RED BULL – 10 – Só não conseguiu colocar dois carros na primeira fila, mas isso pouco importa. O carro é excepcional e Mark Webber está em uma excelente fase. Com a dobradinha, ele e Vettel estão empatados na liderança do campeonato e os capos da latinha podem se dar ao luxo de escolher um dos dois para liderar a briga pelo título.
RENAULT – 8 – Só correu em Mônaco com um piloto, já que Petrov não ajudou. Kubica levou o seu carro ao limite mais uma vez. Com um pouco de sorte, poderia até ter vencido. Mais um fim de semana bastante frutífero.
FERRARI – 7 – Difícil analisar. Felipe Massa fez uma corrida conservadora e eficiente. Já Alonso passou por tudo quanto é perrengue e até pode dizer que saiu no lucro com o sexto lugar. A estratégia utilizada pelo espanhol foi excepcional, lembrou bastante os bons tempos de Ross Brawn no staff.
MCLAREN – 3 – Não tinha um carro bom para o circuito e Hamilton fez o que pôde para terminar em quinto. Button, porém, foi vítima de um retardado que esqueceu a tampa da entrada de ar no carro. Após três voltas, o bólido ferveu e Jenson chegou a ficar sufocado lá dentro. Erro típico de equipe pequena.
MERCEDES – 6 – O carro era aquilo de sempre, bom mas sem destaque. Rosberg não apareceu tanto quanto Schumacher e sua ousada (e ilegal) ultrapassagem sobre Alonso na última curva da corrida. Pelo segundo fim de semana seguido, o vovô tetracampeão terminou à frente do filho do Keke, mas acabou sendo desclassificado e ficou em 12º nas tabelas.
FORCE INDIA – 7 – Levou os dois carros aos pontos pela primeira vez em sua história. Dessa vez, até mesmo Liuzzi andou bem. Sutil vem se estabelecendo como um dos melhores pilotos de fora da panelinha dos grandes.
TORO ROSSO – 5 – Levou um ponto para casa com Buemi, e Alguersuari terminou logo atrás. Típico fim de semana de uma equipe média.
HISPANIA – 2 – O carro segue uma merda, mas não ficou tão atrás como se esperava. Bruno Senna abandonou com problemas hidráulicos e Chandhok foi atingido mais uma vez por alguém, dessa vez por Trulli. O fato de não ter havido nenhum acidente muito violento com o instável carro já pode ser considerado lucro.
LOTUS – 3,5 – Dessa vez, nenhum carro terminou. Porém, ela conseguiu se aproximar bastante das equipes veteranas nos treinos, o que é um bom sinal de evolução. E Trulli agiu como um idiota mais uma vez.
WILLIAMS – 2,5 – Após o bom treino oficial, esperava sair de Mônaco com seus dois carros pontuando. Saiu, sim, com dois chassis destruídos. O pior é que, aparentemente, nenhum acidente foi causado por imperícia de seus pilotos.
SAUBER – 1 – Fez sua pior participação em treinos no ano até aqui e teve, mais uma vez, os dois carros quebrados. Nada vem dando certo na equipe helvética.
VIRGIN – 2 – Os dois carros abandonaram e isso não é novidade. Porém, Lucas di Grassi chamou a atenção ao segurar Alonso por algumas voltas. Glock bateu e ficou com o carro torto. Não que ele fosse muito pior do que um VR01 inteiro, no entanto.
CORRIDA – TÍPICO PASSEIO MONEGASCO – Sem chuva, não dá pra esperar nada além de um passeio de luxo em uma corrida como a de Mônaco. E foi exatamente isso que aconteceu. Só Fernando Alonso brigando lá no final do grid conseguiu animar um pouco a corrida em seu começo. Ah, não sou injusto em esquecer dos três acidentes: dois pilotos da Williams, um burro e um indiano voltaram para casa mais cedo. O momento mais curioso, no entanto, foi a tampa de bueiro da curva 3 escapando e trazendo o safety-car na pista. Em todos esses anos trabalhando nesta indústria vital, está a primeira vez que isso acontece nas ruas de Mônaco.
TRANSMISSÃO – OS 500 DE ESPARTA! – Eu achei que o Galvão passaria metade da corrida enchendo o saco com sua cruzada antipobre, mas não foi isso que aconteceu, até porque o que eu mais vi desde os treinos foi pilotos de equipes de ponta atrapalhando os outros. E, é claro, a indefectível citação à reta curva não poderia faltar. Mas o destaque maior vai para isso daqui.
GP2 – VIVA MEXICO!! – Vi a primeira corrida e me arrependi um bocado. Sergio Perez venceu e sua família ficou berrando exatamente esta frase durante um bom tempo após a vitória. Esses mexicanos… a segunda corrida foi muito melhor, com Luiz Razia segurando todo mundo que vinha atrás. Alberto Valério bateu enquanto tentava, Jules Bianchi demorou um monte para passar e até mesmo o discreto porém eficiente Johnny Cecotto Jr. conseguiu passar o brasileiro. No fim, o veterano Jerôme D’Ambrosio acabou vencendo pela primeira vez na categoria. Fiquei feliz em ver Perez e D’Ambrosio descabaçando na GP2.
17 de maio de 2010 at 22:33
Assino embaixo de todas as notas. Mas, por coincidência, acabei de ler um post do James Allen sobre a Ferrari, e fico me perguntando se ela não merece um 9 ou 10: afinal, o carro do Alonso funcionou perfeitamente no domingo, conservando os pneus por 77 voltas… e era apenas uma caixa de Lego e parafusos no sábado de manhã. Segundo o release do Alonso, o sol raiou no domingo e ainda não havia um cabo conectado. Todo o shakedown foram duas voltas de instalação. Foi admirável o trabalho das pequenas mãos dos vermelhos.
Ah, e até onde eu sei (nunca estive em Monte Carlo), o Loews já fechou há algum tempo. A antiga curva da Gare parece meio maldita para os empresários que tentam estabelecer um negócio por lá. Tanto que o Galvão pode ter colocado 200 espartanos a mais em Termópilas, mas chamava a curva de “Antiga estação”. E, como um (ex?)residente do principado, acho que há motivos para se acreditar nele.
18 de maio de 2010 at 15:45
O Loews, de fato fechou. A curva está sem qualquer estabelecimento comercial.