No dia 21 de outubro de 1990, 150 mil nanicos amarelados e empolgados se reuniram no Autódromo de Suzuka para acompanhar a batalha final da guerra campal entre dois homens de perfis opostos e espetaculares. De um lado, com 1m75 de altura e 70kg, estava Ayrton Senna, piloto brasileiro que liderava o campeonato com 78 pontos. Do outro lado, com 1m67 e 61kg, encontrava-se o vice-líder Alain Prost, piloto francês de descendência armênia. O que eles tinham em comum? O branco dos olhos.
Se o conceito de perfeição existe, o piloto que mais se aplicava a ele era exatamente Senna. Ayrton era extremamente veloz, particularmente genial em treinos classificatórios, impecável em pista molhada e um especialista em diagnosticar problemas e encontrar soluções para seu carro. Fora da pista, era um fenômeno do marketing. O brasileiro era o melhor garoto-propaganda do patrocinador de sua equipe, que era simplesmente a empresa mais ativa no automobilismo na época. Não era o cara mais boa-pinta de todos, mas compensava com enorme carisma. Dava-se bem com muita gente no paddock e na mídia. Nas arquibancadas e nos sofás ao redor do mundo, o carinho dos milhões de fãs era algo inacreditável. Ayrton Senna era o herói desta gente.
Seu rival maior era Alain Prost. Este daí era uma cobra criada, dessas peçonhentas pra caramba. Mais velho e experiente do que o rival, Prost ainda contabilizava mais vitórias no currículo, embora já tivesse sido amplamente superado em poles. Se velocidade não era um diferencial, o francês compensava com um maquiavelismo assustador, capaz de desestabilizar qualquer um com mente um pouco mais fraca. Prost era um sujeito que jogava durante todo o tempo, manipulando pessoas de modo a atrair as que o interessavam e repelir as indesejáveis. Ainda assim, era um cara que conseguia ter bom trânsito entre os outros pilotos e, principalmente, entre os jornalistas. Entre os fãs, no entanto, Alain estava muito longe de ser uma unanimidade. Somente os ferraristas o amavam, mas por pura conveniência. Em suma, Alain Prost era o anti-herói da Fórmula 1. Ou um vilão, como queira.
No dia 25 de novembro de 2012, 70 mil mamelucos empolgados se reuniram no Autódromo José Carlos Pace para acompanhar a batalha final da guerra campal entre dois homens de perfis opostos e espetaculares. De um lado, com 1,76m de altura e 58kg, estava Sebastian Vettel, piloto alemão que liderava o campeonato com 273 pontos. Do outro lado, com 1m71 e 68kg, encontrava-se o vice líder Fernando Alonso, piloto espanhol de descendência asturiana. O que eles tinham em comum? O branco dos olhos.
Se o conceito de perfeição existe, o piloto que mais se aplicava a ele era exatamente Vettel. Sebastian era extremamente veloz, particularmente genial em treinos classificatórios, impecável em pista molhada e um especialista em diagnosticar problemas e encontrar soluções para seu carro. Fora da pista, era um fenômeno do marketing. O alemão era o melhor garoto-propaganda do patrocinador de sua equipe, que era simplesmente a empresa mais ativa no automobilismo na época. Não era o cara mais boa-pinta de todos, mas compensava com enorme carisma. Dava-se bem com muita gente no paddock e na mídia. Nas arquibancadas e nos sofás ao redor do mundo, o carinho dos milhões de fãs era algo inacreditável. Sebastian Vettel era o herói desta gente.

Assim como ocorre atualmente, os espectadores preferiam Senna e os jornalistas eram mais tolerantes com Prost
Seu rival maior era Fernando Alonso. Este daí era uma cobra criada, dessas peçonhentas pra caramba. Mais velho e experiente do que o rival, Alonso ainda contabilizava mais vitórias no currículo, embora já tivesse sido amplamente superado em poles. Se velocidade não era um diferencial, o asturiano compensava com um maquiavelismo assustador, capaz de desestabilizar qualquer um com mente um pouco mais fraca. Alonso era um sujeito que jogava durante todo o tempo, manipulando pessoas de modo a atrair as que o interessavam e repelir as indesejáveis. Ainda assim, era um cara que conseguia ter bom trânsito entre os outros pilotos e, principalmente, entre os jornalistas. Entre os fãs, no entanto, Fernando estava muito longe de ser uma unanimidade. Somente os ferraristas o amavam, mas por pura conveniência. Em suma, Fernando Alonso era o anti-herói da Fórmula 1. Ou um vilão, como queira.
Confesso que nem precisei me esforçar muito para fazer a conexão intertemporal. É possível que estejamos presenciando o surgimento da maior rivalidade desde Ayrton Senna e Alain Prost. Com dois pilotos que, diga-se, estão cumprindo muito bem o papel de herdeiros dos dois mestres do passado. Alonso é Prost sem nariz e fim de papo. Eu achava que Lewis Hamilton, com seu capacete amarelo e suas eternas referências ao velho ídolo, era o cara mais parecido com Senna no grid. Errei. Esse daí é Vettel – sujeito que eu outrora julgava, por sua vez, ser o novo Michael Schumacher. Errei também. Errei porque Vettel tem tudo para ser um piloto mais completo do que Schumacher: além de destruidor de recordes, um verdadeiro ídolo, coisa que o heptacampeão nunca conseguiu ser.
Ídolo. Como definir um? Fácil. É aquele cidadão que foi escolhido por Deus entre milhões para esbanjar ao mesmo tempo habilidade sobrenatural em alguma atividade popular e carisma o suficiente para mobilizar e emocionar multidões. Ser competente pra caramba em alguma especialidade, seja ela física quântica ou embaixadinha, não é difícil. Ser legal e querido pelos outros também não. Difícil é você aliar competência e carisma, pois muitos competentes são pernósticos filhos da puta e muitos populares são picaretas incorrigíveis.
Niilista que sou, sempre acreditei na obrigatoriedade da imperfeição, isto é, que não há como um cara ser fodão e querido pelas pessoas ao mesmo tempo. Ou o sujeito é um craque ou ele é gente boa, um clássico trade-off. No geral, sempre admirei mais os fodões, principalmente aqueles que fracassam completamente no trato social, como o enxadrista Bobby Fischer. Nunca saiu da minha cabeça a ideia de que aqueles que chamamos de “melhores” são pessoas problemáticas, cheias de defeitos e esquisitices, despossuídos de qualquer traço de normalidade. Eu estava implacavelmente certo até algum tempo atrás.
Ayrton Senna era um workaholic entediante. Alain Prost botava chifres em seus amigos. Nigel Mansell era um parlapatão. Nelson Piquet nem sempre fala coisas que presta. Michael Schumacher tem cara de oficial nazista. Lewis Hamilton age como um rapper endiabrado. Fernando Alonso abusa do cinismo. Kimi Räikkönen não liga para nada. Mika Häkkinen tinha problemas com a bebida. Jacques Villeneuve é um narcisista de merda. Niki Lauda não tem uma orelha. Jackie Stewart é estrábico. Emerson Fittipaldi fracassou várias vezes como empresário. Juan Manuel Fangio não falava inglês. Jim Clark era tímido demais. Alan Jones era gordo demais. James Hunt era um babaca com fiscais de pista.
OK, mas o que dizer de Sebastian Vettel?
Para explicar o que penso sobre ele, recorro a Homero. Homero Simpson, pai de família. Em um episódio mais ou menos recente de The Simpsons, Homer lamentava pelo sucesso de Vance Connor, um sujeito que havia estudado com ele nos tempos de high school. Após ter vencido Homer nas eleições para representante de classe, a vida de Vance começou a decolar e ele acabou se tornando um homem rico e bem-sucedido. Enquanto isso, o derrotado Homer Simpson não evoluiu e se tornou um típico zé-ruela da classe média baixa americana.
Ao encontrar Vance em uma cerimônia de homenagem à sua pessoa, Homer lhe fez algumas perguntas tentando encontrar algum defeito ou aflição em meio a tanta felicidade e sucesso.
– Deixe-me adivinhar: por trás desse sorriso, existe um homem amargurado e infeliz, certo?
– Não! Por trás desse sorriso, existe um sorriso ainda maior!
– Não é possível! Alguma coisa deve estar errada aí. Aposto que o seu sapato é desconfortável!
– Não, ele é superconfortável!
– Nãããããããão!
Eu raciocino como Homer Simpson, supondo que o mesmo tenha alguma capacidade para isso. A existência de uma pessoa que não tenha defeitos aparentes é agressiva aos demais. Não se trata de inveja, mas de um conjunto de impressões que todos temos a respeito do ser humano. Todo mundo tem defeitos horríveis, impublicáveis. Quem não tem defeitos só pode estar mentindo. Ou simplesmente tem pacto com o capeta.
Alonso, Schumacher e Piquet são verdadeiros catálogos de pecados, enquadrados dentro do lado humano de sujeitos excepcionais dentro de carros de corrida. Eles ajudaram a formar a ideia de que todo gênio tem um lado obscuro e nós nos acostumamos com essa ideia. Aí surge um piloto alemão mais rápido que Alonso, mais simpático que Schumacher, mais relaxado que Piquet e sem nenhum histórico de polêmicas. Como pode? Isso é um acinte!
Pois Vettel é assim mesmo, um cara “perfeito”, o Vance Connor sorridente que tem um sapato superconfortável, pronto para irritar os Simpsons, Alonsos e Verdes da vida com sua aura contagiante. O que há para ser contestado? Muitos diziam que ele não era capaz de fazer corridas de recuperação, mas Sebastian acabou com qualquer suspeita nos GPs de Abu Dhabi e do Brasil. Os lapsos de antipatia e choro, como na colisão com Narain Karthikeyan no GP da Malásia, foram apenas lapsos. A verdade é que, tanto dentro como fora das pistas, é necessário um esforço de detetive para encontrar alguma coisa que o comprometa.
Por isso que a grande maioria dos espectadores o ama. As pessoas normalmente idolatram o super-herói, a perfeição em forma de ser humano. Só metidos a do contra torcem para o vilão, salvo no exemplo óbvio de Tom & Jerry. Pois Vettel é o mocinho e Alonso é o lado negro, o Darth Vader das Astúrias, o homem cruel e sanguinário a ser derrotado. É o preço que se paga quando seu nome está envolvido em praticamente todas as grandes polêmicas da Fórmula 1 nos últimos anos.
Curiosamente, assim como no caso de Prost, boa parte dos jornalistas está ao lado de Alonso. O que se passa com eles? Simples. Muitos de nós, que torcemos por Alonso e rechaçamos Vettel, simplesmente acreditávamos que após o espanhol ter derrotado o então imbatível Michael Schumacher, começaria uma nova era na Fórmula 1, a “Era Alonso”. Não demorou muito e um garoto inglês apareceu e estremeceu as bases da categoria, Lewis Hamilton. Então, nós passamos a acreditar que a nova era, na verdade, seria comandada por Alonso e Hamilton. Quem era Vettel no meio disso? Na melhor das hipóteses, um novo Robert Kubica.
Com o passar do tempo, as coisas mudaram. Hamilton villeneuvezou: vice-campeão no primeiro ano, campeão no segundo e só. Hoje em dia, embora tenha até melhorado o nível de sua pilotagem, não se mete em disputas por títulos há algum tempo. Já Alonso, que tinha uma imagem pública boa até 2006, manchou sua reputação com demonstrações de arrogância e com episódios como o lamentável Cingapuragate. Hoje em dia, é visto como um mal a ser extirpado, um sujeito desprovido de caráter e dignidade. No meio disso, Vettel prosperou e virou o novo dominador, contrariando todas as previsões dos jornalistas. Como pode? Se eu disse que era para Alonso e Hamilton serem os grandes dessa fase, não é para chegar um alemão merdinha e provar que estou totalmente equivocado! Pois é assim que os jornalistas, sempre narcisistas, pensam. Confesso compartilhar um pouco deste pensamento.
Com Prost, o sentimento era mais ou menos o mesmo. Jornalistas como Sergio Quintanilha e Reginaldo Leme, embora tenham mudado de opinião posteriormente, não entraram de cabeça no fenômeno Senna logo de cara por acreditarem que o rival francês ainda era melhor. O mítico “Barão” Wilson Fittipaldi ia mais longe: em uma entrevista concedida à Quatro Rodas no fim de 1989, ele afirmou que Senna era “um ótimo velocista, mas que ainda passava muito dos limites. Depois não adianta culpar, por exemplo, o câmbio”. Ninguém duvidava do talento do futuro tricampeão, mas os especialistas ainda queriam acreditar que aquele que eles julgavam ser o melhor, Alain Prost, não seria superado tão facilmente por um sul-americano imberbe. Muitos mudaram de ideia com o tempo. Eu me conheço bem: provavelmente estaria torcendo para o Prost até agora.
Nesta temporada, essa separação entre jornalistas que apoiam Fernando Alonso e espectadores que torcem para Sebastian Vettel ficou bem clara. De um lado, sites, jornais e hebdomadários (estava louco pra usar essa palavra) mantendo em pé a esperança pelo terceiro título do espanhol. Do outro, milhões de pessoas apoiando o simpático Vettel contra Alonso e a máfia ferrarista. Ganhou o povo e sua voz, que dizem ser de Deus.
Vettel, o vencedor, já está no auge da carreira – e olha que o auge ainda tem tudo para continuar por muito tempo. Quem diria que outro alemão que não Schumacher seria o mais novo substituto de Ayrton Senna em termos de popularidade… Em compensação, o lado da mídia golpista e dos sem coração segue empunhando a bandeira do excessivamente humano Fernando Alonso da mesma maneira que fazia com Alain Prost há 25 anos.
Eu sou do lado do contra, malvado. E ainda acredito que o sapato de Vettel não seja tão confortável assim.
6 de dezembro de 2012 at 16:26
Que mega texto, gostei muito e vou recomendar pacas. A jogada de trocar os nomes e repetir o texto foi de puro talento. Parabéns
6 de dezembro de 2012 at 17:50
Boa, Verde, mandou bem como sempre!
Só para irritá-lo ainda mais, lembro de outro “Vance Connor” do esporte, chamado Lionel Messi.
Embora eu tenha certeza de que você gosta mais do Cristiano Ronaldo… :)
6 de dezembro de 2012 at 18:08
Romarinho >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
6 de dezembro de 2012 at 21:09
Putz, que texto sensacional! Adorei! Parabéns!
6 de dezembro de 2012 at 21:26
Analogia sensacional!
6 de dezembro de 2012 at 21:36
eu acho o Vettel forçado demais com esse jeito “cool” dele, pra mim isso e só pra combinar com o estilo da Red Bull de equipe mais descolada e tal, deve ter alguem atras dele dizendo, sorria, acene, mostre o dedo.
7 de dezembro de 2012 at 18:25
Em suma, o mesmo que sempre diziam do Senna: que era puro marketing… hehehehe
6 de dezembro de 2012 at 21:55
Eu sou um pouco parecido com a sua pessoa.
Nunca gostei de seguir aquilo que todos seguiam e pensavam.
Quando começei a seguir a F1, em 1979, passei a gostar de Regazzoni quando era Jones que dominava na Williams, seu companheiro de equipa.
Já nessa altura todos gostavam de Villeneuve, não consegui ser seu adepto, e continuo com ideias fixas sobre o canadiano.
Gostei de Marc Surer, completo antagonismo para com o geral.
E após os anos de 1980/81, passei a gostar de Prost.
Como aqui em Portugal, na altura, 90% ou mais, dos portugueses torciam por Piquet, eu gostava e queria ser do contra. Prost era o mais dos mais para mim. deu-me alegrias desportivas como mais nenhum desportista me deu. O fanatismo e ignorancia da grande maioria dáva-me prazer. Sim, porque a maior parte destes tais 90% pouco percebia de F1. Torcia por Piquet… porque sim. Poruqe era brasileiro e o meu amigo lá da minha rua dizia que era bom!!!
Nunca tive nada contra Piquet piloto,mas simplesmente não era o meu piloto preferido.
Claro que com o abandono de Prost a F1 não acabou para mim. Continuo a ser um pouco do contra no que respeita ás ideias e gostos da maioria.
Este titulo de Vettel… não gostei!!!
Com esta idade ser tri, dá um pouco da ideia que a F1 é fácil. Um Stewart, um Brabham, um Piquet ou Lauda esmeraram-se durante anos para entrarem neste clube muito restrito… e dificil, que é ser 3 vezes campaão do mundo de F1!!!
Mas será assim tão dificil sê-lo?!?!
Já não digo nada!!!
7 de dezembro de 2012 at 10:23
Ser tricampeão, realmente não deve ser nada fácil. Mas temos que concondar que esse garoto, é um fenômeno, assim como Fangio e Schumacher. Faz parcecer fácil algo tão díficil. Se a Red Bull continuar com a evolução do seu carro, será como diz nosso amigo Galvão, é tetra, é tetra….fato
6 de dezembro de 2012 at 22:50
Texto é excelente. Mas não acho Vettel tão perfeito assim, e muito menos carismático. Quem gosta dele é a imprensa. Perambulando por blogs, principalmente fora do Brasil, a rejeição dele é bem grande e se havia alguma torcida por ele aqui, era porque estava enfrentando Alonso e a Ferrari malvada com brasileirinhos. Hamilton disputou até a corrida final o campeonato de 2010 e só não ganhou esse devido a sua equipe. Não o descartaria dessa forma.
7 de dezembro de 2012 at 1:09
O Kimi perdeu o posto de problemas com a bebida para o Hakiknnen hehehe.
Não sabia que o Mika era tão papudim assim.
7 de dezembro de 2012 at 1:45
Excelente texto. O Vettel parece ser um cara legal de verdade, o problema é que alguns gestos e atitudes parecem um pouco forçadas. Alonso sinceremente é a escória do pior tipo. Fora o Cingapuragate, não se esqueça do caso da espionagem dele contra a Ferrari em 2007, ano em que estava na McLaren.
7 de dezembro de 2012 at 7:46
Caramba,ai sim fomos surpreendidos novamente!
Quando pensava que esse blog tinha sido abandonado,jogado as traças,virado uma Onyx…eis que me deparo com esse texto perfeito!!!
Muito boa a analogia!!!!!!
Mesmas historias,com rostos diferentes…mas surpreendentemente com os mesmos traços psicologicos!
7 de dezembro de 2012 at 10:19
Gostaria que isso daqui virasse uma Onyx, hehehehe
7 de dezembro de 2012 at 8:43
Não gosto do Vettel. Tenho um receio ENORME de que ele tenha uma hegemonia maior que a do Schumacher.
Sou a favor do rodízio de campeões.
7 de dezembro de 2012 at 8:46
Ah… meu nível de rejeição ao Vettel é tão grande que cheguei ao extremo de torcer para o Alonso em 2012.
7 de dezembro de 2012 at 10:55
Meu nível de rejeição pelo Pestana é tão grande que cheguei ao extremo de torcer pelo Vettel em 2012.
7 de dezembro de 2012 at 10:49
Excelente texto Verde…
Eu gosto do Vettel apesar dos pesares… mas creio que ele deve ter alguma imperfeição a gente só não achou ainda…
Gosto do fato de ele ser a antítese do Alonso… e creio que essa rivalidade extrapola os pilotos e espelha as equipes… a Red Bull hoje é o contraponto do que é a Ferrari…
Na equipe austríaca seus pilotos tem que ser competitivos mesmo entre eles (espremida do Webber na largada de Interlagos alguém ?) enquanto na Ferrai só pode vencer o piloto elegido pelos diretores muitas vezes desrespeitando não só a ética esportiva mas principalmente o espectador neutro que está ali para assistir a uma competição e não a uma exibição com resultados combinados…
Os engenheiros da Red Bull criam soluções tão inovadoras que a as outras equipes protestam e a FIA as proíbe, já a Ferrari usa sua tradição para proibir as inovações das outras equipes…
A Red Bull é uma marca ligada a esportes radicais sinonimo de inovação e juventude e a Ferrari é sinonimo de tradição e ligação ao passado…
Na verdade se observar bem é um marketing psicologico pra ser bem simples, o que a grande maioria das pessoas gostaria de ser… Superman ou Lex Luthor ??? Pode parecer que sou parte da maioria, mas eu preferiria ser o Superman e mesmo ele tem sua kryptonita… Vettel também tem a dele… o Lex Luthor só não descobriu ainda…
Eu gosto do Vettel, do estilo de pilotagem dele, do fato de ele não precisar de ajuda do Webber, a única coisa que não gosto dele é o fato dele não ter pintura de capacete definida… acho isso meio que falta de personalidade… taí um defeito que vejo nele…
Gosto também da idéia de que ele vá arrebentar com os recordes do Schumacher, eu torcia para o alemão queixudo após a morte do Senna, mas ele estragou tudo com suas vigarices, sou um cara que gosta das coisas justas (ao meu ver), claras… e o alemão era tudo menos isso… eu perdoei varias cagadas dele na temporada de 94… pensei… “… poxa, é a primeira disputa de título do cara ele deve ta ansioso ou algo assim…” ou então pensava na minha inocencia… “… é a equipe que tá fazendo isso com ele…”
Mas em 1997 nós vimos de novo essa faceta terrível dele, a partir fiquei neutro por que nunca consegui torcer pelo Mika apesar de achar ele um bom piloto…
Mas em 2002 foi a gota d’água… Vigarista e vigarices nunca mais… Ross Brawn / Schumacher / Jean Todt / Briatore / Alonso – que todos comam merda…
F1 é esporte… se é esporte tem que haver disputa… de preferencia limpa… justa… pra que o campeão receba todos os méritos de sua conquista…
Long live Vettel !!! Long live the new king !!!
7 de dezembro de 2012 at 16:14
ótimo texto, os dois mereceram o título deste ano.
Mesmo sabendo que Alonso tem um histórico de polêmicas na F1, torci pelo tri dele, por causa de uma única corrida que assistir, o GP de Valência deste ano. Não imaginava eu ficar feliz com uma vitória dele, mas naquele corrida ele mitou, e falei: esse cara merece o título. Claro que Vettel fez ótima corridas também, mas é chato ver o cara ganhar tudo nos últimos anos.
Continue assim verde, Parabéns!
7 de dezembro de 2012 at 16:15
Sabe aquela música da bailarina que não tem defeito. É o Vettel.
Para mim isso é chato demais.
13 de dezembro de 2012 at 10:31
Boa análise hehe. Ainda q seria mais cabível ao Rosberg
7 de dezembro de 2012 at 17:06
Grande Verde, parabéns pelo texto, já compartilhei com meus amigos no Facebook.
O que se vê é exatamente isso, um mesmo roteiro maniqueísta, vilão, mocinho, estilos opostos, polaridade. Confesso que também me vendo pelo velho estilo de narrativa que vende há anos. Amo Formula 1, mas as coisas já estão ficando previsíveis demais. Que seja comercial, que tenha milhões envolvidos, que um monte de empresários sem tradição nenhuma no esporte manipulem a bagaça a troco de multiplicar seus milhões, mas que seja de maneira pelo menos minimamente plausível esportivamente.
As coisas são muto diferentes de duas décadas atrás. Um monte de mauricinhos que compraram a carteira de motorista com o dinheiro do papai no lugar de gente que realmente adiciona as corridas, como o Koba ou o Sutil. Gente com sobrenome que toma o lugar de jovens promessas que envelhecem sem oportunidade, como o Razia. Gente que convence que é e
usa política para oprimir, como Alonso e Massa.
Depois que o Shumi voltou e não fez nada, percebi que não existem heróis. É simplesmente uma mistura de talento, dinheiro, família rica, influência política (não necessariamente na mesma ordem, e o talento é dispensável). Ah, faltou o lugar certo na hora certa, mas isso já não tem tanta importância.
7 de dezembro de 2012 at 23:58
Que texto, hein? Parece o Vettel pilotando… Valeu!
8 de dezembro de 2012 at 17:12
E pensar que o Lewis sempre se dizia o novo Senna hehehehe
show esse texto.
12 de dezembro de 2012 at 13:39
Nunca tinha imaginado esta relação histórica. Excelente texto, como de costume.
Há o outro lado: Eu, por exemplo, não gosto do Fernando (netinho mimado) Alonso e apenas por isto torci para o Sebastian (dedinho) Vettel.
A diferença entre o Vettel e Senna é o espetáculo na condução de um carro, que não fica tão evidente na tocada do Seb.
A história do Schumacher não tem tanto brilho por não haver na época pilotos do mesmo gabarito. Por outro lado, diminuir seus feitos é puro sacrilégio, já que é tranquilamente um dos melhores pilotos da história da F1, goste-se ou não dele.
Os três títulos de Vettel, por consequência, são mais emblemáticos que os de seu compatriota. Basta olhar o grid: Alonso, Lewis, Jenson, Felipe (quando está com a macaca) e vários outros pilotos apenas um degrau abaixo da genialidade.
Temos a sorte de estar vivendo um dos melhores momentos da F1 em muitos anos.
Abraço!
Peter
13 de dezembro de 2012 at 8:35
Por outro lado, o carros de hoje não mostram tanto o espetáculo da condução por terem pressão aerodinâmica bem maior, ao mesmo tempo que têm menos potência. Provavelmente Senna não seria tão espalhafatoso hoje em dia…
Gostei do paralelo entre os títulos de Vettel (que foram contra Alonso, um cara foda) e os de Schumacher (que venceu Hill, Häkkinen, Kimi e Montoya). Por outro lado não é culpa do queixudo.
13 de dezembro de 2012 at 5:35
nanana!!!!..Vettel tá longe de ser perfeito. Sensacional foi o Alonso que pegou uma ferrari falida e levou a decisão para ultima corrida. Ele(Vettel) pode ser rapido, mas está aprendendo agora a lidar com pressão sem ser afobado ou cometer erros.
E o Kimi (esse tem um temperamento alá piquet..tá salvando a F-1 do “bom mocismo) tb, por ter pego um 3° lugar, ficando a frente de duas Mclarens.
A Red Bull Racing tem disparado o melhor carro de Grid e isso é incontestavel desde de 2010. Assim como a Williams do Mansell era magnifica e a mp4 do Ayrton e Prost do em 88 eram insuperaveis.
Alias, tempos atrás o Vettel me lembrava o Mansell. Era muito afobado e errava sozinho. Tá longe de ser o novo Schumacher..Alias, muuuuuuito longe. São dois pilotos que foram campões..graças ao carro. Assim como Ayrton dependeu muito do melhor carro para ser campeão. Porem tinha um rival com equipamento igual (logicamente o tratamento, e Senna tinha uma vantagem. Mas é uma longa historia)
Foi longe na comparação com os dois mitos tb.
Senna arriscava tudo, odiava o 2° lugar. Vettel soma pontos. Isso lembra até mais o Allain do que o Ayrton…
Dentro das pistas, Senna trapaceava muito também, coisa que nunca vi o Vettel fazer..
Mas essas “trapacinhas” eram bem a cara do “jeitinho brasileiro”. Quantas malandragens o piquet não fez no passado? Lembro que ele era companheiro do Mansell, que disse para equipe que ia parar nos boxes para trocar os pneus (tava perdendo muito rendimento na pista) A equipe avisou o Piquet. O que ele fez? Simplismente entrou nos Boxes, e forçou o britanico a dar mais uma volta com os pneus Surrados, hahah. Já saiu até no tapa em rede nacional com o salazar. Se bem que o Senna já deu uns socos no sem noção do Irvine, mas foi nos bastidores. Bateu até no Reginaldo Leme, enfim…tinha tudo pra ser um vilão dos bons tb, não fosse sua maestria em ser uma especie de heroi cativante.
Penso que o “espirito de vencedor”, aquele de querer sempre vencer e o “2° lugar não importa” trazia essa sensação de heroismo, de nunca desistir e sangue por justiça. Sem duvidas uma chave imensa para o marketing. Que soube aproveitar muito bem a imagem dele. A globo então, deitou e rolou…já que o piquet tava andando e ca%@# pra emissora, agora eles tinham o seu heroi.
Mas de fato foi um grande piloto. Na minha opinião, está entra os 10 melhores com certeza.
Ahh, e pelo amor né? O estilo de pilotagem do Alonso é completamente diferente do Prost.
E não sei de onde voce tirou essa idéia de que o prost é considerado vilão!!! O.o
Voce escreve bem e tal, não leve a mal meu comentario, só foi uma opinião só discordei das analises feitas no seu post.
grande abraço
13 de dezembro de 2012 at 10:29
Vettel é um sem-graça. O dia q tiver q desenvolver um carro sem o Newey ele esquece como fazer pra ganhar.