RED BULL – 9 – Quem precisa de KERS quando se tem um RB7 insuperável? Nesse momento, a única coisa que falta à equipe rubrotaurina é um segundo piloto. Mark Webber não fez nada novamente e nem pódio conseguiu. Por outro lado, Sebastian Vettel fez tudo direitinho e ganhou a corrida sem adversários. Nesse momento, as equipes adversárias vão precisar trabalhar muito pra conseguir uma aproximação.
MCLAREN – 8 – Em uma corrida atípica, é mais negócio confiar em Jenson Button do que em Lewis Hamilton. O campeão de 2009 salvou as honras de Woking ao finalizar em segundo após fazer uma corrida discreta e absolutamente eficiente. Hamilton, ao contrário, se meteu em brigas, teve problemas com os pneus e até punição de 20 segundos levou. Ainda assim, a equipe não tem motivos para reclamar. Só a infalível Red Bull está à sua frente.
RENAULT – 8,5 – Tirando a questão da briga com a Lotus do Fernandes, tudo corre bem lá pelos lados da equipe da Genii Capital. O carro é realmente bom e os pilotos conseguiram aparecer bem em Sepang, o que traz um pouco de conforto a quem apostava tudo em Robert Kubica. Nick Heidfeld reverteu o revés australiano e fez uma prova inspiradíssima, que o premiou com um pódio. Vitaly Petrov também vinha bem, mas saiu da pista no final, voou e aterrissou no fracasso. O sistema de largada da equipe é sensacional.
FERRARI – 6,5 – Ao contrário do que vinha acontecendo nos últimos tempos, Felipe Massa foi o maior motivo de orgulho dos italianos. O brasileiro fez uma corrida aguerrida e terminou em um bom quinto lugar. De ruim, apenas o trabalho dos mecânicos na sua primeira parada. Já Fernando Alonso teve um fim de semana daqueles e ficou apenas com o sexto lugar. O carro estava mais para Renault do que para McLaren ou Red Bull e os mecânicos já não são tão eficientes como outrora. Pelo visto, outro ano difícil vem por aí.
SAUBER – 7,5 – É a Renault do meio do grid: carro ajeitadinho, dupla eficiente, ótima aceitação por parte dos fãs. O sempre combativo Kamui Kobayashi se envolveu em boas brigas e cruzou a linha de chegada em um oitavo que se transformou em sétimo após a punição de Hamilton. Sergio Perez, por outro lado, não foi tão bem e abandonou tão cedo. Ainda assim, é uma das duplas mais empolgantes do grid. E o carro vem se mostrando o maior amigo dos pneus entre todos do grid.
MERCEDES – 3,5 – Definitivamente, não está em boa fase. Embora não tenha passado vergonha nos treinos, o desempenho na corrida foi bem pior do que o esperado. Nico Rosberg largou mal e ficou preso lá no meio da turma. Michael Schumacher só aparecia na transmissão sendo ultrapassado por Kamui Kobayashi. Ainda assim, o velho heptacampeão marcou dois pontos. Muito pouco para uma equipe que se supõe grande.
FORCE INDIA – 6 – Vem tendo mais alegrias com o novato Paul di Resta do que com o experiente Adrian Sutil. Em Sepang, o escocês andou melhor no treino oficial e sempre esteve muito à frente do alemão na corrida, desempenho este que resultou em mais um ponto nas tabelas. Sutil bateu na largada e prejudicou sua corrida a partir daí, mas se aproveitou do relativo baixo consumo de pneus do seu carro para fazer uma parada a menos. A equipe precisa melhorar um pouco nos treinos.
TORO ROSSO – 3 – A velha Toro Rosso de sempre. Embora o carro tenha andado muito bem na pré-temporada, ele simplesmente não disse a que veio até aqui. Sébastien Buemi andou melhor que Jaime Alguersuari, mas nenhum dos dois fez pontos. E como solta peças esse carro! Um pedaço do carro do Buemi caído no meio da pista chegou a interromper o Q2 do treino oficial.
LOTUS – 3,5 – Outra equipe que parece não sair da mesmice. Assim como em 2010, Heikki Kovalainen liderou a tropa verde em sua corrida caseira. O finlandês terminou, ao contrário de Jarno Trulli, vítima de mais um dos inúmeros problemas do T128. Falta confiabilidade. E também um pouco mais de velocidade.
VIRGIN – 2,5 – No treino oficial, seu piloto mais rápido foi apenas um segundo mais rápido do que a circense Hispania, o que não é um bom sinal para uma equipe que fez toda a pré-temporada. Na corrida, Jerôme d’Ambrosio abandonou com problemas eletrônicos. Apenas Timo Glock chegou ao final.
HISPANIA – 3 – Todos ficaram surpresos com o fato da equipe espanhola ter se qualificado com os dois carros – e com tanta facilidade. Infelizmente, problemas estruturais fizeram com que os dois pilotos se retirassem voluntariamente da prova. Vitantonio Liuzzi parou o carro temendo uma quebra na asa traseira. E Narain Karthikeyan estacionou após perceber um anormal aumento de temperatura da água do radiador. O indiano, aliás, padeceu com os problemas do carro desde a sexta, quando o motor Cosworth fumou duas vezes nas duas sessões livres.
WILLIAMS – 0 – Não me lembro de um fim de semana tão ruim para a tradicional equipe de Frank Williams. Os dois pilotos apanharam da falta de velocidade e confiabilidade do FW33 desde os treinos de sexta e foram os últimos colocados entre as equipes estabelecidas no treino oficial de sábado. Na corrida, nenhum dos dois pilotos andou muito. Rubens Barrichello, com problemas hidráulicos. Pastor Maldonado, com o motor quebrado. Trágico, trágico.
TRANSMISSÃO – PUTA BARBEIRAGEM, HEIN? – Por mais que os palavrões já não sejam mais um tabu na televisão aberta, é sempre engraçado ouvir um em uma transmissão ao vivo, ainda mais quando a referida transmissão é feita pela organizada e profissionalizada Rede Globo. Durante a briga entre Lewis Hamilton e Fernando Alonso, o convidado Bruno Senna soltou o comentário mais espontâneo que eu já vi em uma transmissão esportiva da emissora: “puta barbeiragem isso aí!”. Até mesmo o sempre irreverente Galvão Bueno deu risada. Mesmo sempre sendo crítico com relação ao piloto Bruno, o sujeito parece ser muito mais aberto e divertido que seu tio jamais foi. No mais, a transmissão foi apenas média. As câmeras perderam alguns momentos decisivos de maneira meio infantil. E a turma global cometeu alguns erros, mas não me lembro de nenhum muito expressivo. Aliás, a pronúncia dos nomes dos novatos está bem feia. Qual é a dificuldade em falar “Diwresta”, “Sêrrio Pêres” e “Dambrrôsiô”? “Dirrésta”, “Sérjo Péris” e “Dambrósio” não dá.
CORRIDA – SEPANG, EU TE AMO – Muita gente acha que Sepang é uma pista chata e tipicamente tilkeana. Calúnia! A corrida malaia não precisou da chuva, dos acidentes e do imponderável para ser divertida. As ultrapassagens aconteceram a rodo, muito mais pelo desgaste dos pneus do que pela dispensável asa móvel. E o KERS é ainda mais dispensável. Quem se interessa apenas pelo vencedor deve ter bocejado com o domínio de Sebastian Vettel. Da segunda posição para trás, no entanto, o pau comeu solto. E os nomes que sempre costumam alegrar as corridas (Hamilton, Alonso, Petrov, Kobayashi) chamaram bastante a atenção. Para mim, que sou fã de Nick Heidfeld, só faltou a vitória.
11 de abril de 2011 at 16:47
RB6 é o carro de 2010. o de 2011 é RB7
11 de abril de 2011 at 16:48
Tinha encontrado um monte de erros e deixei passar esse. Valeu!
11 de abril de 2011 at 16:54
Belo post.
Ref. a transmissão, no sábado o RL deu uma escorregada ao dizer que a a Lotus Cars é do “Tonho Fernandes”.
11 de abril de 2011 at 17:10
HAHAHAHAHAHA, Deus do céu!
11 de abril de 2011 at 19:10
Vi o treino oficial na Globo,fiquei tipo assim :o quando vi o Massa liderando a Q1 e o Galvão elogiando ele,e vi o VT da corrida no Sportv,o narrador bricou com o Rosberg quando o di Resta ultrapassou ele falando-o que di Resta ao Rosberg agora-depois eles ficaram rindo e eu tambem.
11 de abril de 2011 at 19:49
Eu ri muito com essa corrida.. A fala do Bruno foi a melhor, quase acordei o resto da casa.. kkkkk
11 de abril de 2011 at 22:52
Vi até a volta 40 e dormi. Revi depois na Sportv e sonhei mesmo com a vitória do Quick Nick, nao foi domingo :(
Ainda rs
Abraçao e parabens, otimo texto !
11 de abril de 2011 at 22:59
Heidfeld tem uma relação custo-benefício imbatível! Não quebra nada e chega o mais longe possível.
12 de abril de 2011 at 15:57
Mais um texto bacana, só achei meio pegar no pé demais na questão da pronpúncia dos nomes de acordo ao idioma de origem deles.
Dúvido muito que todos pronunciam por exemplo Adrian Sutil, Michael Schumacher e Jaime Alguersuari, Kimi Raikkonen e afins da maneira correta.
Conseguindo ler o que está escrito sem trocar as bolas, está ótimo.
Abraços
12 de abril de 2011 at 19:09
Como piloto barbeiro de rFactor, também acho que Sepang é uma das pistas inspiradas de Tilke. Na minha opinião:
Boas – Sepang, Istambul, A1 Ring, Singapura (pelo ambiente).
Dispensáveis – Xangai, Barein, Novo Fuji, Novo Hockemheimring (Deveria ter sido encurtado sem perder a marca – no meio da floresta, com trechos de alta velocidade com baixa necessidade de downforce, para desafiar os pilotos a segurarem os carros na seção do estádio).
Tanto faz – Valência.
Não tenho base para opinião – Yeongam.
13 de abril de 2011 at 3:09
Concordo do início ao fim, exceto pela parte de valência.
Acho que sou o único doidão que acha bonito aquele circuito. Pelo menos nos jogos, é gostoso de dirigir, mas pros pilotos não sei.
e A1 era tudo! Curvas cegas, freadas médias depois outras mais bruscas, retão. e foram tirar:/
15 de abril de 2011 at 23:49
Esqueci um… Abu Dabi. Pra mim, dispensável também.
12 de abril de 2011 at 23:49
Só existe uma equipe mais irrelevante que a Toro Rosso:a Virgin.
Incrível como eles não aparecem nunca na transmissão.
Não dá para dar uma nota para para a equipe.
Desse jeito,o Gróqui vai se aposentar com 19 anos e o Jerominho vai perder um ano da sua miserável vida.