SEBASTIAN VETTEL – 10 – Quem achava que ele já não era mais capaz de dominar um fim de semana como no início do ano estava simplesmente errado. Após três corridas na secura, o jovem alemão venceu de maneira impecável. Marcou uma bela pole-position quando o cronômetro já estava encerrado e quando seus pneus macios já não estavam nas melhores condições. Na corrida, largou mal devido às bolhas dos compostos e teve de parar na quinta volta para trocá-los. Oito voltas depois, quando o safety-car entrou na pista, parou novamente para utilizar os pneus mais duros. Além de ter sido preciso na estratégia, fez boas ultrapassagens, tomou a liderança e não foi incomodado por ninguém. Corrida de futuro bicampeão mundial.
MARK WEBBER – 7,5 – Não achei o resultado final tão ruim. Tudo bem, Mark não largou na primeira fila, mas não dá para esperar muito dele. Na corrida, largou absurdamente mal como de costume e decidiu fazer sua primeira troca de pneus na terceira volta. A partir daí, as coisas melhoraram drasticamente. Na volta 9, fez a ultrapassagem mais legal do ano sobre Alonso na temida Eau Rouge, mas tomou o troco na volta seguinte. Após o safety-car, ficou um tempo atrás do espanhol, mas conseguiu tomar a segunda posição quando os pneus da Ferrari estavam no fim.
JENSON BUTTON – 10 – Que corrida foda. Não há como dar nota menor a alguém que sobe de 13º para o pódio sem depender de muitas quebras ou da chuva. Na classificação, o mau resultado se deveu a um erro de comunicação com a equipe, já que ele acabou não conseguindo fazer uma volta rápida no melhor momento na pista. Na largada, acabou sendo atingido por um monte de peças voadoras e ficou sem retrovisor. Depois de tantos problemas, o fato dele ter ganhado um monte de posições na segunda metade da prova pode ser considerado, no mínimo, impressionante. Utilizar pneus macios no final certamente ajudou, mas só um Jenson Button conseguiria por em prática esse tipo de estratégia.
FERNANDO ALONSO – 8 – Mesmo que não pareça, fez uma corrida muito boa. Não foi bem no treino classificatório, mas compensou pilotando feito um maluco nas primeiras voltas. Ao voltar de sua primeira parada, foi surpreendido com uma belíssima ultrapassagem de Webber na Eau Rouge, mas deu o troco na volta seguinte. Após o safety-car, estava na segunda posição, mas acabou tendo problemas com os pneus e perdeu rendimento até o final.
MICHAEL SCHUMACHER – 10 – Fez uma de suas melhores corridas na vida e comprovou, para mim, que é melhor que Nico Rosberg até mesmo estando velho e babão. No treino classificatório, perdeu uma roda de maneira patética no Q1, bateu e teve de largar em último. Na corrida, já começou ganhando dez posições na primeira volta. Não satisfeito, continuou ultrapassando todo mundo até chegar na quinta posição. Seu companheiro, que chegou a completar a primeira volta na liderança, terminou 1s2 segundo atrás. Melhor maneira de comemorar os 20 anos de sua estréia, impossível.
NICO ROSBERG – 8,5 – Mesmo assim, não consigo dar nota baixa ao filho do Keke, que também andou muito bem em Spa. Começou bem no treino classificatório, quando fez um ótimo quinto tempo. Na corrida, deu uma de Ayrton Senna em Donington Park e ultrapassou os quatro rivais à frente até o fim da reta Kemmel. Depois, fez de tudo para atrapalhar a vida dos carros mais rápidos e conseguiu, principalmente no caso de Felipe Massa. Enfim, finalmente realizou uma corrida agressiva. Mas é impossível negar que não foi legal ter terminado atrás do companheiro que largou em último…
ADRIAN SUTIL – 8 – Não foi nem um pouco bem no treino classificatório, mas deu uma sorte do caramba na corrida, e isso é o que importa. Partindo da 15ª posição, ele ganhou algumas posições na primeira volta e se aproveitou dos pit-stops prematuros dos pilotos mais à frente para se dar muito bem. Quando o safety-car entrou na pista, Adrian espertamente entrou nos pits para fazer sua primeira parada sem perder tanto tempo. Com isso, conseguiu ficar na sexta posição no recomeço da corrida. Terminou em sétimo e saiu no lucro.
FELIPE MASSA – 3 – Realmente, não dá para entender o que aconteceu depois da primeira volta. No Q3 da classificação, fez um ótimo quarto tempo. Após as luzes vermelhas, largou bem e chegou a ameaçar a segunda posição. Depois disso, não só não conseguia atacar quem vinha à frente como também sucumbiu facilmente a quase todos que vinham atrás. No final, ainda teve um pneu furado e teve de fazer uma parada extra. Não é este o Felipe Massa arrojado e inconseqüente que nos acostumamos a ver.
VITALY PETROV – 6 – Dois bons pontos para alguém que não teve o melhor fim de semana de todos. Na sexta-feira, teve problemas em uma das sessões e não conseguiu marcar tempo. No sábado, ficou três posições atrás de Bruno Senna no grid. Na corrida, não fez nenhuma bobagem e também não chamou a atenção em momento algum, embora parte desta apatia seja justificada por um problema de freios no final. Corrida normal.
PASTOR MALDONADO – 6,5 – Até que enfim, hein? O venezuelano finalmente fez seu primeiro ponto na Fórmula 1. E o conseguiu após uma boa corrida. No sábado, além de ter ido mal, ainda jogou seu carro sobre o McLaren de Hamilton no fim do Q2 e, com isso, acabou perdendo cinco posições no grid. Silenciosamente, ganhou posições na largada e também durante a corrida. Não sei mais o que dizer sobre ele, mas o fato é que ele terminou à frente de pilotos com carros bem melhores que o seu FW33. Muito bom.
PAUL DI RESTA – 4 – Depois de um excelente fim de semana na Hungria, voltou a ter os probleminhas de sempre. Mesmo pilotando um carro razoável, foi mal no treino classificatório e sobrou no Q1, chegando a ficar atrás do Lotus de Kovalainen. Na largada, acabou se envolvendo em uma batida com Glock e ficou com o bólido avariado. Depois, ainda teve de atrasar seu pit-stop no momento do safety-car e perdeu muito tempo. Não fosse isso e ele até poderia ter marcado pontos. Mas bem que ele poderia ter largado um pouco mais à frente, né?
KAMUI KOBAYASHI – 3,5 – Faz tempo que não consegue fazer uma boa corrida. No treino classificatório, ao contrário de seu companheiro, sobrou no Q2. Na corrida, seu melhor momento foram as primeiras voltas, nas quais ele conseguiu se estabelecer entre os dez primeiros. No entanto, tudo mudou na volta 13, quando ele acabou sendo tocado por Hamilton, que se descontrolou e bateu com tudo no guard-rail. Kamui seguiu em frente, mas nunca mais conseguiu andar perto dos pontos.
BRUNO SENNA – 7,5 – Ganhará um post amanhã. Dessa vez, um post positivo. Devo dizer que o brasileiro me deixou emudecido após seu desempenho no sábado. Na sexta-feira, ele já havia andado razoavelmente bem. No sábado, no entanto, o sobrinho sempre esteve muito rápido e conseguiu se qualificar em uma brilhante sétima posição no grid, três posições à frente do companheiro Petrov. A corrida, de fato, não foi boa. Bruno perdeu o ponto de freada na largada e acertou violentamente o carro de Jaime Alguersuari. Com isso, foi punido e caiu lá para o fim do grid. A partir daí, ele só poderia tentar ganhar quilometragem e algumas posições. Conseguiu. Honestamente, fico feliz por ver um piloto calando minha boca. Que consiga fazer um bom trabalho em Monza.
JARNO TRULLI – 6,5 – Teve um fim de semana bastante razoável. No treino classificatório, fez o nada de sempre, mas tudo bem. Na largada, foi abalroado pelo companheiro Kovalainen, que tentou evitar bater em Di Resta. Mesmo com o assoalho danificado, o italiano conseguiu manter um bom ritmo durante a corrida. Até algumas voltas para o fim, havia um Williams e um Renault atrás dele. Nada mal.
HEIKKI KOVALAINEN – 6,5 – Também andou direitinho. No treino de classificação, deixou Paul di Resta para trás e conseguiu participar do Q2, o que é notável para sua equipe. Na largada, tocou em Jarno Trulli e perdeu o bico do carro. Mesmo assim, não desistiu e ganhou um bocado de posições. Sabe-se lá como, finalizou a prova à frente de Barrichello.
RUBENS BARRICHELLO – 3 – Fez o de sempre. O detalhe negativo é que seu companheiro Maldonado conseguiu marcar um bom ponto, o que fará Frank Williams ponderar se é realmente um bom negócio manter o brasileiro em 2012. Largou da 14ª posição e até chegou a andar entre os dez primeiros, mas perdeu muito tempo com Nico Rosberg e acabou ficando longe de qualquer possibilidade de pontos. No fim, ainda bateu em Kobayashi e teve de trocar o bico. Ficar atrás dos dois Lotus não estava nos planos.
JERÔME D’AMBROSIO – 4 – Correr em casa, no caso dele, não muda nada. Em sua posição, uma corrida boa é aquela em que seu companheiro termina atrás. Para sua felicidade, foi exatamente isso que aconteceu. No treino classificatório, chegou a correr sério risco de ficar de fora dos 107%, mas se safou. Na corrida, sobreviveu aos incidentes e chegou ao fim.
TIMO GLOCK – 2,5 – No treino oficial, o de sempre: uma espécie de limbo, em que ele fica muito atrás da Lotus e muito à frente do companheiro de equipe. A corrida não prometia muita coisa, mas não havia necessidade dele bater com tudo em Paul di Resta na La Source, o que lhe rendeu uma bela punição. Após o incidente, restou a ele ultrapassar Liuzzi e terminar em penúltimo.
VITANTONIO LIUZZI – 3,5 – No treino oficial, não conseguiu fazer um tempo dentro dos 107%, mas foi salvo pelo fato da chuva anular este limite. Largou muitíssimo bem e chegou a completar a primeira volta em 18º. Depois, como era de se esperar, despencou e terminou em último. Ao menos, terminou.
SERGIO PÉREZ – 5 – Tinha grandes chances na corrida após largar de uma excelente sétima posição, mas colocou tudo a perder na quinta volta, quando bateu na traseira de Sebastien Buemi e acabou sendo punido por isso. Após isso, ficou perambulando lá atrás até sentir a traseira de seu carro estranha e recolher para os pits.
DANIEL RICCIARDO – 6,5 – Continua mostrando muito talento. No treino oficial, andou no mesmo décimo de segundo do companheiro Liuzzi. Na corrida, partiu como uma bala na largada e chegou a estar à frente de sete carros no fim da primeira volta. Mesmo com o decorrer da prova, manteve-se à frente de carros mais velozes e abandonou quando estava em 15º. É um sujeito diferenciado.
LEWIS HAMILTON – 1 – O que esse cara tem na cabeça? Desconfio que a tal massa cinzenta dele, na verdade, é amarronzada e cheira mal. Isso o faz um dos sujeitos mais velozes do planeta – e também um dos mais estúpidos. Eu torço muito por ele, mas há momentos em que você simplesmente sente vontade de torcer seu pescoço. No treino oficial, mesmo tendo feito um ótimo segundo tempo, chamou a atenção por ter se envolvido em um acidente ridículo com Maldonado – outro tonto – no Q2. Na corrida, largou mal e se viu obrigado a recuperar posições. Após sua primeira parada, Lewis ultrapassou Kobayashi e, logo depois, se viu obrigado a se defender do japonês. Sem a menor noção, o inglês se colocou na mesma linha do japonês e os dois se tocaram. Hamilton bateu de frente no guard-rail com tanta força que até eu desmaiei. Como ponto positivo, admitiu a culpa, algo novo em sua vida.
SEBASTIEN BUEMI – 7 – Pelo que vinha fazendo até seu abandono, acredito que tinha boas chances de terminar entre os cinco primeiros. No treino oficial, embora tenha ficado bem atrás de Alguersuari, não foi mal e obteve o 11º lugar. No dia seguinte, largou maravilhosamente bem e pulou para a sexta posição logo no começo. E ficou por lá até Pérez tocar em sua traseira e tirá-lo da corrida.
JAIME ALGUERSUARI – 7 – Fiquei até meio chateado. Ele, que não costuma ir tão bem em treinos classificatórios, obteve uma impressionante sexta posição no grid e tinha tudo para fazer sua melhor corrida na vida. Infelizmente, foi atropelado por Bruno Senna na primeira curva e teve de abandonar.

29 de agosto de 2011 at 18:45
O Senna pilotou bem na qualificação,mas na corrida não foi a mesma coisa,mas a batida foi somente um acidante de corrida,mas acredito que o Senna pode pilotar melhor nos outros Gp´s.
29 de agosto de 2011 at 18:53
O Senna realmente se afobou. Experiência.
Vettel fez o fino. A Red Bull tem piloto pra muitos anos ainda.
Por fim, realmente Massa está irreconhecível e tomando um baile de Alonso.
Valeu
29 de agosto de 2011 at 19:16
O problema é que após cair para último, BS conseguiu apenas ultrapassar os carros das nanicas, não disputando em momento algum com carros de equipes melhores…
29 de agosto de 2011 at 21:52
Hamilton tava muito bração esse final de semana. Só fez merda do começo ao fim.
30 de agosto de 2011 at 11:08
Verde, vamos lá:
Não gostar de Pedro Paulo Diniz é aceitável, de Jean Pierre Frey, é lógico, chamar Luca Filippi de Luca Rubens, foi sadista, desvalorizar o ouro da Ferrari, Jules Bianchi foi compreensível. Ser amigo de Philippe Adams, intrigante, jogar pedras nas Genis, psicopata, mas…
Falar mal do Bruno, foi Lewiszista.
Veja por que, caro
No começo foi na Honda, perdendo o lugar para outro brasileiro. e o que acontece??? Na primeira prova o carro quase não larga, e repete isso outras vezes.
Outra, no inicio deste ano, Bruno vislumbrou um lugar na Renô, e ai??? Ai, um narigudo quase vai “prosiá” com Jota Cristo.
Outro piloto assume, e é tido como um cara de resultados, constante, mas…
Faz uma temporada “estrana”, se peleando com o novato, e no fim é defenestrado.
Depois Bruno assume, e acontece o que??
No treino: Falha no radio da McLaren, Schumacher e Alonso tendo azar!?!
Na corrida: Bate o carro em outro, e quem abandona, o Bruno? Não.
Teve também o caso de Hamilton ter esquecido o cerebro, safety car, e no fim, Rubens no boxe e mais uma posição na grelha.
Poderia seguir relatando mais algumas ocorrências, mas lhe pergunto:
Quando foi a última revisão nos freios de seu Corsa mesmo???
30 de agosto de 2011 at 11:15
2009. Depois que acertei o joelho de uma estudante, puta que o pariu.
30 de agosto de 2011 at 17:50
Provavelmente estava com o tanque cheio e os freios nao haviam atingido a temperatura ideal. E a estudante gostava de musica eletronica.
31 de agosto de 2011 at 11:41
Cara, o BS é pior que gato preto. cruzar na frente dele, da um azar violento, rs
31 de agosto de 2011 at 15:58
Kobayashi fez boa corrida, tanto que foi abalroado por uma Mclaren…em condições normais eles jamais se encontrariam na pista, mas a performance do Kobayashi permitiu isso.