No ano passado, durante a pré-temporada, falei sobre o título de Christian Fittipaldi na Fórmula 3000 Internacional em 1991. Você pode ver os dois artigos aqui e aqui. Nestes dias encharcados de chuva e áridos de assunto, resta a este diletante escrever sobre o passado. Você conhecerá alguns detalhes sobre o título do calvo, simpático e sofredor Roberto Pupo Moreno na mesma Fórmula 3000 Internacional em 1988, o ano em que Henfil, Seu Madruga e Enzo Ferrari deram lugar neste vasto mundo a mim.
Muitos de vocês sabem que Roberto Moreno, trabalhando atualmente como empresário de jovens pilotos, foi campeão da categoria há vinte e quatro anos. Muitos de vocês sabem que ele ralou muito para chegar lá. Muitos de vocês sabem que ele não tinha patrocinador, sorte e cabelo. Pois eu mergulho de cabeça nos detalhes mais sórdidos e interessantes de uma das melhores temporadas que um piloto brasileiro já fez na Europa.
Fevereiro de 1988. Prestes a completar 29 anos, Roberto Pupo Moreno estava no Brasil exercitando seu franzino físico para a temporada de Fórmula 1 que começaria em abril. Moreno estava feliz e tranquilo. Após quase uma década de trabalho duro, idas e vindas, ele parecia ter finalmente conseguido uma sólida vaga de titular na Fórmula 1. É claro que a literalmente garageira AGS não era a melhor escuderia do planeta, talvez nem mesmo a melhor da vila de Gonfaron, mas tratava-se de um enorme privilégio para um piloto que não tinha dinheiro nem para a condução de volta.
Verdade seja dita, Roberto Moreno só se garantiu porque empreendeu alguns pequenos milagres na AGS. O suado ponto no Grande Prêmio da Austrália de 1987 foi apenas um deles. O outro foi acertar o carro que vinha sendo pilotado burocraticamente pelo francês Pascal Fabre até então. Graças aos seus conselhos, o tenebroso JH22 ganhou cerca de quatro segundos em apenas alguns quilômetros de testes.
O currículo de Moreno também chamava a atenção. Em 1987, ele terminou a temporada de Fórmula 3000 em terceiro, mas isso só aconteceu porque seu carro teve problemas em várias ocasiões enquanto ele liderava. Ganhou uma em Enna-Pergusa em alto estilo, saindo da oitava posição até a primeira ultrapassando todos os seus concorrentes sem dó. Fora isso, ele já havia sido vice-campeão de Fórmula 2 e teve também uma passagem bastante razoável na Indy. O que mais faltava para ele correr na Fórmula 1?
Dinheiro. Moreno só disputou a Fórmula 3000 em 1987 porque sua equipe, a Ralt Racing, tinha o apoio oficial da Honda e dispunha de verba o suficiente para poder empregar pilotos sem ter de mendigar patrocinadores. Na AGS, o carioca garantiu a vaga por meio do apoio da grife El Charro, que financiava toda a estrutura e ainda enfeava o bólido com uma nauseabunda pintura vermelha e branca. A casa começou a cair quando a El Charro decidiu pular fora da canoa furada da AGS.
Durante o mês de janeiro de 1988, Moreno esteve em sua casa no Brasil e estranhou o fato de ninguém da AGS ter ligado para falar qualquer coisa. As coisas permaneceram iguais em fevereiro e ele decidiu ligar para Henri Julien, o dono da equipe. Soturno, Julien disse que Roberto deveria voar para a França urgentemente para conversar. Até mesmo a passagem aérea o chefe custearia. Preocupado, Moreno viajou para a Europa apenas para receber a péssima notícia.
Seu contrato com a AGS para 1988 teve de ser cancelado. A equipe passava por sérias dificuldades financeiras, não tinha um grande patrocinador e precisava de alguém que trouxesse dinheiro para a estrutura, que só contaria com oito pessoas. No dia 17 de fevereiro, o francês Philippe Streiff foi anunciado como seu substituto. Streiff, que já havia competido pela equipe nos tempos da Fórmula 2 e da Fórmula 3000, retornava com os francos da Elf, da água mineral Tennen e da construtora Bouygues. Fora isso, ele já tinha razoável experiência na Fórmula 1 e era um filho da França.
Moreno acabou voltando à estaca zero. Faltava pouco mais de um mês e meio para o início do campeonato e as vagas estavam quase todas fechadas. Havia ainda uma na Tyrrell, disputada por um batalhão de gente. No fim, quem pegou esta última vaga foi uma zebra, o inglês Julian Bailey, que vendeu boa parte do seu patrimônio pessoal apenas para comprar o lugar. O anúncio da contratação de Bailey foi feito no dia 3 de março. Isso significava que Roberto Moreno, salvo algum milagre ou desastre alheio ocorresse, estava fora da temporada de 1988 da Fórmula 1. A filhinha Andressa não poderia ter nascido em uma época mais difícil, não?
O que fazer agora? Março de 1988 foi um dos meses mais alucinados da carreira de Roberto Pupo Moreno. Em uma antiga entrevista para o Grande Prêmio, ele detalhou bem como foi esta fase. Portanto, faço um resumo aqui. Moreno não deixou o sonho da Fórmula 1 de lado. Aos 29 anos recém-completados, ele ainda acreditava que poderia fazer mais um ano na base. Portanto, que venha mais uma temporada na Fórmula 3000 Internacional!
Roberto seguiu para a Inglaterra e foi atrás das equipes da categoria, que se concentravam por lá. Ele já havia feito dezesseis provas nos últimos três anos e os donos de equipe gostavam muito de seu trabalho. O problema é que, naquela altura, boa parte das melhores vagas já estava fechada. A Fórmula 3000 teria quase quarenta carros inscritos em 1988, mas a grande maioria deles já tinha dono. O heroico brasileiro teria de correr se quisesse se garantir.
Havia três equipes que pareciam interessadas. Juro que sabia o nome de uma, mas meu cérebro estúpido não colabora e eu fico devendo. Pupo foi à primeira: perda de tempo, talvez por exigir valores insensatos. Depois, foi à segunda: quase deu certo. A terceira era a Bromley Motorsport.
Bromley? Pelo que eu entendi, a Bromley Motorsport era o braço esportivo da Bromley Meats, um frigorífico inglês. Não tenho informações maiores sobre isso, então permaneço com esta versão. Sediada na cidade britânica de Litchfield, a Bromley foi criada por gente da antiga Fórmula 5000. Ela disputava a Fórmula 3000 desde 1986 e nunca havia conseguido resultados muito relevantes. Em compensação, poderia se orgulhar de ter empregado nomes como Volker Weidler e Eliseo Salazar, se é que dá para se orgulhar disso.
O relacionamento entre Moreno e a Bromley havia começado em 1986. Naquele ano, o brasileiro estava disputando sua segunda temporada na Indy pela Galles, mas ainda pensava na Fórmula 1. Ao mesmo tempo, a Bromley estava insatisfeita com Volker Weidler, que não estava andando bem e ainda não pagava o suficiente. Pouco antes da etapa de Birmingham, Moreno e o dono da Bromley, Ron Salt, conversaram e fizeram um acordo no qual o brasileiro disputaria apenas aquela corrida, que seria a primeira realizada em uma pista de rua na história da Inglaterra. Afinal de contas, o carequinha precisava terminar a temporada da Indy.
Moreno deu as caras, bateu forte de traseira em um dos treinos, lesionou as costas, conseguiu classificar-se para a largada, passeou com seu Ralt nas ruas encharcadas de Birmingham e terminou em décimo. O melhor, no entanto, foi ter batido um papo com seu ex-chefe de equipe Ron Tauranac, que era dono da Ralt. Surpreso com o retorno do brasileiro à Europa, Tauranac decidiu dar-lhe uma oportunidade para voltar a correr na Fórmula 3000 em 1987. Mesmo assim, o bom relacionamento com a Bromley foi mantido.
Voltando a 1988, Roberto Moreno apostava em dois trunfos nas negociações com a Bromley. O primeiro, óbvio, era o seu relacionamento prévio com a equipe. O segundo era Gary Anderson, diretor técnico da equipe. Vocês conhecem este nome, que chegou a ser um dos astros da Stewart na temporada de 1999 na Fórmula 1. Anderson havia trabalhado com Roberto Moreno na Indy e os dois foram juntos àquela corrida de Birmingham. Só que ao contrário do brasileiro, o engenheiro acabou permanecendo por lá, pois não estava disposto a continuar longe do seu Reino Unido para conviver com os obesos ianques.
A Bromley estava interessadíssima em contar com Moreno, que também não achava ruim correr para eles novamente. O que pegava era o dinheiro, como sempre. A equipe inglesa era minúscula: havia o chefe Ron Salt, o engenheiro Gary Anderson, dois mecânicos, um caminhão e o motorista do caminhão. Só. A título de comparação, uma equipe de ponta chegava a contar com vinte funcionários. A verdade é que a estrutura não passava de uma coisa entre amigos.
Anderson era o elemento mais interessado em Moreno na equipe. Ele convenceu Ron Salt de que o brasileiro era a melhor opção para a equipe naquele momento. Só que Salt não podia se dar ao luxo de gastar dinheiro com um cara que já tinha currículo para exibir e família para alimentar. Então, o chefão propôs o seguinte: o piloto brasileiro não precisaria arcar com nada, algo notável em se tratando de uma categoria que costumava pedir cerca de um milhão de dólares por uma vaga em uma equipe boa. No entanto, ele também não receberia salário. Além disso, o acordo valeria apenas para as três primeiras corridas do campeonato, Jerez, Vallelunga e Pau. Por fim, mas não menos pior, Roberto Moreno seria encarregado de arranjar um carro e um motor.
É sério isso? Sim, era. Mas como Moreno arranjaria um carro completo tão rapidamente se ele não tinha dinheiro nem para o almoço? Sei lá. Gary Anderson confiava nos contatos e na inteligência de Roberto Moreno e achava que ele não teria dificuldades. Sem grandes escolhas, Pupo acabou aceitando todas as condições e correu atrás do que haviam lhe pedido.
Moreno bateu à porta da Ralt, uma das construtoras de chassis da Fórmula 3000 naquela época. Como ele havia corrido para a equipe oficial dela em 1987, achava que não teria grandes problemas para conseguir um carro. Mas a Ralt negou, pois a Bromley já havia feito uma encomenda poucos dias antes e como ela não tinha dinheiro sequer para esta encomenda, a manufatureira preferiu não arriscar a entregar um carro ao ainda mais pobre Moreno, que tentava conseguir o carro sem ter de pagar nada nos primeiros momentos.
Depois, Roberto foi a uma outra fabricante de chassis, mas eu não consegui descobrir qual. Ela até aceitou as condições bizarras do brasileiro e disse que poderia fornecer o chassi, mas só teria um disponível a partir da quinta etapa. Perder um terço do campeonato não valia a pena, então Roberto desistiu da conversa. Em seguida, foi à Reynard.
Em 1988, a Reynard estava debutando na Fórmula 3000 Internacional como fabricante de chassis. Naqueles belos e empoeirados tempos, as categorias de base permitiam a concorrência livre de chassis e motores. As então dominantes March, Lola e Ralt teriam na manufatureira de Adrian Reynard, que havia dominado todos os campeonatos menores até então, uma perigosíssima concorrente. Seu primeiro carro para a Fórmula 3000, o 88D, tinha um desenho bem mais moderno do que os bólidos dos concorrentes, que pareciam carregar tendências do passado. Ele foi desenvolvido por Adrian Reynard e Malcolm Oastler sobre a base do seu consagrado carro de Fórmula 3. Devido ao bom projeto e aos custos relativamente baixos, o 88D foi bem requisitado por várias equipes.
Moreno entrou na fábrica da Reynard e deu de cara com um 88D novinho em folha. Ele já tinha destino marcado: a Eddie Jordan Racing, que viria com uma estrutura de ponta para a temporada de 1988. Ele chegou e pediu um carro novo diretamente ao dono, Adrian Reynard. O britânico, obviamente, negou. Não compensava à fábrica produzir mais um carro, o que representaria mais gastos e provavelmente não mudaria muita coisa em termos de resultados, ainda mais em se tratando de uma equipe pobre como a Bromley. Não e ponto final.
Pupo saiu da fábrica desconsolado. Chorou um bocado, entrou no carro, parou em uma cabine telefônica, ligou para a Bromley e disse que havia fracassado. A equipe, que também estava correndo sérios riscos, disse para ele dar um jeito e tentar outra solução. Moreno, então, decidiu voltar à Reynard. Comprou um casaco, passou a noite dentro de um carro e retornou à fábrica de Adrian Reynard no dia seguinte. Desta vez, ele teria um plano diferente.
Roberto queria falar com o representante de vendas, Rick Gorne. Ele foi bem recebido, chegou batendo a mão na mesa e fez a proposta sem delongas: quero comprar um carro. Animado, Gorne iniciou uma longa conversa e as negociações fluíram sem dificuldades. No final da reunião, o funcionário perguntou como seria feito o pagamento. “Não tenho dinheiro”, respondeu um constrangido Roberto Moreno.
Como é? Então você me fez perder toda a tarde negociando para dizer que não tinha um puto? Và à merda, brasileiro caloteiro! Pouco tempo antes, o então presidente José Sarney havia decretado moratória e a imagem do país não era lá das melhores. Moreno voltou à sala de espera, pensou um pouco e retornou à sala de negócios. “Tenho uma saída”.
Ligou para um certo amigo no Brasil que havia acabado de ser tricampeão do mundo e explicou a ele toda a situação: a perda de um lugar certo na Fórmula 1, o retorno à Fórmula 3000, a necessidade dele mesmo arranjar um carro e um motor para sua equipe e a total pindaíba. O tal amigo pediu para falar com Rick Gorne, os dois trocaram algumas palavras e o inglês turrão desligou o telefone minutos depois. OK, por 50 mil dólares, você pode levar o carro. Ufa! O que Gorne não sabia é que Moreno pretendia disputar apenas três corridas.
PS: As intervenções em negrito foram feitas por Moreno. Ele fez outras também, mas elas ficarão para a entrevista.




17 de janeiro de 2012 at 2:09
Excelente tópico sobre um dos melhores pilotos brasileiros de todos os tempos.
Sempre acho interessante essas histórias de um automobilismo um pouco mais garageiro e sujo de graxa.
Ansioso pela parte II.
18 de janeiro de 2012 at 19:06
Obrigado pelo elogio …
17 de janeiro de 2012 at 2:59
Um dos meus grandes ídolos. Lembro da entrevista no Grande Prêmio e lembro de ter lacrimejado bastante, a melhor entrevista que já li. Esse sim merecia um filme…
18 de janeiro de 2012 at 18:57
O livro ja esta sendo escrito… filme seria um sonho…
24 de janeiro de 2012 at 0:15
Quando sai o livro?
17 de janeiro de 2012 at 11:19
Esse amigo do Pupo moreno seria Piquet ?
18 de janeiro de 2012 at 19:08
Foi ele sim, mas nao o vejo como amigo pois somos muito diferentes, o considero como se fosse meu irmao mais velho…
17 de janeiro de 2012 at 12:51
Conhecia essa história.
Grande Moreno.
O próximo post vai ser foda…
18 de janeiro de 2012 at 19:10
este e so um pedaco do livro que ainda vai sair assim que o meu escritor Marcio Madeira consiguir tempo para termina-lo…
17 de janeiro de 2012 at 13:41
Roberto Moreno deve ser o primeiro piloto a ter fãs mesmo pilotando mulas mancas como Coloni, Andrea Moda e Forti Corse. Fez milagres, mas nunca foi visto com bons olhos por equipes grandes.
17 de janeiro de 2012 at 17:39
E quando pegou um carro mediano (Benetton), foi chutado pelo Briatore pra dar vaga pro Schumacher…
Lembro principalmente quando ele voltou pra Indy e quase ganhou o título de 2000, com o carro laranja da Patrick com o patrocínio da Visteon. Brigou até o final com o Gil e com o Adrián Fernandez.
18 de janeiro de 2012 at 19:04
o que me fez brigar tanto por estas equipes era o fato que mesmo sem condicoes de vencer um campeonato eu estava vencendo na minha profissao e na minha vida… com a ajuda de amigos eu tive sucesso numa profissao de mais de 38 anos e sempre fiz o que amo na vida…
18 de janeiro de 2012 at 19:23
Eu vejo a Benetton mais positivamente que voce, na verdade ela me deu a oportunidade de disputar com um carro competitivo e mostrar de mostrar algum resultado depois de termos desenvolvido o carro do Barnard… O chumi pegou o carro ja bom e quando trocou os pneus no ano seguinte foi cada vez melhor… que bom que eu colaborei um pouco com o sucesso dele…
20 de janeiro de 2012 at 0:20
Moreno, ídolos não são feitos de títulos, mas de valores como a garra, a persistência e a paixão pelo trabalho que realizam. Parabéns pela sua trajetória.
18 de janeiro de 2012 at 19:14
Nao ter classificado o Lotos em 82 me atrapahou muito, como demorei muito para dar a volta por cima e ter outra oportunidade pela porta dos fundos e voltar a uma equipe boa na F1, acabei chegando meio velho para ser considerado um futuro na F1…
20 de janeiro de 2012 at 17:46
Moreno (rapaz, eu to falando com Roberto Pupo Moreno, que emoção) , naquela época, qualquer um não se classificava. Até Senna não conseguiu se classificar em 84. Mas se não foi esse seu DNQ.
17 de janeiro de 2012 at 16:53
Esse é um cara que, provavelmente, todo leitor do Verde gostaria de sentar numa mesa de bar e papear sobre essas histórias aí. Mítico! E, muitas vezes, “idolatramos” um pessoal de equipes pequenas e tal por gostar das histórias de gente caricata, algo meio debochado. Mas com o Moreno – pelo menos é assim comigo -, é diferente. Admiro ele de verdade, sua história, superação etc.
Parte II logo!!!
18 de janeiro de 2012 at 19:05
e facil quando amamos o que fazemos…
17 de janeiro de 2012 at 20:02
e o mais engraçado é q quem ve o moreno por ai não diz q ele fez tudo isso..simples pra caramba
e a história dele daria um belíssimo filme..pena q a mídia não da atenção aos grandes pilotos q infelizmente não tiveram títulos..
18 de janeiro de 2012 at 19:15
E que o importante e a F1 que todos assistem…
20 de janeiro de 2012 at 1:21
pois é Moreno,o relevante muitas vezes é posto de lado apenas pelo glamour q a mídia cre q ainda existe..enfim..
parabens pela tua carreira,pela tua simplicidade.vi q vc respondeu a maioria dos comentários aki no blog.Isso prova mais uma vez o grande ser humano q você é,e quanto merece o status de ídolo que tem com os “pesquisadores” de automobilismo.
Falo da tua simplicidade com o mínimo de vivencia,pois acompanhei mais ou menos de perto uns dias de trabalho teu junto com o Lucas Foresti e o pessoal da Cesário.Interessante ver o clima descontraído entre vc e os mecânicos,e o profissionalismo,quase paternal até,da sua relação com o Lucas.
Parabens Moreno,com certeza a sua trajetória de garra e perseverança serve de exemplo para todos nós.
17 de janeiro de 2012 at 23:31
belo texto!!!!!!
18 de janeiro de 2012 at 19:16
Obrigado pelo apoio…
18 de janeiro de 2012 at 1:28
O Roberto Moreno para mim representa o que é a essência do automobilismo: a vontade de correr!
18 de janeiro de 2012 at 19:17
mais do que isso, e vontade de viver e vencer na vida…o automobilismo foi so um meio para vencer na vida…
18 de janeiro de 2012 at 18:55
Obrigado pela lembranca… vc me tirou lagrimas em relembrar este episodio quase impossivel de ser realizado mas que com paixao, amor e muita forca de vontade de vencer na vida o quase impossivel virou realidade… se quizer conversar sobre a parte II em detalhes e so me mandar teu telefone fixo no meu email qu eu te ligo daqui da Florida…Abs Pupo
18 de janeiro de 2012 at 20:47
Já conhecia a história e o Moreno virou ídolo mesmo eu sendo novo demais pra tê-lo visto correndo. E ainda ver o cara aqui comentando num texto do blog de um amigo é uma felicidade tremenda! Parabéns Leandro e parabéns Roberto!!!!
18 de janeiro de 2012 at 22:24
Conheço a história, mas com certeza lerei a parte II. Roberto Moreno é com certeza um dos pilotos mais subestimados da história: tivesse ele tido o aporte que o Pedro Paulo Diniz teve a carreira toda, talvez a história dele fosse diferente. Ainda bem que, mesmo jovem, pude o ver (Mesmo sem entender muito bem) na CART e Champ Car.
Mas considero o maior feito do Moreno ter se classificado de Andrea Moda em 1992.
18 de janeiro de 2012 at 23:15
Sempre fui fã do Moreno, exemplo de profissional, de pessoa…. sempre torci por ele tanto na Champ tanto na formula 1 eu o considero um dos mais injustiçados pilotos. porque talento e força de vontade ele tinha de sobra.
19 de janeiro de 2012 at 0:13
Moreno, vc pretende voltar a correr? Vc é um dos meus ídolos no esporte, torci muito por vc especialmente durante a fase em que esteve na Indy. Esses dias tava revendo suas corridas. Por que nao houve continuidade da Patrick, ou em outras como Newmann Haas ou PacWest?
19 de janeiro de 2012 at 0:20
Será que é o Roberto Moreno mesmo que escreveu?
19 de janeiro de 2012 at 11:35
É ele mesmo! Estamos falando por e-mail.
19 de janeiro de 2012 at 1:05
Barrichello sempre foi meu maior ídolo, com o Moreno em segundo. Vibrei com aquele pódio em Suzuka (saudade dos meus 8 anos…hehe), vibrei demais com a classificação com a Andrea Moda…mas o pódio de Michigan em 96 me fez chorar (escondido do meu vô…hehe).
Teve uma sequencia de corridas dele pela Pacwest que foi fantástica também….o carro era ruim e ele vinha das últimas posições para, com a tática cert, chegar consistentemente entre os primeiros. Fabuloso! Pena que o carro “top” tenha vindo já tão próximo do final, em 2000. Se ele ganha um carro daqueles 10 anos antes, seria um dos maiores da história da Indy. E cá entre nós, ele é um dos maiores pilotos da história. Seus feitos são inigualáveis, por mais que sejam invisiveis ao grande público.
PS: Foi a melhor entrevista da história do Grande Prêmio. Até porque é o entrevistado que tem mais história para contar, mais que Senna, Piquet, Fittipaldi e qualquer um…e as histórias mais lindas. É o cara com quem realmente podemos nos identificar, é o pobre que batalhou para chegar a algum lugar.
19 de janeiro de 2012 at 11:04
Todos que conhecem pelo menos um pouco da história do Moreno sabem quão importante e digno ele foi para o automobilismo e para o esporte brasileiro como um todo.
Obrigado, Moreno, por todas as alegrias e sua enorme dedicação e coragem, que servem como exemplo de vida para todos nós!
19 de janeiro de 2012 at 14:32
Ainda me lembro da minha alegria pela vitória dele em Portland na fórmula mundial, aquela prova foi alucinante, c/ aquela louca primeira curva, muito show
19 de janeiro de 2012 at 14:33
Portland não, Cleveland
19 de janeiro de 2012 at 17:00
Aquela entrevista ao Grande Prêmio foi sensacional, e esse texto aqui não fica atrás… que história, que história! Fiquei arrepiado de ver o próprio Moreno comentando os posts aqui, agradecendo… muito bonito. Inconscientemente mudei meu pano de fundo na área de trabalho colocando uma foto do Moreno com a Patrick em 2000.
19 de janeiro de 2012 at 19:50
Eu aprendi mto com o Moreno vendo a batalha dele, aprendi mta coisa para usar como lição de vida, aprendi a sempre tentar fazer o melhor com o que se tem. seja bom ou ruim, sempre temos de tentar contornar as dificuldades.
É um cara que sou mto fã e admiro mto.
obrigado por tudo que ensinou aos Fãs do Automobilismo.
19 de janeiro de 2012 at 20:55
Só vi, na minha vida, dois caras serem aplaudidos por todo o pitlane, após uma vitória:
Rubens Barrichello, quando voltou a vencer em 2009, pela Brawn, o GP de Valência e Roberto Pupo Moreno, quando venceu pela primeira vez na Indy, em Cleveland em 2000.
Valeu Graaaaaaaaaaaaaaaaaaande Roberto Moreno!!!!
19 de janeiro de 2012 at 22:21
Grande Pupo Moreno! O Operário da Velocidade! Você quase me fez chorar também naquela dobradinha com o Piquet no Japão, rapaz! =D
Com teu conhecimento profissional, nunca pensou em assumir uma função técnica dentro do automobilismo?
Grande abraço!
20 de janeiro de 2012 at 8:17
cara, que emocionante!!
grande abraço ao verde, futuro melhor reporter esportivo do país!!!
grande abraço ao moreno, peça importantíssima da velocidade nacional!!!
20 de janeiro de 2012 at 12:44
Aprendi a gostar de automobilismo em uma vitória desse cara. Cleveland 1999. Estava na casa da minha vó, com todo mundo assistindo o Faustão e eu numa tv com rádio am ( Vocês se lembram delas? Pequenas e pretas e brancas. ) assistindo essa corrida na record. Emocionante a chegada e a comemoração.
Como o acompanhei no fim da carreira, essas histórias lembradas pelo Verde só destacam ainda mais a qualidade deste piloto. Parabéns pelo texto Verde. E Moreno, pela carreira.
20 de janeiro de 2012 at 14:51
Além de todos os feitos que o Moreno fez no automobilismo, indo além das condições que lhe eram impostas (pontuar com uma AGS – a HRT da época – classificar com uma Andrea Moda, conseguir bons resultados com a Benetton, como o pódio na primeira prova, e a melhor volta na última), um feito pouco mencionado, e mais recente, ocorreu na sua última participação na Indy 500: ele ia correr para uma equipe patrocinada pela companhia de táxis de NY, que o deixou na mão. Nos treinos, um piloto se acidentou e ele foi convidado ali, às vésperas do Bubble Day (ou Bump Day). Praticamente sem treinar, em uma equipe de fundo de quintal, aos 50 anos, ele foi lá e colocou o carro na frente de uns 3 ou 4, de equipes estabelecidas na Indy. É alguém que é ídolo por isso: porque conseguiu tirar leite de pedra, sempre que teve poucas (e raras) oportunidades. Valeu pelo exemplo!
20 de janeiro de 2012 at 18:51
Bah, cara, que coisa foda!
Quando Moreno atingiu seu auge na F1, eu tinha apenas meses de vida. Fui saber se sua história lendo aqui, no GP, em jornais velhos, na internet e vendo vídeos para conhecer sua história. Na CART, embora já tivesse idade, não acompanhava à época – maior pecado.
É um cara que aprendi a admirar mesmo sem ter vivenciado sua carreira. Daí eu o vejo comentando aqui e sinto a emoção perdida ao não poder tê-lo acompanhado nas pistas.
Que caráter sensacional! Que foda seu blog, Verde! Lembro de tu postando resumos sobre a temporada de 1993 da F-3000 no Orkut e agora tu tem um blog capaz de chamar Ricardo Rosset e Roberto Pupo Moreno.
Como o amigo disse ali em cima, esse é o tipo de piloto que qualquer um aqui gostaria de passar horas num bar proseando
20 de janeiro de 2012 at 21:31
Estou tendo a honra de escrever a biografia do Roberto, e faço eco aos comentários aqui postados. O cara é realmente um exemplo de ser humano, além de ter sido um piloto fenomenal.
Parabéns Leandro, pelo blog e pelo nível dos leitores.
21 de janeiro de 2012 at 14:25
Olá Márcio!! Já tem previsão de quando sai a biografia do Moreno? Essa eu não deixo de ler por nada. Abraço!
23 de janeiro de 2012 at 9:42
Grande Moreno, o MacGyver das pistas!
Por um mundo melhor***
25 de janeiro de 2012 at 0:44
Apanhei a história a meio (comecei pela parte II) … e tenho de te tirar o chapéu, Verde! É uma excelente história. E ainda mais, ter uma lenda do automobilismo – sim, digo isto com todas as palavras! – a colaborar contigo, é simplesmente maravilhoso.
E vai aparecer uma biografia do Pupo Moreno? Ótimo, vou comprar!
27 de janeiro de 2012 at 17:02
Um grande piloto com uma grande carreira, pois a carreira é um conjunto de atitudes, dedicação e de batalhas. E que batalhas incríveis Pupo Moreno realizou durante sua longa carreira de piloto profissional! Grande caráter! Baita piloto! Extremamente profissional! Talentosíssimo! Brasileiro com “B” maiúsculo! Obrigado, Moreno!
10 de fevereiro de 2012 at 3:39
Noite insone com uma ótima leitura feita, e com a ilustre presença do próprio. Valeu pelas postagens, Verde, e parabéns pela carreira, Moreno!
31 de maio de 2012 at 9:22
Parabéns Pupo Moreno você é uma unanimidade entre os pilotos, pois você tem postura de piloto, que respeita o colega de profissão, não é como alguns pilotos que eu conheço que só fica falando mal do fulano e sicrano, a chamada guerra psicológica …..Moreno o que te atrapalhou foi o teu bom caráter, aliás o mesmo problema que o Gulgelmin teve, ótima educação. Tem que falar mal dos colegas… chamar de Banana, Gay, idiota, que tem mulher feia, de velho gaga etc… pra desestabilizar os adversários.