MARK WEBBER – 9 – A vitória foi chocha, sim, mas nós temos de ser justos com ele. O australiano esteve rápido desde a sexta-feira, chegou a liderar o primeiro treino livre e nunca ficou muito atrás de Vettel enquanto esteve em segundo. A partir do momento em que o problema do câmbio do alemão se intensificou, Mark chegou de vez e ganhou de presente de Natal a liderança. Depois, só desfilou rumo à sua primeira e única vitória no ano. Um bom fim de ano para alguém que fez uma de suas piores temporadas na carreira.
SEBASTIAN VETTEL – 9 –Domingo não foi seu dia. A pole-position, 15ª nesta temporada histórica, foi sua e com louvores. A liderança também foi sua durante a primeira parte da prova. No entanto, ainda na parte inicial, o câmbio começou a falhar. Um problema esquisito, que o obrigava a trocar de marcha mais rapidamente e que fazia o RB7 despejar óleo do câmbio pela pista. Não deu para manter a liderança, mas Sebastian ainda permaneceu na pista e chegou a ser dono da volta mais rápida. Terminou em segundo, mas não parecia tão insatisfeito. Perder uma faz parte, mesmo para ele.
JENSON BUTTON – 8 – Vice-campeão mundial com sobras e com méritos. A corrida foi boa, estritamente boa, nada além de boa. O ponto alto foi ter batido Lewis Hamilton desde o treino oficial. No domingo, teve problemas com os pneus e tomou um passão por fora de Fernando Alonso na Ferradura, coisa linda de se ver. Mais à frente, as coisas se inverteram e Button assumiu a terceira posição de Alonso sem problemas.
FERNANDO ALONSO – 7,5 – Se não é ele, quem é que vai fazer a Ferrari disputar posição no pódio? Na sexta-feira, teve problemas com o motor. No sábado, não conseguiu pegar nada além do quinto lugar no grid. O domingo é que foi melhorzinho. Alonso deixou Hamilton para trás na largada e, não muito depois, fez uma das ultrapassagens mais bonitas da temporada, por fora sobre Button na Ferradura. No final da prova, padecendo com pneus duros, tomou o troco de Button e acabou ficando em quarto. Para o carro que tinha, foi bom.
FELIPE MASSA – 6 – Seis. Este é o número que esteve presente na temporada 2011 de Felipe Massa quase que constantemente. Pelo menos em Interlagos, ele repetiu seu melhor resultado: um quinto lugar… No treino oficial, foi o brasileiro que menos se destacou tendo feito apenas o sétimo tempo. Na corrida, apostou em uma arriscada estratégia de duas paradas que não alterou o destino. Os destaques vão para o bom duelo com Hamilton durante algumas voltas e os zerinhos que ele fez no final da corrida. Zerinho. Zero. De zero para seis é só um rabisco para cima, não?
ADRIAN SUTIL – 8,5 – Mais uma boa corrida, uma de suas melhores em 2011. Aproveitou-se do excelente desempenho da Force India neste final de temporada para colocar o carro no Q3. Na corrida, esteve sempre entre os dez primeiros e chamou muito a atenção na sua briga com Nico Rosberg pelo sexto lugar. Na primeira tentativa de ultrapassagem, tomou o troco ainda no S do Senna. Na volta seguinte, finalmente completou a ultrapassagem. Se ele ficar desempregado, será a maior injustiça da próxima temporada.
NICO ROSBERG – 6,5 – Mais uma corrida eficiente e tediosa. O melhor momento, se é que dá para falar assim, foi ter batido Massa no treino oficial. No dia seguinte, largou mal e perdeu terreno para o mesmo Massa muito rapidamente. Meio sumido na transmissão, só voltou a aparecer quando devolveu uma tentativa de ultrapassagem sobre Sutil (de maneira bonita, diga-se) e tomou a ultrapassagem definitiva na volta seguinte. O melhor de ter terminado em sétimo foi ter permanecido à frente de Schumacher na classificação final pela segunda vez.
PAUL DI RESTA – 7 – Boa corrida, outra. Não passou para o Q3 como fez seu companheiro de equipe, mas ficou bem perto. Largou, fez sua corridinha tranquila e parou apenas duas vezes. A partir da segunda metade, começou a ter problemas no câmbio, mas conseguiu levar o carro até o final e marcou quatro pontos. Terminou o ano como o estreante que mais pontuou.
KAMUI KOBAYASHI – 6,5 – Penou pra cacete na sexta e no sábado, mas conseguiu se recuperar e fez sua melhor corrida no segundo semestre. Desta vez, conseguiu largar à frente do companheiro Pérez, mas por muito pouco. Para a prova, apostou em uma estratégia de duas paradas. Largou bem, não perdeu tempo e não teve problemas nos pit-stops. No fim, se viu na nona posição. Um bom final de campeonato, certamente.
VITALY PETROV – 4 – Nem sei como é que ele pegou o último ponto da temporada. Não que o carro tenha colaborado muito, mas o russo já teve performances melhores neste ano. Na classificação, levou uma surra assustadora de Bruno Senna e ficou em 15º enquanto via o companheiro avançando ao Q3. Na corrida, perdeu muito tempo atrás dos carros da Toro Rosso e também ao ter de fazer um pit-stop a mais que os adversários mais próximos. Continuo sem saber como é que ele terminou em décimo.
JAIME ALGUERSUARI – 4 – Se ferrou na largada, quando perdeu um monte de posições e ficou preso atrás de pilotos que haviam largado atrás. Com isso, não conseguiu pontuar. Tivesse feito o trabalho direito na primeira volta e poderia ter sido o salvador da Toro Rosso em Interlagos. Mesmo assim, ficou à frente de Buemi no sábado e no domingo. Na briga por uma vaga na equipe no ano que vem, está na vantagem.
SÉBASTIEN BUEMI – 3,5 – Também não fez nada que o elevasse à condição de gênio. Na sexta-feira, teve de dar lugar a Jean-Eric Vergne. Quando teve seu carro de volta, ficou uma sessão livre inteira parado nos boxes por problemas. No sábado, largou atrás de Alguersuari. Na corrida, até conseguiu deixar o espanhol para trás na largada, mas as coisas se inverteram na última rodada de pit-stops. Não teve a melhor das temporadas e pode ter feito sua última corrida na Fórmula 1.
SERGIO PÉREZ – 3 – Fez um ano de estreia bastante razoável, mas sua prova de estreia em Interlagos não foi tão boa assim. Dá para culpar os outros, no entanto. Em um dos treinos livres, teve problemas. No sábado, a equipe decidiu acertar o carro para o tempo chuvoso. Não choveu. Por isso, o mexicano largou lá atrás e não se recuperou na corrida mesmo tendo parado duas vezes. Bom piloto, merece uma temporada melhor.
RUBENS BARRICHELLO – 3,5 – Teria sido sua 322ª largada na Fórmula 1 a derradeira? Para ser honesto, fico um pouco assustado com isso. Rubens Barrichello é piloto de Fórmula 1 ininterruptamente desde que eu tinha quatro anos de idade. Hoje, tenho 23. De verdade, fico até meio chocado com isso. Enfim, ob-la-di, ob-la-da. Se a corrida de Interlagos foi uma despedida, bem que ela poderia ter sido melhor. O sábado foi excelente com o suado 12º lugar obtido no Q2. Infelizmente, sua péssima largada arruinou o sonho dos pontos. Restou apenas chegar ao fim. Falo a verdade? Torço muito pela sua permanência na Fórmula 1. Mas acho que não vai dar mais. E nem adianta forçar a barra em uma equipe ainda pior que a Williams. Barrichello não merece isso.
MICHAEL SCHUMACHER – 2 – Viveu situação parecidíssima com a etapa brasileira de 2006. Assim como naquele ano, teve de largar da décima posição (naquele caso, por problema; neste, por opção da equipe). No domingo, partiu para uma tentativa de recuperação e até conseguiu passar Di Resta. No entanto, quando chegou em Bruno Senna, acabou se enroscando com o sobrinho e teve um pneu furado, assim como em 2006. Caiu para último e só lhe restou recuperar as posições dos carros de merda até o fim. Que 2012 seja melhor do que isso.
HEIKKI KOVALAINEN – 6,5 – Terminar à frente de um carro melhor tornou-se uma constante de Heikki Kovalainen nesta parte final da temporada. Desta vez, e mais uma vez, ele ficou à frente de Bruno Senna, que teve de parar quatro vezes e padecia de problemas no câmbio. Mas não dá para justificar a boa etapa do finlandês apenas por isso. No treino oficial, ponteou os pilotos das equipes nanicas. Largou bem e deixou um Sauber e um Toro Rosso para trás. Depois, fez sua corrida eficiente e fechou o ano em alta. OK. Só espero que sua terceira temporada na Lotus não seja apenas um “2011 melhorado“, pois este ano já foi um “2010 melhorado”.
BRUNO SENNA – 4 – Puxa vida, hein? O sábado do brasileiro foi talvez o melhor dia de Bruno Senna na Fórmula 1, talvez melhor até mesmo do que a classificação na Bélgica. Não só passou para o Q3 como também deu uma surra inesquecível em Petrov na frente da torcida. O domingo, por outro lado, foi negro. Logo no começo, em uma disputa com Schumacher, não facilitou a vida do alemão e os dois se acharam. Com isso, Senna teve de ir aos pits para trocar o bico. Mais tarde, foi punido e teve de ir aos pits mais uma vez. Para piorar, assim como aconteceu com seu tio há vinte anos, o câmbio começou a falhar no final. Sua corrida foi para o saco, é claro.
JARNO TRULLI – 3 – Não conseguiu sequer deixar um Bruno Senna com problemas de câmbio e quatro paradas para trás. Não que isso seja lá sua obrigação, mas Heikki conseguiu e isso conta pontos positivos a seu favor. No mais, largou atrás do companheiro e terminou atrás. Enfim, nada de novo. Não sei o que ele ainda espera da Fórmula 1.
JERÔME D’AMBROSIO – 3,5 – Desse daqui, deu pena. Fez seu trabalho honesto de sempre, mas terminou o domingo desempregado, já que Charles Pic foi anunciado como seu substituto horas depois. Maneira ruim de recompensar sua atuação competente em Interlagos. No dia anterior, embora batido pelos dois HRT no treino oficial, conseguiu deixar Timo Glock para trás. Na corrida, foi o único piloto da equipe a chegar ao final. Pelo visto, sua carreira na Fórmula 1 também chegou ao final.
DANIEL RICCIARDO – 4 – Corrida normal para um piloto da HRT. O sábado certamente foi melhor que o domingo, já que tanto ele como Vitantonio Liuzzi bateram os dois carros da Virgin, embora o australiano ainda tenha ficado atrás do companheiro. Na prova, contudo, somente ele terminou. Teve problemas de pneus, o que o impediu de ficar à frente de D’Ambrosio, mas ainda conseguiu chegar ao fim. Deve ter sido sua última corrida com um carro tão ruim.
VITANTONIO LIUZZI – 4 – Teve seu ponto alto no ano ao ficar à frente de três carros na classificação por puro mérito. Na corrida, infelizmente, pôs tudo a perder com uma má largada. Pelo menos, vinha andando à frente de Ricciardo até ter um problema no alternador. Impossível saber o que será de sua carreira no ano que vem.
LEWIS HAMILTON – 3 – Triste fim de uma temporada conturbada. Vindo de uma bela vitória em Abu Dhabi, Hamilton esperava fechar o ano com chave de ouro na pista onde foi campeão há três anos. Fracassou. No treino oficial, não conseguiu superar Button e obteve apenas o quarto lugar no grid. Na largada, saiu mal e perdeu uma posição para Massa. Tentou se recuperar e até chegou a brigar com Felipe Massa, mas o câmbio de seu carro quebrou e deixou o ex-Scherzinger a pé. Como ponto positivo, o capacete que homenageia Ayrton Senna e que será leiloado pra ajudar umas criancinhas carentes por aí.
PASTOR MALDONADO – 2,5 – Terminou 2011 sendo, provavelmente, o piloto da Williams com os piores resultados em um ano na história da equipe. Nem Zanardi em 1999 ou Nakajima em 2009 tiveram tantas dificuldades. Pudera. No treino oficial, ficou no Q1 com as três equipes porcas. Na corrida, até conseguiu se recuperar, mas rodou após ter ultrapassado Senna e deu adeus prematuro à prova. Nem sabe se irá continuar na Fórmula 1 no ano que vem, perdido nos problemas de contrato da PDVSA com a Williams.
TIMO GLOCK – 0 – Deus do céu, hein? O pior é que seu péssimo fim de semana nem foi culpa dele. Seu carro esteve muito ruim o tempo todo. No sábado, ele ficou atrás de D’Ambrosio e dos dois HRT no treino oficial. Ou seja, ficou em último no grid. Na corrida, logo após sair de seu pit-stop, o pneu traseiro esquerdo deu tchau ao seu carro e voou para longe. Por pouco, não atravessou a mureta dos pits e invadiu a pista. Glock ficou irritadíssimo e estava totalmente certo. É um cara que nunca vai ter um GP do Brasil tranquilo, pelo visto.
1 de dezembro de 2011 at 17:07
Glock nunca teve sorte aqui no Brasil. Veja o retrospecto:
2004: Ficou em décimo quinto com um Jordan péssimo.
2008: Terminou em sexto e foi considerado pela torcida como culpado pela perda do título que Massa teve apenas por 35 segundos.
2009: Não correu porque se quebrou em Suzuka e por um momento já tinha ficado sem o seu emprego na Toyota por causa de um certo Kobayashi.
2010: Terminou em vigésimo com um Virgin de m…. a frente só de B.Senna e C.Klien.
2011: Abandonou por causa de sua equipe que deixou o pneu ir embora sem dizer tchau.
1 de dezembro de 2011 at 17:26
Interessante como os câmbios sofrem em Interlagos. desta vez, os dos carros de Vettel, Hamilton, di Resta e Bruno Senna.
nunca tinha notado isso até este ano – também, pudera, numa corrida com poucos atrativos, problemas e quebras de câmbio dominaram a cena.
e lembrando que em 91, além do famoso câmbio gradual-mastigador-de-marchas do carro de Senna, também o de Mansell moeu suas marchas(ou terá sido o semieixo?) e o de Patrese passou a mal funcionar, não permitindo se aproximar do brasileiro.
deve ter muitas histórias de câmbios moídos nas outras edições.
1 de dezembro de 2011 at 18:16
Agora, Webber passou à frente de Kovalainen nas Notas 2011 do Verde. =)
1 de dezembro de 2011 at 18:32
Puta merda. Sério? Vou apagar esta bosta de post então.
1 de dezembro de 2011 at 21:19
Que doido. Tem que ter muito paciencia e sanidade para somar tudinho. Eu pensava que era o Chandhok que era o último. Ou você não contou as notas da Alemanha.
2 de dezembro de 2011 at 7:38
Marcelo, eu somava as notas de cada GP numa planilha do Excel, à medida que o Verde as lançava no blog. Acabou virando um passatempo porque eu também assistia às corridas e avaliava a performance de cada um dos pilotos. Aliás, eu já fazia isso desde o ano passado, quando deu Vettel novamente em primeiro.
E, de fato, o Chandhok foi o último colocado, embora o Pedro De La Rosa nem tenha sido avaliado no GP do Canadá. Mas eu considerei apenas os pilotos que correram em mais de um GP esse ano. O indiano e o espanhol apenas fizeram figuração.
Taí a pontuação geral e as médias das notas do Verde em 2011:
01º Sebastian Vettel – 142,5 pts. (média 8,9)
02º Fernando Alonso – 130,5 pts. (média 8,1)
03º Jenson Button – 123 pts. (média 7,7)
04º Lewis Hamilton – 100 pts. (média 6,3)
05º Nico Rosberg – 97,5 pts. (média 6,1)
06º Mark Webber – 97 pts. (média 6,1)
07º Heikki Kovalainen – 95 pts. (média 5,9)
08º Paul Di Resta – 92,5 pts. (média 5,8)
09º Adrian Sutil – 92 pts. (média 5,8)
10º Felipe Massa – 90 pts. (média 5,6)
11º Michael Schumacher – 86,5 pts. (média 5,4)
12º Sergio Perez – 85,5 pts. (média 5,3)
13º Sebastien Buemi – 85,5 pts. (média 5,3)
14º Kamui Kobayashi – 83 pts. (média 5,2)
15º Vitaly Petrov – 81,5 pts. (média 5,1)
16º Jaime Alguersuari – 76,5 pts. (média 4,8)
17º Jarno Trulli – 64 pts. (média 4,3)
18º Pastor Maldonado – 60,5 pts. (média 3,8)
19º Jerome D’Ambrosio – 58 pts. (média 3,6)
20º Rubens Barrichello – 55 pts. (média 3,4)
21º Vitantonio Liuzzi – 52 pts. (média 3,5)
22º Timo Glock – 51,5 pts. (média 3,2)
23º Daniel Ricciardo – 47,5 pts. (média 5,3)
24º Nick Heidfeld – 46,5 pts. (média 4,7)
25º Narain Karthikeyan – 28,5 pts. (média 3,6)
26º Bruno Senna – 28 pts. (média 4,7)
27º Karun Chandhok – 1 pt.
28º Pedro De La Rosa – sem avaliação
2 de dezembro de 2011 at 17:29
Barrichello atrás do d’Ambrosio. Que doido. Destaque para o Karthikeyan que não é o último.
2 de dezembro de 2011 at 17:36
E das equipes, você tem as somas das notas das equipes (interrogação)
2 de dezembro de 2011 at 20:10
Vou ficar te devendo essa, Marcelo. =(
1 de dezembro de 2011 at 20:23
Massa nota 6? Tá fácil pra conseguir a nota 6 hein…kkkk. Brincadeira Verde.
2 de dezembro de 2011 at 8:39
Poxa, só eu acho o Sutil um bom piloto?
Não só acho que ele não deve ficar sem vaga, como merecia realmente um carro melhor que o Force India…