Está vendo esta imagem aí? Phoenix, 1989.
Muitos de vocês, leitores inteligentes e sábios que são, sabem o que significa a ave Fênix. Eu até sei, mas preguiçoso que sou, jamais corri atrás para compreender seu significado.
Fênix é aquele simpático pardalzinho da mitologia grega que simboliza a ressureição. Contavam os antigos gregos que a ave Fênix morria, virava cinzas e dessas cinzas uma nova ave renascia com todo o seu antigo brilho e esplendor. Um tempinho depois, ela também morria, suas cinzas resultaram em uma nova ave e assim por diante. Os mais versados nessas historinhas certamente torcerão o nariz para uma simplificação tão grosseira de uma das mais famosas estórias surgidas na Grécia Antiga. Paciência, é o que peço. Da mesma forma que pedi paciência a vocês durante esses últimos meses.
Já devo ter escrito pelo menos uns cinco posts alertando todos vocês sobre a minha absoluta falta de tempo e a possibilidade desse blog ficar largado à poeira e às traças. Vocês certamente já estão carecas de tantas justificativas, de tantas promessas. Como um David Coulthard que anualmente prometia o título aos conterrâneos ou um Rubens Barrichello que sempre afirmava que o próximo ano era o da afirmação, este escriba não tinha o menor pudor para jogar a culpa na pobre da minha monografia e nos meus trilhões de afazeres pelo Bandeira Verde ficar parado. Sei que perdi leitores e que deixei bastante gente chateada, mas infelizmente é a vida.
Foi um período bem chato, este último. Deixei de fazer várias coisas legais, me afastei de alguns amigos, perdi uns bons fios de cabelo, até engordei. A cada vez que pensava neste blog, me sentia mal, pois sabia que havia uma boa e fidelíssima turma de frequentadores esperando por qualquer sinal de vida. Pensei seriamente em fechar esta bagaça, mas sabia que um importante acervo havia sido formado nos últimos três anos e concluí que sumir com todos os posts, as histórias e tudo o mais seria uma puta falta de sacanagem, como diz a filósofa.
Mas o período negro, quase sabático, acabou. Voltei a ter algum tempo. Acredito que o Bandeira Verde, dessa vez, está pronto para um retorno verdadeiro. Hora de limpar a sujeira, retirar as teias de aranha, tentar recuperar os leitores perdidos e voltar a escrever.
Porém, algumas coisas mudarão.
Em primeiro lugar, descobri que não tenho mais nenhum saco para escrever notas e comentários sobre as corridas. Assisti-las, a partir do momento em que passei a ter de avaliá-las de forma jornalística, se tornou um fardo. A diversão de acordar cedo num domingo, ligar a televisão e gastar duas horas babando com um monte de carrinho andando sem rumo algum havia esmorecido. Além do mais, são esses posts os que mais me tomam tempo e os que menos me rendem pageviews.
Eu sei que certamente há pessoas que esperam pelas notas e pelos comentários semanais. E a estas eu peço, caham, paciência. Pode ser que eu volte a escrevê-las. Não prometo nada, no entanto.
Outra coisa: descobri que a própria Fórmula 1 já não me seduz como antigamente. O baixo número de carros no grid, o eterno sofrimento de carros e pilotos com o desgaste dos pneus Pirelli, o excesso de punições, os intermináveis problemas financeiros das equipes médias e pequenas, a perda cada vez maior de audiência e a artificialidade das provas são boas razões que me fizeram deixar, por exemplo, de acordar às nove da manhã de sábado para assistir aos treinos oficiais.
O que isso significa? Que este blog passará a falar sobre música sertaneja ou Teoria das Cordas? Ainda não. Ao invés de alimentar uma obrigação pessoal de concentrar atenções sobre “a maior categoria do mundo”, simplesmente escreverei sobre o que der na telha. A tendência é que aumentem os posts sobre história do automobilismo e sobre outras categorias, como a GP2. Além de serem mais prazerosos de se escrever, memorandos extensos sobre a história do GP da Lituânia de 1935 ou sobre o dia em que Nick Heidfeld foi campeão do mundo são os que atraem mais audiência.
E é bem possível que haja outras novidades. Uma delas, absolutamente necessária nos dias atuais, eu só não levei adiante ainda por pura preguiça. Mas a preguiça acabará e essa novidade quase que certamente será apresentada na semana que vem.
Portanto, pela milésima vez, peço desculpas aos senhores. Voltei. E dessa vez, sem monografia, sem toneladas de afazeres e sem aquela necessidade de dedicar tanto tempo à Fórmula 1 atual, creio que seja para valer.
5 de julho de 2013 at 17:17
Camarada, é isso aí mesmo. Faça o blog se e quando tiver tempo e, principalmente, prazer. O meu ficou às moscas durante um bom tempo. Esqueça pautas, factual, audiência, compromissos. Essas coisas acabam com o prazer de escrever o blog. Deixe-as para quem ganha para se preocupar com elas. Abração! (LAP)
5 de julho de 2013 at 17:23
Welcome back man!!!!
5 de julho de 2013 at 18:12
Beleza!
Bandeira Verde de volta “às pistas”….
Tudo bem que a velocidade das postagens, seu teor e foco sejam alterados, a qualidade delas é que conta, e suas postagens, Verde, são muito boas…
Só uma pequena dúvida… hehehehe…. “aquele” Calendário do Verde será concluído?
um abraço!
5 de julho de 2013 at 18:27
Verde’s Back.
Bom ver o blog de novo de volta a ativa.
Muito bom mesmo!
5 de julho de 2013 at 19:16
Muito bom ver o Blog de volta!
E que bom que voltou Phoenix, tivesse voltado Detroit ia ser um desastre :P
8 de julho de 2013 at 1:20
Pô, eu gostava mais de Detroit que de Phoenix!
10 de julho de 2013 at 18:41
Acho Detroit travado e chato demais. Aquela 1a curva é bacana, mas o resto me parece bem meia boca.
5 de julho de 2013 at 19:37
Mais posts sobre o limbo da F1,obscuridade,história e GP2!!!
Você volta!
Nós também!
5 de julho de 2013 at 19:45
Welcome back. A fórmula 1 já não seduz como antigamente… já me peguei cochilando em corridas e já não tenho disposição de acordar na madrugada para treinos ou corridas… cada vez mais previsíveis e sem sal. Mas continuamos, sem a religiosidade de antes mas vamos em frente. Um abraço, fique à vontade para escrever sobre qualquer coisa sobre rodas.
5 de julho de 2013 at 20:28
Finalmente o senhor identificou o verdadeiro diferencial deste espaço, que justamente coincide com o que mais te dá prazer em escrever. Comentários sobre a Fórmula 1 atual abundam pela inter-redes, era desnecessário mais um cavalheiro ocupando espaço de disco rígido de um servidor com tais bobagens. Desejo-lhe sorte nesta retomada dos trabalhos, e que surjam mais crônicas como esta, que nos entretem quando o vinho acabou e a patroa foi dormir de calça jeans: https://bandeiraverde.com.br/2011/06/16/um-dia-com-kimi-raikkonen/
5 de julho de 2013 at 20:31
Hahahahahahaha!
5 de julho de 2013 at 22:44
Eu praticamente não lia aquelas notas e avaliações…
Com certeza a adoção de um foco mais fechado em histórias “alternativas” e pitorescas do automobilismo vai nos presentear com vários textos impossíveis de deixar de ler. É a seleção natural em curso.
5 de julho de 2013 at 22:52
Bom ter voltado, cara.
5 de julho de 2013 at 23:15
Já sentia a tua falta, Verde. E tens razão: a Formula 1 é agora uma coisa muito chata e demasiado artificial para o nosso gosto. Felizmente, o automobilismo é muito mais do que isso.
Espero que tenhas vindo para ficar! Abraços do outro lado do Atlântico.
6 de julho de 2013 at 1:58
Sei bem como é isso, de assistir F1 e ter que cobrir tudo depois: é legal no começo, depois é um saco. O que sempre me interessou, foram as boas e velhas historietas da F1 e de outras categorias (por sinal, aqui está outro grande fã da F3000… heheheh)
Como diria a música do Emerson, Lake and Palmer, “Welcome back my friends that show never ends!”
6 de julho de 2013 at 8:50
Queira ou não o teu blog vai continuar aqui na minha barra de favoritos, finalmente cliquei nele e vi vida kkkk. Que tudo esteja dando certo pra tu por ae e que não nos falte as boas risadas que podemos dar nesse blog show!
6 de julho de 2013 at 23:05
Muito bom cara, The Show Must Go On!
7 de julho de 2013 at 0:32
Como vai, Verde? Acompanho seu site há tempos, mas nunca tinha mandado um comentário. Desta vez, me vi na obrigação de escrever um.
Primeiro, é muito bom vê-lo de volta. Não tenho blog, mas imagino o quanto seja difícil manter um, tendo outros compromissos e prioridades na vida.
Então, como disse o amigo lá em cima, trabalhe nem quando tiver tempo e prazer. O que importa não é o assunto, mas a qualidade dos textos, e os seus textos são muito bons. É possível que perca alguns seguidores, mas tenho certeza que a maioria permaneça, incluindo este que vós escreve.
Enfim, bem-vindo de volta e abração!
9 de julho de 2013 at 1:54
Faço das palavras de cima, as minhas.
Fiquei muito contente de abrir o blog e ter uma postagem nova!
8 de julho de 2013 at 10:12
é Isso aí Verde, o ponto vc falou que Fórmula 1 já não te seduz como antigamente, realmente é o que eu tenho sentindo esses tempos. Já quase nem vejo as corridas no seu horário normal, gravo elas e assisto quando dá, o treinos classificatórios nem se fala. O que realmente me chama atenção nesse blog é as histórias do automobilismo em geral, que bom que estás de volta!
8 de julho de 2013 at 21:43
Não acho que a Formula 1 esteja artificial e chata. Consigo botar o celular pra despertar as 8:50 da manhã e ainda acordar pra ver as últimas voltas do Q2 ou Q3. hahahaha Ontem aconteceu o mesmo com a corrida, fui até chamado pelos familiares pra ver a corrida, mas a cama tava mais prazerosa. Minha habilidade foi mais uma vez confirmada ao acordar à duas voltas do final e ver o Raikkonen tentar passar Vettel. Minto, realmente a F1 está chata sim. hahahahaha
Seus textos fazem falta. Trazem um humor e sarcasmo que faltam em muitos dos blogs que gosto de ler. Isso faz a leitura ser rápida e divertida, mesmo que os textos sejam quilométricos. Boas vindas e valeu mais uma vez pelo excelente blog!
9 de julho de 2013 at 0:06
Bem vindo novamente, Verde!!!
Aguardo ansioso pelo “Calendário do Verde” e textos sobre um dia na vida de pilotos (sejam eles famosos, ou não) contados com seu estilo peculiar!!!
9 de julho de 2013 at 11:05
Verde, você estava fazendo falta por aqui! Teremos comentários ácidos sobre a Indy?
9 de julho de 2013 at 20:58
Bom te ver de volta, Verde. Pensei um pouco com os meus botões aqui e acho que a qualidade do público e postagens é melhor do que quantidade, pelo menos pra quem não ganha com isso. É mais saudável. Meu período sem tempo coincidiu com o teu, graças que terei esse blog de volta pra ler. Boa sorte nesse retorno!
10 de julho de 2013 at 12:14
É exatamente oq eu queria ler Verde. Keep on rockin. Essa semana no podcast o Flavio Gomes entrevistou o melhor piloto de todos os tempos do ano de 1997 nascido no brasil, o Marcelo Batistuzzi. A trajetoria dele que termina com uma canelada de Alain Prost vale muito a pena de ser escrita por voce.
10 de julho de 2013 at 19:02
Absinto.
11 de julho de 2013 at 2:07
Bem vindo de volta, Verde!!! Faziam muita falta no meu dia-a-dia seus textos e comentários. Assim como você, peguei um certo distanciamento da F-1. Nos últimos anos ela se tornou demasiadamente artificial e eu só continuo assistindo treinos e corridas por puro vício e muita cara-de-pau mesmo, assumo – se bem que raramente costumo me levantar às 9 da manhã. A cada corrida, parece que a F-1 vai se devorando, se devorando… até que um dia ela vai se extinguir. E acho que não vai demorar a chegar esse dia, para tristeza de muitos, dentre eles esse humilde leitor. Abraços e muita inspiração pra ti!!!
11 de julho de 2013 at 18:35
Bom te ver de volta, Verde! Sei o quão complicado é dividir suas atenções com a monografia. Mas agora é a hora de colocar a casa em ordem, porque o seu blog é com conteúdo mais abrangente sobre as diversas categorias mundo afora. Vida longa ao Bandeira Verde nessa nova fase
13 de julho de 2013 at 21:40
O bom filho a casa torna, ora essa!
Seguindo a linha dos confrades, também acho que a Fórmula 1 está muito chata e artificial. Punições a granel que podam a audácia dos pilotos, DRS, KERS, um grid que poderia muito bem comportar mais carros, equipes no vermelho devido aos elevados custos da categoria, enfim.
No mais, banzai! Bandeira verde