MÔNACO: É uma quase unanimidade. Quase porque eu não gosto, mas tudo bem. O circuito é datado de 1929 e realiza corridas de Fórmula 1 desde o primeiro ano da categoria. Já consagrou nomes como Senna, Graham Hill e Schumacher, além de outros menos cotados como Panis, Trulli e Beltoise. Alguns trechos, como a Saint Devote, o túnel e a Loews, são dos mais famosos do automobilismo mundial. Além disso, a elite européia costuma dar um pulo por lá no verão para exibir seus Mercedes e suas roupas Armani. Mal comparando, é a Ilha de Caras da Fórmula 1. Minha repulsa por Montecarlo deve existir por causa dessa breguice. É, deve ser.
Q1: A cruzada contra as equipes novatas continua em Mônaco. A idéia de Bruno Senna fez coro e, se não fosse o veto da Lotus, teríamos um bizarríssimo sistema no qual apenas ela, Virgin e HRT andariam na primeira parte do treino de classificação. Seriam café-com-leite, em suma. Uma idéia completamente tétrica que só poderia surgir em uma época no qual todo mundo se estarrece com qualquer aumento no número de carros.
WILLIAMS: Não seria no principado que a equipe estrearia um novo pacote de mudanças em seu carro? A conferir. Rubens Barrichello carregou seu carro nas costas em Barcelona. Como o brasileiro costuma andar bem em Mônaco, espero algo melhor dele, assim como espero sentado a primeira boa corrida de Nico Hülkenberg na Fórmula 1.
MASSA: O povo enche demais o saco. Agora, andam falando que ele irá para a Red Bull no próximo ano. Duvido. Assim como duvido que haja algo errado com o pai do Felipinho. O F10 é um carro mediano e Fernando Alonso, que é bicampeão do mundo, não está fazendo tanto a mais do que Massa. Teve, sim, bastante sorte e prudência em Barcelona. Felipe não tem um grande retrospecto de resultados em Montecarlo. Conseguiu ir muito bem em 2004 devido aos problemas dos carros da frente e liderou a corrida de 2008, mas não me lembro de nada muito além disso. Se a sequência ruim dos resultados por lá continuar na edição desse ano, a encheção de saco na segunda-feira vai ficar pior.
CHUVA: 40% de chances no dia da corrida em Mônaco. Espero que venha, embora não confie nem um pouco nos 40%. Mônaco sem chuva é chatíssimo. Aliás, durmam com essa: existe uma sequência de corridas a cada 12 anos em que chove uma barbaridade desde 1972. Tivemos pista encharcada em 1972, 1984, 1996 e 2008. Se não me engano, 1982 e 1997 foram exceções. Se a sequência seguir, só daqui a dez anos.
12 de maio de 2010 at 21:10
A pista tem tradição,é muito bonita,cheia de lindas mulheres e tudo mais,mas sem chuva será um pé no saco.
grande abraço
12 de maio de 2010 at 22:37
O que o Trulli fez de tão relevante em Mônaco?
Realmente não consigo me lembrar. :(
13 de maio de 2010 at 10:46
Ele venceu em 2004.
12 de maio de 2010 at 22:47
Não sei se foi W Somerset Maugham ou F Scott Fitzgerald que disse que Mônaco era um local ensolarado para pessoas soturnas. Isso era verdade, antes de Rainier III herdar o título de príncipe, em 1949. Quando ele assumiu, 95% da economia de Mônaco era jogos de azar – e estava em declínio, com o surgimento de Las Vegas outros centros de jogatina. Hoje a receita do Casino é ínfima em relação ao total que circula por lá. Só pra ponderar que, se Mônaco é brega hoje, há de se concordar que ela já foi mais no passado (e vai ter uma forte concorrente em termos de breguice: o Festival de Cannes começa agora).
13 de maio de 2010 at 13:32
Muito bem lembrado. Bom texto!
Foi a última vitória da Ligier (esteve 15 anos sem vencer) na sua última época na F1. A vitória de Panis foi tb a última de um piloto francês na F1.
Abraço
Jose