança da visão: antes, o “produto” era o Brasil na frente. Como esse produto acabou, o produto passou a ser a própria categoria, com um potencial enorme a ser explorado. E, com o equilíbrio apresentado nessa temporada, a qualidade de transmissão pode ser excelente. Basta a Globo querer. Se explorarem mais o conhecimento técnico do Burti (tirando um pouco a função dele de tradutor do rádio), já é um bom começo.
5 de junho de 2012 at 20:12
Só eu acho que essa é uma estratégia da Globo, pra evitar a perda de audiência na época das olimpíadas ?
Abraço
5 de junho de 2012 at 21:06
Revista SPEED no ar http://speedrevista.wordpress.com/
5 de junho de 2012 at 21:24
Quem diria que a situação delicada do atual automobilismo brasileiro na Fórmula 1 pudesse provocar uma tomada de atitude bastante benéfica na transmissão da Rede Globo. Vamos torcer para que Mônaco não tenha sido apenas um caso isolado, porque se formos levar em consideração a audiência que a corrida teve, não será estranho ver a emissora se desanimar novamente e voltar com as narrações frívolas de sempre.
Dá pena ver um campeonato tão equilibrado e surpreendente, como está sendo o início desta F1, passando em branco por boa parte do público da Globo, que só se interessa com a possibilidade de vitórias de seus conterrâneos. Quantos brasileiros deixaram um pouco de lado sua desilusão com Massa e Senna para notar a atuação de Maldonado na Espanha, a de Rosberg na China, ou a de Pérez na Malásia? Poucos, creio eu.
Sabe aquele ditado, “cada um colhe o que planta”? Pois é, infelizmente, estamos colhendo os frutos deixados pelas transmissões demasiadamente ufanistas e pouco globalizadas (ironicamente) da Globo nas competições esportivas. Por outro lado, a emissora agora sente o peso da rejeição dos brasileiros com a fase atual da Fórmula 1 e se vê obrigada a mudar de tom, se não quiser um prejuízo ainda maior. E assim o mundo vai girando…
5 de junho de 2012 at 22:13
Pois é…..provavelmente vamos demorar pra ver um grande piloto de ponta brasileiro…até lá a Globo e eu teremos que nos virar pra explicar e aguentar gozação de retardados nos falando “afff….mas vc ainda assiste essa bosta de F1?”….
5 de junho de 2012 at 22:21
E se do jeito que a coisa vai, com os brasileiros na rabeira, como ficarão as transmissões para 2013 se não tivermos nenhum piloto alinhado no grid?
5 de junho de 2012 at 22:48
Certamente teremos brasileiros no grid ano que vem. Ao menos o Bruno Senna, com o apoio do Eike Batista, garantindo vaga na Williams. E, dependendo do desenrolar das coisas, numa visão otimista, Felipe Nasr e Luiz Razia também podem pintar no ano que vem. Se entrarem com grana, é claro.
6 de junho de 2012 at 19:02
bruno senna nao esta garantido ano que vem.luiz razia tem que ser campeao esse ano pra ter albuma chance.e nasr só em 2014
7 de junho de 2012 at 0:51
Tomara que não seja “too little, too late”, mas de qualquer forma foi uma ótima novidade.
Numa nota à parte, tanto o post como os comentários me deixam otimista, por não acharem que a Globo seja o demônio chifrudo causadora de todas as mazelas nacionais e internacionais incluindo a fome das criancinhas da África
11 de julho de 2012 at 1:03
Até hoje quando falo de f1 com algué o papo sempre vai para um brasileiro, quando não é o Massa é o tempo do Senna. Como não há nenhum brasileiro vencendo, a Globo está percebendo que precisa mostrar para o povão que F1 pode ser muito mais do que torcer por brasileiros.
Notei a mudança nas transmissões e gostei muito do ínicio 20 minutos antes da largada. O trabalho com as entrevistas no grid são muito bons. A Globo tem muito material de primeira arquivado a disposição para montar grandes matérias, é só soltar isso na mão do Reginaldo Leme que o resultado virá.