Há uma semana, a Indy anunciou a realização de uma etapa noturna no superspeedway de Fontana, um dos ovais mais velozes dos Estados Unidos. O oval californiano apareceu pela última vez na categoria em 2005. O retorno é ótimo, já que todo mundo gostava de correr por lá. Foi em Fontana que Gil de Ferran alcançou o recorde de 241,428mph, maior velocidade média alcançada por um monoposto em uma pista fechada de corrida. Foi lá que alguns títulos da CART foram definidos, como os de 1999 e 2000. Foi lá que Greg Moore sofreu seu acidente fatal em 1999. Apesar da tragédia, Fontana era temida e admirada por todos. Seu retorno foi altamente celebrado.
Por isso que boa é a Fórmula 1, que só preza pela segurança e só aceita correr em circuitos repletos de curvas lentas, milhares de barreiras de pneus e áreas de escape dignas de estacionamento de shopping. Se não cumprir aquela maldita lista de requisitos, tá fora.
Ao mesmo tempo, o site da Indy disponibilizou uma enquete perguntando aos fãs qual oval eles gostariam de ver de volta no calendário da categoria. Havia cinco opções: Pocono, Richmond, Chicagoland, Atlanta e Phoenix. Não seria inocente acreditar que a categoria já esteja em negociações com estes cinco autódromos. No caso, a opinião dos fãs deverá ter algum valor na escolha final.
Por isso que boa é a Fórmula 1, que ignora a opinião de seus espectadores e prefere realizar corridas em grotões desconhecidos onde ninguém nem anda de carro, como o Vietnã e o Cazaquistão. Ambos os países realmente vislumbram empurrar uma dessas pistas europeias inúteis para fora e ocupar seu lugar no calendário e no coração de Bernie Ecclestone. Pra que perguntar para as pessoas se elas vão gostar ou não? O que importa é a grana entrar nos bolsos ilimitados de Uncle Bernie.
Vinte e seis pilotos estavam inscritos para a etapa de Toronto. O destaque maior ficava para a participação de Paul Tracy, o canadense balofo que faria sua segunda corrida pela Dragon Racing. Esta equipe, que pertence ao filho de Roger Penske, não tem dinheiro para disputar a temporada inteira e está fazendo apenas cinco corridas. A Indy é absolutamente permissiva com relação a isso: quem não tem grana para fazer a temporada completa pode disputar uma ou outra corrida.

Na Fórmula 1, Michael Schumacher toca em Kobayashi em um tipico acidente de corrida e leva stop-and-go
Por isso que boa é a Fórmula 1, que torna virtualmente impossível até mesmo a criação de uma equipe para disputar uma temporada completa desde o início do ano. Porque a tal equipe deve assinar o Pacto de Concórdia, comprometer-se a disputar no mínimo três temporadas, pagar caução de 30 milhões de dólares e ainda ser aprovada unanimemente por todas as demais equipes. Que história é essa de deixar qualquer um entrar? Tem mais é de fechar o cerco mesmo. E seria legal limar também as três nanicas. Lugar de pobre é no elevador de serviço.
Outro destaque entre as inscrições era a pintura que o carro número 3 de Hélio Castroneves utilizaria na corrida canadense. O ribeirão-pretano pilotaria um bólido com uma pintura amarela e branca que remeteria a uma das empresas de Roger Penske. Esta é a quinta pintura diferente utilizada por ele até aqui. A troca de pinturas durante o ano é uma tática que as equipes grandes da Indy utilizam para dar espaço a todos os seus muitos patrocinadores. O tricampeão Dario Franchitti, por exemplo, também já utilizou cinco pinturas até aqui. É uma maneira bacana de atrair mais parceiros e mais atenção da mídia e dos espectadores.
Por isso que boa mesmo é a Fórmula 1, que impede a utilização de duas pinturas diferentes pela mesma equipe. Lembram-se da BAR em 1999? Ela utilizaria dois belíssimos layouts para seus carros, mas a FIA barrou e a duvidosa solução encontrada foi mesclar as duas pinturas nos carros. Além disso, a menor mudança possível na pintura durante o ano requer a aprovação unânime dos adversários. Se a Virgin, por exemplo, não vai com a sua cara, esqueça. No Grande Prêmio do Brasil de 2008, David Coulthard só conseguiu correr com um Red Bull branco porque as demais equipes aprovaram, já que a pintura representava uma instituição de caridade da equipe. Caso absolutamente excepcional. Nos dias comuns, não se muda nem a cor do cabelo da mocinha do café.
A décima etapa da Indy seria realizada em Toronto, maior cidade do Canadá. O traçado não é o preferido de ninguém, mas também está muito longe de ser odiado. Os organizadores estimam que a corrida movimenta a economia da cidade em até 50 milhões de dólares. A VERSUS, canal por assinatura que transmite a Indy, disse que houve um aumento de 21% na audiência com relação ao ano passado. E as arquibancadas, apesar dos altos preços das entradas, estavam lotadas. Não precisa ser PHD para perceber que a corrida foi um sucesso de público.
Por isso que boa mesmo é a Fórmula 1, que é incapaz de realizar corridas com um mínimo de custo-benefício para os locais que as sediam. Melbourne registrou prejuízos de 49 milhões de dólares só com a edição de 2010. Desde 1996, a cidade jogou 200 milhões de dólares no lixo com uma corrida cuja aceitação local não passa nem perto da antiga corrida de Adelaide, que atraía multidões. Spa-Francorchamps abriu um rombo de 6,6 milhões nos cofres belgas em 2009. A cidade de Valência nem sonha em conseguir quitar os 200 milhões investidos na construção de seu circuito de rua. E ninguém se interessa pela corrida. Hoje em dia, Fórmula 1 só dá grana para Bernie Ecclestone, alguns políticos populistas e uma cambada de burocratas corruptos. Mesmo boa parte dos fãs não está nem aí.
Eu vi quase todas as voltas da corrida de Toronto. Perdi a primeira e a segunda, acho. Não importa. Fazia tempo que não me divertia tanto. Mesmo que Toronto não seja lá a pista mais adequada do planeta para ultrapassagens, as disputas aconteciam aonde havia um mínimo espaço. Os toques e as pancadas eram inúmeros, mas o número de abandonos estava curiosamente baixo até faltar dez voltas para o fim. A cada volta, você não sabia o que iria acontecer. É verdade que a parte inicial da corrida foi muito mais tranquila e tediosa que a parte final, mas não houve aquele marasmo doloroso em momento algum.
Por isso que boa mesmo é a Fórmula 1, que precisa apelar para asinha móvel, KERS, pneu remold BS Colway e besteirolas afins para melhorar as corridas – sem obter sucesso, em alguns casos. A imprevisibilidade acabou porque os caquéticos que comandam o esporte acreditam que correr na chuva, permitir manobras mais agressivas, utilizar circuitos menos bitolados com a segurança e liberar geral não são atitudes de gente civilizada. Deixem essas bobagens histriônicas para os outros. Para a Indy, quem sabe.
Algo que me chamou a atenção foi o excesso de toques entre adversários. Vamos à lista: Ryan Briscoe e Tony Kanaan; Takuma Sato e Danica Patrick; Hélio Castroneves e Alex Tagliani; Paul Tracy e James Hinchcliffe; Mike Conway e Ryan Briscoe; James Hinchcliffe, Charlie Kimball, Paul Tracy, Sebastien Bourdais e Vitor Meira; Dario Franchitti e Will Power; Ernesto Viso e Justin Wilson; Will Power e Alex Tagliani; Danica Patrick, James Jakes e Alex Tagliani; Marco Andretti, Oriol Serviá, Charlie Kimball, James Hinchcliffe, Mike Conway e Justin Wilson; Ryan Hunter-Reay e Graham Rahal. Contei doze toques aí. Sabe quantas punições rolaram? Nenhuma. É verdade que vários aí até mereciam. Mas a organização preferiu deixar que eles se entendessem duelando na pista. Ou mostrando o dedo do meio, como fez a irritada Danica. Ou xingando muito no Twitter, como fez Will Power.
Por isso que boa mesmo é a Fórmula 1, na qual qualquer batidinha de merda é motivo para punição. Em Silverstone, Michael Schumacher tocou em Kamui Kobayashi e fez o japonês rodar. Tudo bem, não foi uma manobra digna de orgulho da mamãe, mas também não seria considerado um pecado capital em dias menos patológicos. Foi um mero acidente de corrida, como diria o homem. Bola para frente. Mas não é o que acontece. Hoje em dia, qualquer toque ou ultrapassagem minimamente polêmica é passível de investigação. Em boa parte dos casos, há punição. Eu não sou um lá grande saudosista, mas sobre esta questão encho a boca e digo com todas as letras: antigamente, não havia tanta punição e era melhor.
Em Toronto, tivemos oito bandeiras amarelas. No total, foram 32 voltas atrás do safety-car, cerca de 37,6% da corrida. Pode parecer muito, mas se fizermos uma continha básica, chegamos à média de quatro voltas sob bandeira amarela a cada intervenção do safety-car. Em se tratando de uma pista de rua, na qual o resgate dos carros é sempre difícil, é um número razoavelmente baixo. Prova maior disso é a última bandeira amarela: em apenas três voltas, os fiscais conseguiram tirar os cinco carros parados na curva três e liberaram a bandeira verde. Embora esse negócio de queimar tempo atrás com um carro de segurança na pista para dar uma mijada no banheiro seja algo comum na cultura yankee, foi notável ver que a organização buscou perder o mínimo de tempo possível.
Por isso que boa mesmo é a Fórmula 1, na qual qualquer espirro interrompe a corrida por um longo período. Não, eu não tenho memória fraca. Tenho consciência de que a Indy já teve atrasos de até quatro horas (Surfers Paradise em 1994, 2002 e 2003) e várias intervenções longuíssimas de bandeiras amarelas. No entanto, a Fórmula 1 começou a adotar esta prática desagradável com mais volúpia nos últimos anos. Em Mônaco, decidiram dar bandeira vermelha após um acidente que poderia ter sido contornado apenas com safety-car. No Canadá, a abusiva espera até a formação de um trilho seco na pista. Há outros exemplos, mas não quero me alongar muito. É um medo doentio da chuva e dos acidentes, até maior do que há cinco ou seis anos.
Não, não quero dar uma de fã cego da Indy e detrator ensandecido da Fórmula 1. Para se tornar uma categoria genuinamente interessante, o certame americano ainda precisa avançar centenas de léguas e mais um pouco. Assim como na Fórmula 1, há ordens de equipe, surtos de egocentrismo, problemas financeiros, pilotos pagantes, regras idiotas (a tal da largada em duas filas ainda precisa ser repensada e desenvolvida corretamente), decisões absurdas (quem não se esquece da desclassificação de Castroneves em Edmonton no ano passado?) e pistas ruins.
A diferença é que a Indy ainda permite uma corrida como Toronto, onde há acidentes, bobagens antropogênicas, dedos do meio, brigas e tudo aquilo que caracteriza uma corrida virada de cabeça para baixo. A Fórmula 1 pode ser mais limpinha, riquinha e CDF, mas é incapaz de prover qualquer coisa além daquilo que nós vemos todo domingo de corrida: punições, KERS, difusor soprado, ferraristas falando besteira, Sebastian Vettel apontando o dedo para o alto, asa móvel, Q3 inutilizado, curvas de primeira marcha e por aí vai. Enjoa, né?
Excesso de script, esse é o problema. Toronto foi legal porque quase tudo deu errado. Na Fórmula 1, as coisas dão certo demais. E quem é que gosta de tudo certinho?



12 de julho de 2011 at 18:50
Sensacional post. Mto bom mesmo .
12 de julho de 2011 at 19:22
Definitivamente tenho que começar a ver Indy, pelo menos nas pistas não-ovais. Todos dizem maravilhas dela, enquanto a F1 precisa de 1001 artificialidades para conseguir dar algo minimamente aceitável aos fãs…
Excelente post, já agora.
13 de julho de 2011 at 16:55
Você está perdendo a melhor categoria de monopostos. É a com mais disputas, mais equilíbrio (a pole do Tagliani em Indy é prova viva disso). A única merda é a transmissão da Band.
12 de julho de 2011 at 19:40
‘Excesso de script, esse é o problema.’
Perfeito, tá ai uma idiossincrasia detestável da Fórmula 1. Diria eu, que hoje a Fórmula 1, é a categoria mais sem graça fora das pistas, e dentro, passa longe de ser a melhor, GP2, WRC, e V8 Supercars mandam lembranças.
12 de julho de 2011 at 23:28
mais uma vez..está ai dito tudo o q penso..em 94/95 a indy tentava seguir os passos da F1 até o Tony George f… tudo, hoje em dia, é a F1 que tem de seguir os passos da Indy :(
13 de julho de 2011 at 3:38
Pois é verde. ótimo texto e argumentos.
Sou fã há tempos de F1 principalmente, mas confesso que ando abrindo os olhos pra GP2 e indy há mais de 1 ano porque a F1 tá se tornando insuportavel. Mais que isso me irritam os fãs de vettel e schumacher, mas aí é outra história kkk
13 de julho de 2011 at 9:48
Possivelmente o melhor post até agora.
Embora, como o sr. já tenha dito, a Indy peca por excesso de amadorismo em alguns detalhes, mas… se você olhar a Nascar correndo em Sears Point (Infineon é o cacete! no Nascar 1 e 2 era Sears Point!) verá que o negócio é meio que nos trancos e barrancos, o negócio e por o povo pra correr e que se lasque o resto.
Gostaria de ver Elkhart de volta da Indy, mas se as opções são os ovais, que seja Atlanta ou Chicagoland. Pocono não vejo boas corridas (no Indycar 2 era excelente), Richmondo sempre foi uma M e Phoenix irão mexer nas inclinações das curvas este ano… a conferir. Talladega de volta ninguém fala né??? hehehe
13 de julho de 2011 at 10:22
Excelente!
A Indy está cada vez mais chamando a minha atenção. Pena que nenhuma TV aberta (séria) transmite a temporada inteira. Essa categoria ainda está um pouco longo do ela já foi nas décadas de 80 e 90, mas está se recuperando bem depois da fusão Cart x IRL no melhor estilo “quero ser grande” (de novo!). Já é, e as últimas temporadas provam isso, mas a tendência é melhorar mais ainda.
E a F1 sempre vai ser desse jeito… e a gente vai continuar assistindo assim mesmo, hehe.
13 de julho de 2011 at 10:58
triste.
texto verdadeiro e depressivo sobre a f1.
não me lembro de ser assim nos anos 80.
13 de julho de 2011 at 12:57
A F1 chegou a um ponto mto complicado de reverter. Eu não sou contra asa móvel ou mesmo Kers mas o que eu sou completamente contra é essa história de achar que a cada ano as regras se tornam mais e mais absurdas. E uma coisa resume tudo isso: a ganância do Bernie. A opinião do público não interessa, a opinião dos pilotos não interessam, nada mais interessa além das cifras. Se algo não for rentavel, não interessa. Na Indy se alguma novidade é descoberta no que diz respeito a tecnologia tudo fica a disposição das equipes algo absolutamente impensável para a F1. Eu amo a F1 mas a cada ano que passa o que leio nos posts de todos os blogs que leio (este é um deles) só vejo reclamações e o pior todas com um mínimo de fundamento e verdade. Ao contrario a Indy conquista fãs a rodo e sem criticas….
13 de julho de 2011 at 14:49
Não há como comparar:
“torna virtualmente impossível até mesmo a criação de uma equipe para disputar uma temporada completa desde o início do ano”
E o que deveriam fazer? Deixar uma equipe fundo de quintal tentar a sorte em uma pista e o carro ser ridiculamente lento e provocar acidentes tenebrosos como o do Mark Webber e Heikki Kovalainen? Acidentes esses que aconteciam aos montes no tempo em que 30 carros iam a pista e se desmontavam ao minimo toque.
“qualquer espirro interrompe a corrida por um longo período”
A Formula 1 é categoria de automobilismo mais visada no mundo, onde a maioria das equipes tem alguma relação com montadoras de automóveis, é onde quase tudo que existe em um carro surgiu a partir de algum momento da categoria desde itens de segurança (freios, materiais de absorção de impacto …) até melhorias de performance e economia (cãmbio sequenciais etc…) deveria deixar correr em uma situação de perigo extremo como chuvas torrenciais onde um Formula1 praticamente encosta no chão e passar reto aquaplanando e sofrendo um acidente que poderia ser evitado ao somente interromper por instantes?
“Mônaco, decidiram dar bandeira vermelha após um acidente que poderia ter sido contornado apenas com safety-car”
Fui o unico a ver a corrida? Eles não pararam para socorrer Vitaly Petrov e evitar que a corrida terminasse com safety-car?
O ser humano deveria parar de comparar situações em que o simples intento de faze-lo é descabido. A Formula 1 não é mais uma categoria que se pode dar ao luxo de cometer erros tolos ( embora sempre os cometa ) e correr o perigo de por exemplo matar alguém em uma situação evitável. A quanto tempo a Formula 1 não tem uma morte fruto de despreparo de pilotos ou fragilidade de carros? Me diga, desde 1994 quantas mortes a F1 teve e quantas mortes teve a Indy? É descabida a comparação!
Não me entendam mal adora a Indy tanto como a F1 mas compara-las é insensatez. Com excessão dos pontos que coloquei aqui concordo inteiramente com o restante do texto ( houvir o publico, excesso de punições etc), só acho que a comparação não é válida. F1 é tecnologia e tristemente quem manda é o dinheiro, Indy preza pela competitividade por isso até os chassis são os mesmos.
13 de julho de 2011 at 15:22
Gostei dos seus pontos. Vamos lá:
– Em tese, não deveria ser impossível para uma equipe novata criar um carro minimamente competitivo (considerando que estar a cinco ou seis segundos do pole-position não deveria ser visto como algo inaceitável para uma novata). Os acidentes com retardatários sempre aconteceram – e sempre farão parte do esporte, a menos que alguém decida limar todas as equipes pequenas e voltar a 2009, o que eu não vejo com bons olhos. E é evidente que ninguém quer entrar na Fórmula 1 para sair no final do ano, mas obrigar a equipe a participar de pelo menos três temporadas e cobrar uma fortuna por isso fecha as portas para muitos projetos, sendo que vários deles seriam muito bons e só precisariam de um pouco de dinheiro.
– A maioria das equipes não tem vínculos diretos com montadoras. Na verdade, das dez atuais, só Ferrari e Mercedes. A Renault é acionista minoritária de sua equipe, a McLaren é considerada independente desde o ano passado e as outras dispensam comentários. Além disso, a Fórmula 1 não exporta tecnologia para os automóveis há algum tempo. E por um motivo básico: de uns cinco anos para cá, houve apenas desenvolvimento aerodinâmico na categoria, e esse tipo de avanço geralmente não é aplicado em massa. O que poderia ser desenvolvido em segurança, materiais, eletrônica e áreas afins já foi feito até o fim dos anos 90.
E a categoria já correu muitas vezes em pista bem molhada. Há quem ache que deixar de correr em pista molhada é uma evolução. Desculpe, não consigo ver dessa forma.
– A Fórmula 1 não tem mortes há dezessete anos. Excelente. Ela já havia chegado a um nível de segurança impecável há cerca de dez anos. Só que, a partir daí, a precaução virou paranoia.
Negócio é o seguinte: automobilismo é esporte de risco. Se tiver de morrer alguém, é duro dizer isso, mas paciência. Sujeito sabia que poderia morrer. Condolências para a família e acabou.
13 de julho de 2011 at 16:01
Agora estamos mais de acordo!
– Concordo com o fato de exigir montantes enormes de dinheiro para participar de um mínimo de temporadas é rídiculo e o nome disso é ganância, talvez até tivessem um interesse de no começo de pedir quantias altas para evitar fiascos de equipes sem um mínimo preparo mas ainda assim fiascos existem (vide Hispania no começo do ano passado onde o carro ficou pronto 1 dia antes da corrida) mas se tornou pura e simples ganância do Tio Bernie.
– Sobre o fato da tecnologia também concordo visto que a ânsia em parar o dominio da Ferrari no começo do século levou a regulamentos esdrúxulos visando igualar as equipes.
– Concordo em parte, adoro e sempre torço por corridas em chuva, diversificam mais o grid e tornam a corrida mais interessante, mas correr em situações como o começo do GP em Nurburgring de 2007 é tolice, vide os carros aquaplanando em reta ou GP do Brasil de 2003 onde a curva que se segue ao S do Senna virou estacionamento de F1.
– Concordo também sobre o fato das mortes principalmente sobre o excesso de precaução. Mas acho melhor excesso do que falta.
– O que acho que F1 e Indy não devem ser comparadas, não são concorrentes, tem propósitos diferentes, deveriam mas sim se espelhar nos pontos fortes uma da outra.
13 de julho de 2011 at 17:00
Só um exemplo pra te dar em relação à Fórmula 1 em relação à Indy. A Prodrive desistiu por duas vezes nos últimos 5 anos de entrar na categoria por não permitirem a presença de equipes-clientes para a compra de chassis. Ela já tinha acordos amarrados com a McLaren para receber os carros. Pergunto: dessa forma, uma equipe novata não poderia entrar na F-1 e se dar bem sem afetar a segurança e ainda de forma competitiva?
17 de julho de 2011 at 12:52
concordo e sobre bandeira amarela é a indy q vive enchendo o saco com isso como nelson piquet disse uma vez “um piloto bateu,bandeira amarela,passarinho cagou,bandeira amarela” na indy um piloto roda,é bandeira amarela,e na f1 so em acidentes graves temos SC e quase nunca temos bandeira vermelha,comparado ao inicio da decada de 90,a f1 pode ter seus problemas mas prefiro ela e pronto,não mudo para a indy tão cedo
13 de julho de 2011 at 20:13
Quanto a questao da seguranca da Indy, eu deixo 2 videos e vcs tirem suas conclusoes.
13 de julho de 2011 at 22:29
A F1 que fique com suas frescuras…enquanto isso, todos nós (ou quem gosta de corrida de verdade) nos divertimos com WRC, Indy, Le Mans Series etc. Falando nessa, adoro que a Audi esnobe a F1 e faça um espetáculo de esportividade em outros campeonatos. Aliás, tem um vídeo no blog do Flávio Gomes, da Audi, que é de arrepiar.
Outra coisa que me irrita: dizer que os melhores pilotos “do mundo” estão na F1. Ah, para vai!!! Sou mais o Mcnish, Kristensen, Pagenaut etc.
Falando em pilotos, cadê o resto do censo, Verde? Tudo bem que Virgin e Hispania são insignificantes, mas meu piloto preferido está lá…rs.
PS.: lembrei de outra coisa ridícula. Não poder postar vídeos de F1 no youtube. Os caras tiram do ar. Aff.
13 de julho de 2011 at 23:16
Até o fim da semana, termino de postar, heh.
18 de julho de 2011 at 21:23
Não só no Youtube, tiram do ar qualquer link para download de corridas antigas…
13 de julho de 2011 at 23:18
Verde
inspirado em mais um post excelente.
valeu
15 de julho de 2011 at 2:20
eu vejo a formula 1 e a indy a pelo menos uns quase 20 anos, e que vejo acontecer hj em dia com a indy é a busca pelo espirito de competiçao, de aventura, de emoçao que se tinha nos anos 90. claro que ainda nao chegou aquele estagio fenomenal, aonde tinhamos correndo lado a lado, o leao, fittipaldi, jacque villeneuve, mario andretti, entre outros que foram campeoes em ambas as que categorias.
Já o que vejo na formula 1 é somente a busca por dinheiro e soluçoes mirabolantes para trazer a emoçao de volta a categoria, emoçao essa perdida com o passa dos anos, com os carros super seguros e que nunca quebram ou pistas sem graça, sem emoçao, sem espirito, como as antigas tinham. para a formula 1 voltar ser a formula 1 que conhecemos um dia, teria que ser trocada a mentalidade capitalista de anão de jardim que comanda a F1, por outra que busque o espirito da categoria, aonde o esporte era diversao, emoçao e aventureiro. e nao essa coisa sem graça de sabemos quem ira fazer a pole e ganhar a corrida ja no sabado.
Ai!! esta o X da questão, enquanto vermos uma categoria busca o velho espirito de competiçao, de emoçao e de diversao, encontramos a outra buscando dinheiro e visando somente a grana dos xeques do petroleo e deixando de lado a alma da categoria maxima do automobilismo.
31 de julho de 2011 at 11:52
Cara a Indy realmente é algo que chama mais o público apesar de a F1 nunca perder seu requinte de sempre.