LEWIS HAMILTON – 9,5 – Começou comendo quieto pelas beiradas, largando atrás do companheiro e ficando atrás dele no começo. Seu carro havia apresentado um indesejabilíssimo vazamento de combustível e ninguém lá na McLaren acreditava que ele pudesse chegar até o final. Mas chegou, e voando. Com pneus em melhores condições na segunda metade da corrida, Lewis passou um bocado de gente e partiu para sua primeira vitória desde Spa no ano passado.
SEBASTIAN VETTEL – 8 – Humilhou os colegas ao fazer sua pole-position em apenas uma volta no Q3, mas sua felicidade acabou por aí. Largou mal e, com isso, decidiu reduzir o número de paradas para duas de modo a não perder tempo. A princípio, a mudança até funcionou, mas o alemão se encontrou sem pneus na parte final. Com isso, foi engolido por Hamilton a cinco voltas do fim e teve de se contentar com o segundo lugar.
MARK WEBBER – 6 – Da água da privada para um Château Petrus, o australiano foi a vergonha do fim de semana até a primeira metade da corrida e a grande atração da segunda metade. No treino oficial, saiu coberto de paus e pedras após conseguir a proeza de sobrar no Q1 com um RB7. Na corrida, ficou preso no tráfego logo no começo, tomou uma ultrapassagem humilhante de Sergio Perez e desgastou demais os pneus duros. Com os macios, as coisas se inverteram e Webber saiu ganhando posições feito um louco no final. Terminou em terceiro, mas poderia ter vencido se houvesse mais umas três ou quatro voltas. Ainda assim, só ganhou nota acima da média pelo final espetacular.
JENSON BUTTON – 7 – Com a segunda posição obtida no treino classificatório, poderia sonhar com um grande resultado. Jenson largou bem e tomou a liderança na primeira curva, ficando por lá nas primeiras voltas. Depois, as coisas começaram a desandar. Primeiramente, ele conseguiu o feito de quase parar nos boxes da Red Bull, perdendo um bom tempo e uma posição para Vettel. Depois, teve problemas para administrar o consumo de pneus e perdeu o pódio para Webber no final da corrida. Ao contrário do australiano, ganha a nota pelo início do fim de semana.
NICO ROSBERG – 8,5 – Sem dúvida, um dos grandes destaques no fim de semana. Muito bem nos treinos, conseguiu uma ótima quarta posição no grid de largada. Na corrida, após quase tomar o terceiro lugar de Vettel na primeira curva, apostou em parar mais cedo para não pegar tráfego no retorno e assumiu a liderança de maneira notável. Após a segunda parada, no entanto, seu carro começou a ter problemas nos pneus, nos freios e no consumo de combustível. E ele acabou terminando em quinto. Injusto, pra dizer a verdade.
FELIPE MASSA – 7,5 – Outra boa corrida, talvez até melhor que a prova malaia. Largou imediatamente atrás de Alonso, mas ultrapassou o espanhol na primeira curva. Depois, manteve um bom desempenho, chegando a ultrapassar Hamilton e a assumir a liderança por alguns instantes. Mas a estratégia de fazer uma parada a menos deu errado e o brasileiro perdeu várias posições no final. Ainda assim, saldo positivo.
FERNANDO ALONSO – 5,5 – Para alguém que se supõe candidato ao título, fim de semana de bosta, acompanhando a mediocridade de seu carro. Razoável no treino oficial, perdeu uma posição para o companheiro Massa e ficou preso atrás dele no começo. Depois de sua primeira parada, ainda perdeu mais tempo atrás de Schumacher. E como sua estratégia também era a de duas paradas, o asturiano ainda perdeu mais tempo com os pneus desgastados no final da corrida. Sétimo lugar magérrimo.
MICHAEL SCHUMACHER – 6,5 – Aproveitando o bom de fim de semana da Mercedes na China, o heptacampeão também foi bem. No treino oficial, vacilou ao demorar para marcar um tempo competitivo no Q2 e se ferrou com a bandeira vermelha de Petrov, tendo de largar em 14º. Na corrida, ganhou cinco posições na largada e esteve sempre competitivo no meio do pelotão. Segurou Alonso por um bom tempo e conseguiu terminar em um bom oitavo lugar. Para o novo Schumacher, muito bom.
VITALY PETROV – 5 – Foi o malandrão dos treinos ao estacionar o carro no meio da pista no Q2, o que causou a interrupção do treino e prejudicou muitos adversários diretos seus. Na corrida, largou mal e não brilhou em momento algum. De quebra, ainda errou ao escolher a estratégia de duas paradas. Sabe-se lá como, terminou em nono.
KAMUI KOBAYASHI – 5 – Fim de semana praticamente normal para um cara sempre fora dos padrões. No treino oficial, ficou uma posição atrás de Perez. Na corrida, foi prejudicado por um toque que abriu um pequeno rombo no bico de seu Sauber. No final, estava sem pneus, mas conseguiu ultrapassar Paul di Resta para pegar o último ponto da corrida.
PAUL DI RESTA – 7 – Um dos destaque do treino oficial, obteve um ótimo oitavo lugar no grid de largada. Largou bem e tinha boas chances de conseguir terminar em sétimo ou oitavo, mas a estratégia de parar apenas duas vezes o deixou em maus lençóis no final da prova. Uma pena ter deixado de marcar pontos pela terceira vez seguida.
NICK HEIDFELD – 1,5 – Fez tudo errado e ainda não teve sorte, assim como em Melbourne. Na classificação, deixou para fazer sua volta nos últimos minutos e se deu muito mal com a bandeira vermelha de Petrov, ficando de fora do Q3. Na corrida, largou mal e ficou preso no meio do grid. Com o KERS quebrado, não conseguiu se recuperar. De quebra, ainda escolheu a errônea estratégia de duas paradas e ficou de fora dos pontos. Péssimo fim de semana.
RUBENS BARRICHELLO – 4 – O FW33 está ruim demais, e Rubens se desdobra para conseguir extrair algo a mais, mas está sendo quase impossível. Mal nos treinos novamente, o brasileiro se arrastou na corrida com um carro lento e uma equivocada estratégia de duas paradas. Seu 13º até lhe surpreendeu positivamente, já que a expectativa era terminar duas posições abaixo.
SEBASTIEN BUEMI – 3,5 – Só não leva menos por ter ido bem no treino oficial – embora tenha ficado atrás de Alguersuari. Na corrida, largou mal e não conseguiu se recuperar. De quebra, além de ter escolhido erradamente fazer duas paradas, teve de parar para uma terceira para trocar o bico. Como consolação, se é que isso vale alguma coisa, foi o único piloto de sua equipe a chegar ao final.
ADRIAN SUTIL – 4 – E o Sutil, cadê ele? Levou do novato Di Resta pela terceira vez consecutiva, e dessa vez a distância entre eles foi até maior. Não foi mal no treino oficial e até largou bem, mas teve problemas com os pneus e ainda foi atingido por Perez. Não fosse tudo isso e ele até poderia ter terminado entre os dez primeiros, mas está na hora de começar a acelerar um pouco mais. A surra que o alemão deu em Christijan Albers em 2007 poderá se voltar contra ele próprio nesse ano.
HEIKKI KOVALAINEN – 8 – Certamente, o grande destaque entre os pilotos de trás. Além de ter sido o mais rápido entre as nanicas no treino oficial, o finlandês deu show na corrida. Largou bem, deixou o Williams de Pastor Maldonado para trás e ganhou mais uma posição do punido Perez. Terminou à frente de sete carros, algo inédito em sua passagem pela Lotus.
SERGIO PÉREZ – 3,5 – Ando tendo a impressão de que será um ímã de problemas nessa temporada. Na corrida chinesa, o mexicano bateu em Sutil, arranjou problemas para os dois pilotos e tomou uma punição pela gracinha. Até então, não vinha fazendo um grande fim de semana, embora tenha superado Kobayashi na classificação e tenha optado pela boa estratégia de três paradas. Terminar atrás da Lotus não estava nos planos.
PASTOR MALDONADO – 2,5 – Outro fim de semana terrível. Acompanhando o péssimo ritmo de seu carro, foi muito mal nos treinos. Na corrida, mesmo fazendo três paradas, nunca teve carro para sequer sonhar em avançar algumas posições. Tomou ultrapassagem da Lotus do Kovalainen e não conseguiu se recuperar. De bom, apenas o fato de ter terminado sua primeira corrida. É o único estreante que não conseguiu fazer nada de interessante até aqui.
JARNO TRULLI – 4,5 – Não foi mal, mas esteve longe de brilhar como seu companheiro. Largou na costumeira 20º posição, se envolveu em algumas boas brigas no meio do pelotão e chegou a passar Maldonado no começo da corrida. Teve problemas em uma de suas duas paradas, mas conseguiu voltar incólume e terminou à frente dos adversários das demais equipes pequenas.
JERÔME D’AMBROSIO – 7 – Ótimo fim de semana, talvez o estreante mais expressivo desta etapa. Meteu seis décimos em Timo Glock no treino oficial, envolveu-se em boas brigas com o experiente companheiro e terminou a corrida à sua frente, mesmo fazendo uma parada a menos que ele. Sinto dizer isto aos fãs de Lucas di Grassi, mas o subestimado belga parece estar dando mais dor de cabeça a Glock do que o brasileiro jamais fez.
TIMO GLOCK – 2,5 – Tudo bem que seu carro é um lixo e que sua motivação está zerada. Mas não pegou bem ter levado a surra que levou de seu companheiro estreante. Timo largou atrás dele, teve algumas disputas e tinha tudo para ter ficado à frente, já que sua estratégia de três paradas era a mais correta. Mas não ficou. Um de seus piores fins de semana na carreira.
NARAIN KARTHIKEYAN – 6 – Um herói. Além de ter andado à frente do companheiro Liuzzi em algumas sessões livres de treinamentos, o indiano conseguiu a proeza de fazer apenas uma parada nos boxes e ganhou a batalha interna da Hispania. Para quem era visto com muita desconfiança pelo tempo fora da categoria, uma bela resposta aos incrédulos.
VITANTONIO LIUZZI – 3 – Tinha tudo para ter feito melhor que o companheiro, mas não fez. Chamou a atenção por ter ultrapassado os dois Virgin no início, mas a realidade veio à tona quando foi anunciada uma punição por queima de largada. Depois, tentou executar a estratégia de uma única parada, mas não foi bem sucedido como seu companheiro e teve de fazer uma segunda. Esperava um pouco mais dele em Shanghai.
JAIME ALGUERSUARI – 4,5 – Sétimo no grid de largada, era o nome da Toro Rosso para conseguir um bom resultado na China. Mas a própria equipe jogou o fim de semana no lixo ao não colocar direito a roda traseira direita na primeira parada do espanhol. A roda se soltou algumas centenas de metros depois e o espanhol foi o único gaiato a abandonar a corrida.
18 de abril de 2011 at 16:34
Fatos curiosos da esquisita nova F1 no GP Chinês: a melhor volta do Trulli foi mais rápida que a melhor do Alonso(!!); no final do GP, Liuzzi e seu Hispânia estavam virando mesmo tempo que Vettel, e mais rápido que Massa (!!!).
18 de abril de 2011 at 17:33
Se o campeonato dependesse apenas do somatório das notas que você dá aos pilotos, Verde, os dois representantes da Williams, nesse momento, estariam na rabeira da disputa. Creio que isso pede um texto urgente! /fikdik
No mais, uma ótima análise sobre a corrida. Só achei que a última frase sobre o rendimento do Di Resta ficou meio ambígua. Temqueverissoaê…
18 de abril de 2011 at 17:40
Koba não paasou para o Q3 na China. Ficou em 13º.
18 de abril de 2011 at 17:42
Verdade. Danke.
18 de abril de 2011 at 23:05
Confessa Verde, o 6 pro Webber foi só pra polemizar…acertei? =p
18 de abril de 2011 at 23:26
Queria dar menos que 5, já que com um carro daqueles, até minha avó chegaria em segundo ou venceria.
18 de abril de 2011 at 23:29
Tenho a mesma opinião. Se Webber largasse em último era pra ficar em 2º com o carro meio seg. mais rápido que o 2º mais rápido.
Ele fez menos que o dever de casa.
19 de abril de 2011 at 0:20
Duvido que a sua vó consiga a superlicença,já que a FIA é muito restritiva,não é que nem a NASCAR que deixa alguem correr com sei lá tantos anos,como Mark Martin#5 ou Morgan Sheperd#42(acho que é 42).
19 de abril de 2011 at 13:36
até sua avozinha chegaria em segundo…sarcasmo?
19 de abril de 2011 at 19:05
hauhauahuaha
o Sheldon (Cooper) não entendendo o sarcasmo foi o melhor kkkkkkkkkkkkkkk
mas enfim…tipo…o Webber tinha o melhor carro mas n é pra tanto tb né…
Vettel tb tinha o melhor carro terminou a corrida atrás do hamilton e vendo o australiano no retrovisor.
Sei que ele teve uma estratégia errada e talz…yes, but still…
19 de abril de 2011 at 21:52
Big Bang Theory rules!